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ID
1888291
Banca
FCC
Órgão
TRF - 3ª REGIÃO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder a questão considere o texto abaixo. 


Cidades inteligentes, até demais 


O conceito de “cidade inteligente” se popularizou como estratégia de solução e gerenciamento de problemas urbanos. Diz respeito à confluência de informação que circula em grandes cidades e ao uso da tecnologia para automatizar a gestão de setores urbanos, desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até os dados pessoais que circulam em redes sociais e aplicativos móveis. O advogado Cristiano Therrien, pesquisador em Direito da Tecnologia na Universidade de Montreal, no Canadá, conversou com o Observatório da Privacidade e Vigilância sobre o tema.


Observatório da Privacidade e Vigilância: O que é uma cidade inteligente?


Cristiano Therrien: Cidades inteligentes, cidades conectadas, cibercidades, cidades responsivas, são muitas as nomenclaturas usadas para destacar a dimensão informativa da cidade. Quando usamos essa terminologia, falamos da cidade enquanto um espaço de fluxos. A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo − fácil acessibilidade da computação em nuvem, dispositivos baratos de internet, sistemas de TI cada vez mais flexíveis. As duas cidades mais destacadas nos estudos de cidades inteligentes são Londres e Barcelona. Há experiências importantes em cidades brasileiras também. 


OPV: A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. Você pode falar sobre isso? 


CT: Encontramos muitas experiências diferentes em andamento nas cidades: uma parte prioriza a transparência como meio de prestação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil, como a ideia de governo aberto; outra parte prioriza a participação popular através da interatividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de dados abertos por entidades e empresas. 

Mas, se pensarmos na alternativa de projetos de cidades inteligentes que não envolvam políticas públicas de dados abertos, que não prestem conta detalhada de suas atividades, ao mesmo tempo em que disponham dos sofisticados sistemas para o gerenciamento de dados de cidadãos em larga escala, encontraremos condições para o surgimento de um estado de vigilância e controle, pondo em risco as liberdades individuais. 

Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urbana (placas e identificação por radiofrequência em veículos, passes e GPS em ônibus), cujos bancos de dados podem ou não intencionalmente identificar seus usuários. Dados de mobilidade são de grande utilidade pública e podem ser “anonimizados” (ter os seus identificadores pessoais eliminados) e abertos. Contudo, existem estudos que apontam que bastariam meros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma pessoa na cidade.


(Adaptado de: “Observatório da Privacidade e Vigilância”. Disponível em: www.cartacapital.com.br/sociedade/cidades-inteligentes-atedemais. Acesso em: 18.01.2016.) 

O conceito de “cidade inteligente” envolve, entre outros,

Alternativas
Comentários
  • O conceito de “cidade inteligente” se popularizou como estratégia de solução e gerenciamento de problemas urbanos. Diz respeito à confluência de informação que circula em grandes cidades e ao uso da tecnologia para automatizar a gestão de setores urbanos, desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até os dados pessoais que circulam em redes sociais e aplicativos móveis.

    Letra C

  • Olá pessoal (GABARITO = LETRA C)

    ---------------------------------------------------------                                                                                   

    Letra A = ERRADO : Não existe consenso nas questões de ordem pública, prova disso é a emblemática apontada pelo texto sobre o armazenamento dos identificadores pessoais ou não.  

    ---------------------------------------------------------                                                                                                                                    

    Letra B = ERRADO : Erro clássico de extrapolação. O texto não faz menção de contratação de consórcios privados.                  

    ---------------------------------------------------------

    Letra C = CERTO. As cidades inteligentes possuem a essência de atender a administração pública em seu princípio maior : o interesse público.                

    ---------------------------------------------------------                                                              

    Letra D = ERRADO. Mais um caso clássico de extrapolação : o texto não faz menção de empresas especializadas, pois será a própria administração pública que se encarregará de tal missão, sendo uma atividade típica. O texto não faz referência ao termo "rastreamento", justamente para não colidir com as garantias individuais.

    ---------------------------------------------------------                                                                

    Letra E = ERRADO : a eficiência administrativa não será obtida por meio da criação de aplicativos móveis, mas sim pelo armazenamento de enormes massas de dados.                        

    ---------------------------------------------------------

    Fé em Deus, não desista. 

  • Uma cidade inteligente ou é uma grande utilidade para as pessoas ou pode ser uma prisão com vigilância 24 horas. Tudo depende da mão de quem controla o sistema. Black Mirror não é brincadeira.

     

    Vida longa e próspera, C.H.

  • RETIREI ALGUMAS PARTES DO TEXTO QUE ELIMINAM AS ALTERNATIVAS E NOS LEVAM AO GABARITO

    "uma parte prioriza a transparência como meio de prestação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil, como a ideia de governo aberto"

    "O conceito de “cidade inteligente” se popularizou como estratégia de solução e gerenciamento de problemas urbanos e ao uso da tecnologia para automatizar a gestão de setores urbanos, desde bases de dados de saúde e educação públicas"

    GABARITO -->> LETRA (C)

  • Fcc usando textos da Carta Capital, Chico Buarque... Daqui a pouco vai ter um texto começando por: "não vai ter golpe" kkkk

     

  • Acho que eu nunca vou acertar essa questão. 

     

    Em 26/08/2017, às 09:57:07, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 11/08/2017, às 12:02:29, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 26/07/2017, às 14:46:32, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 23/11/2016, às 13:35:17, você respondeu a opção A.Errada!

    Em 13/06/2016, às 11:48:20, você respondeu a opção A.Errada!

  • é extremamente importante saber a diferença da extrapolação, redução e contradição nessas questões de interpretação de texto.

    Extrapolação: a afirmativa traz assertivas que não estão  no texto. 
    Ex: texto '' os jogadores brasileiros Pelé, Rivelino e Romário foram grandes craques.
    questão '' os jogadores brasileiros são craques''


    Redução: a afirmativa reduz o que o autor tratou em seu texto. ''Eu gosto de comer chocolate e bebir café quando estudo''.
    De acordo com o texto pode-se afirmar que o fulano gosta de comer chocolate quando estuda.
    Errado, quando é de acordo com o texto está escrito e expresso nele e a questão não pode fazer essa redução do texto.


    Contradição: 
    - Concluir contrariamente ao texto;
    -Omitir passagens importantes, fugindo do sentido original.


    texto: o homem ateu, na hora do perigo, se lembra de Deus.

    questão: O homem é ateu porque, na hora do perigo, se lembra de Deus. Errado

    no texto diz: Embora ateu, na hora do perigo se lembra de Deus. 
    A Questão diz que o homem é ateu, porque se lembra de Deus.

    Ocorreu, portanto, contradição.

  • Tem que entender o que o comando da questão pede e ler detalhadamente, pois a FCC, na maioria de suas questões, é preciso que voltemos ao texto.

    Olha esse trecho: "Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urbana (placas e identificação por radiofrequência em veículos, passes e GPS em ônibus), cujos bancos de dados podem ou não intencionalmente identificar seus usuários. Dados de mobilidade são de grande utilidade pública e podem ser “anonimizados” Nessa parte fica claro que os registros informatizados servem de atendimento a demanda da adm. pública.

    Em relação a letra a) há uma extrapolação, pois no trecho: "uma parte prioriza a transparência como meio de prestação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil, como a ideia de governo aberto" não traz que o tratamento consensual dado a questões de ordem pública e sim a transparência como responsabilidade do estado frente a sociedade.