Para responder a questão, considere o texto a seguir:
O perigo que não vemos
Se um asteroide ou cometa com potencial de exterminar a vida na Terra estivesse
a caminho neste momento, nós dificilmente saberíamos. Esse fato foi evidenciado
ao mundo em fevereiro de 2013, quando um objeto de cerca de 20 metros de diâmetro penetrou na atmosfera e explodiu sobre o norte da Rússia, causando impacto
equivalente à detonação de 500 mil toneladas de dinamite. Entre 2000 e 2013,
ao menos 26 asteroides com enorme potencial de destruição atingiram a Terra.
Nenhum deles foi detectado - e qualquer um poderia causar milhares de mortes se
tivesse entrado no ângulo correto e atingido uma cidade. Isso sem falar em impactos
não detectados.
Diante de um cenário em que apenas 10% dos asteroides e cometas próximos do
nosso planeta são conhecidos, a agência espacial americana (Nasa) resolveu pedir
ajuda. Por meio de uma série de concursos batizada de Asteroid Grand Challenge,
o órgão recebe ideias de gente de todo o mundo para encontrar e desviar esses
objetos. Neste mês, a agência encerrou a terceira etapa do programa, que pedia aos
colaboradores que criassem algoritmos (códigos de computador que realizam uma
tarefa específica) para detectar ameaças ocultas. Foram 422 participantes de 63
países. “Aplicamos essa experiência em concursos de algoritmos para ajudar a
proteger o planeta de asteroides a partir da análise de imagens”, afirmou Jason
Crusan, diretor do Laboratório de Torneios da Nasa.
Fora dos laboratórios, a vigilância dos céus é feita, em grande parte, por astrônomos
amadores, como o engenheiro Cristóvão Jacques, um dos responsáveis pelo
Sonear, sigla em inglês para Observatório do Sul para Pesquisa de Objetos Próximos
da Terra, em Minas Gerais. Ao lado de dois amigos, Jacques descobriu, no
início deste ano, o primeiro “cometa brasileiro”. No Hemisfério Sul, eles são os
guardas dos céus. “O único outro observatório que existia era na Austrália, e foi
fechado pela Nasa em julho de 2013”, diz Jacques. Segundo os cientistas, se quisermos
ter qualquer chance de sobreviver a um grande objeto em rota de colisão, a
detecção precoce é essencial, já que a maioria das soluções imaginadas para desviar
um asteroide levaria anos para ser implantada [...]. Quando ele vier, é preciso
estar preparado.
(Lucas Bessel e Ana Carolina Nunes, ISTOÉ, 2321, 21/05/2014)
Leia o trecho abaixo e, em seguida, escolha a alternativa correta:
“Segundo os cientistas, se quisermos ter qualquer chance de sobreviver a um grande objeto em rota de colisão, a detecção precoce é essencial, já que a maioria das soluções imaginadas para desviar um asteroide levaria anos para ser implantada [...]. Quando ele vier, é preciso estar preparado.”
Os verbos em destaque estão, respectivamente, no: