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Gabarito E - O Governo Federal tem envidado esforços para a implantação do modelo gerencial de Administração Pública no Brasil, no entanto, práticas patrimonialistas ainda são vistas na Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, e não somente no Poder Executivo, mas também no Legislativo e no Judiciário. “A verdade é que nem mesmo o modelo burocrático foi plenamente implantado no Estado brasileiro, que permanece sendo administrado através de práticas que desconhecem ou ignoram os princípios da impessoalidade, publicidade, especialização, profissionalismo etc.” (Torres, 2004).
Sonia Amorim (2000) também entende que
apesar de no processo de desenvolvimento capitalista, o Estado ter incorporado outros traços, relacionados ao modelo burocrático e ao modelo gerencial, ele nunca abandonou os traços do antigo modelo patrimonialista e clientelista que, no momento de ameaça aos setores dominantes, tendem a ressurgir com vigor, acrescidos de um componente novo, o corporativismo.
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Década de 90: neoliberalismo, Estado menor e o Mercado ditando as regras.
letra E.
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GAB: E.
O papel do Estado como desenvolvimentista (Estado empresário) é típico do modelo burocrático.
@adm.mapeada
Mapeando os principais temas de Administração abordados em Concursos Públicos.
Sigam e aproveitem!
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A trajetória histórica da Administração Pública no Brasil, após 1930, revela um conjunto de fatores que justificaram a criação e a implementação do modelo gerencial a partir de meados da década de 90.
A justificativa para a adoção do modelo gerencial NÃO pode ser atribuída:
E) à necessidade de fortalecer o papel do Estado como responsável pelo desenvolvimento econômico e social. Na década de 90 o Estado não poderia mais suprir as necessidades econômicas e social como responsável direto, pois foi a partir do PDRAE que surgiu 4 (quatro) setores de organização do Estado
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Já o modelo gerencial tem como bases a utilização de ferramentas de gestão provenientes da administração privada e pensamentos neoliberais que defendem o estado mínimo e o preceito de que o mercado e a economia possuem regras próprias.
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Comentários
Ao longo de sua história, a administração pública assume formatos diferentes, sendo os mais característicos o patrimonialista, o burocrático e o gerencial.
O Modelo Gerencial ou Pós-burocrático surgiu no final do século passado e tem como fundamento o pressuposto de que autonomia na gestão de recursos humanos, materiais e financeiros é necessária para colocar foco na qualidade e produtividade do serviço público. A administração pública gerencial constitui um avanço e até certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática, pois deixa de concentrar-se nos processos para concentrar-se nos resultados. Pode-se afirmar que ela é orientada para o cidadão e para a obtenção dos resultados. Pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são merecedores de grau limitado de confiança. Serve-se, como estratégia, da descentralização e do incentivo à criatividade e à inovação. Utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores públicos.
A trajetória histórica da Administração Pública no Brasil, após 1930, revela um conjunto de fatores que justificaram a criação e a implementação do modelo gerencial a partir de meados da década de 90. Podemos citar, como justificativa para a adoção do modelo gerencial os seguintes fatores: crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do Estado; dificuldade em administrar as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar; esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado; falência da estratégia de substituição de importações.
Gabarito: E
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Para
solucionar a questão o candidato deve apresentar conhecimento sobre a
implantação do modelo gerencial na Administração Pública.
Vejamos
as alternativas:
A) Á crise fiscal, caracterizada
pela crescente perda do crédito por parte do Estado;
O período da administração pública
burocrática foi marcado pela crescente
perda do crédito por parte do Estado e pela poupança que se tornou negativa.
B) Á dificuldade em administrar
as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar;
Durante a administração pública
burocrática as promessas realizadas sobre a política de bem-estar não se
concretizaram em países subdesenvolvidos, como foi o caso do Brasil.
C) O esgotamento da estratégia
estatizante de intervenção do Estado;
A intervenção do Estado foi benéfica para
grupos de empresários e funcionários que utilizavam os setores públicos em
benefícios próprios. O Estado perdeu a noção básica de servir à sociedade.
D) Á falência da estratégia de
substituição de importações;
Sobre a administração pública
burocrática, cabe destacar que a crise do Estado se tornou evidente a partir da
segunda metade dos anos 80 com o esgotamento da estratégia de substituição de
importações, que se insere num contexto abrangente de superação das formas de
intervenção econômica e social do Estado.
E) Á necessidade de fortalecer o papel do Estado como responsável pelo
desenvolvimento econômico e social.
Ao contrário. A administração pública
gerencial tinha como uma das metas tornar o Estado mais eficiente por meio da
redução das funções econômicas e sociais que fracassaram no período da
administração pública burocrática.
Gabarito do professor: Letra E.
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GAB E
GRAN, Adriel Sá 15 de Novembro de 2019 às 14:16
As principais ideias da administração gerencial eram: definição precisa de objetivos, maior autonomia ao gestor na utilização dos recursos e controle a posteriori de resultados.
Vamos analisar a alternativa que não apresenta uma atribuição da administração gerencial:
a) Certa. Entre os motivos que levaram à necessidade de uma reforma administrativa para uma gestão mais gerencial está o fato de que o Estado desviou-se de suas funções básicas para ampliar sua presença no setor produtivo, o que acarretou, além da gradual deterioração dos serviços públicos, a que recorre, em particular, a parcela menos favorecida da população, o agravamento da crise fiscal e, por consequência, a inflação.
b) Certa. Nos anos 70, o Estado de Bem Estar Social começa a enfrentar dificuldades, surgindo a necessidade de um Estado mais gerencial.
c) Certa. O esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado se reveste de várias formas: o fracasso do Estado de Bem Estar Social, estratégia de substituição de importações e estatismo nos países comunista. Esses fatores desencadearam a necessidade por reformas na administração pública.
d) Certa. Como comentamos na alternativa anterior, a falência do programa de substituição de importações gerou problemas na gestão da administração público, ocasionando necessidade de mudanças
e) Errada. A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvolvimento.
Bons estudos. Fé, Forças e Foco.
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questão exige conhecimento de história do Brasil