SóProvas


ID
1907212
Banca
AOCP
Órgão
FUNDASUS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             A escola pode interferir na formação moral dos alunos?


Por: Telma Vinha (professora da Unicamp) em colaboração com Maria Suzana Menin (professora da Unesp) e Mariana Tavares (pesquisadora da FCC)


      O desenvolvimento de valores morais é decorrente da interação do sujeito com as situações e as pessoas nos diversos ambientes que frequenta, como a escola, com a família e com os amigos. Considerando todas essas influências, questionamos: “Será que a instituição de ensino tem um papel significativo na formação ética dos alunos? Que atitudes de professores, funcionários e colegas podem interferir nesse processo?”

      Um estudo inédito da Fundação Carlos Chagas (FCC), coordenado por Mariana Tavares, da FCC, e Suzana Menin, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com a participação de pesquisadores de várias instituições, ajuda a responder essas questões. Realizado com quase 10 mil crianças, adolescentes e professores de 76 escolas públicas e privadas do Brasil, ele objetivou construir um instrumento para avaliar a presença e os níveis de desenvolvimento (adesão) dos valores convivência democrática, solidariedade, justiça e respeito.

      Os resultados dos alunos foram relacionados com mais de 30 variáveis, como sexo, religião, composição familiar, nível socioeconômico, regras e sanções na família, autoestima, repetência, observação de maus-tratos, como eles acreditavam ser vistos pelos outros e as relações estabelecidas. Algumas conclusões evidenciam a importância de cuidar do convívio na escola para favorecer o desenvolvimento moral.

      Sentir-se bem tratado pelos professores e ter docentes e funcionários que jamais ou raramente gritam com os alunos promoveu maior adesão de todos os valores. Não presenciar (ou ver pouco) educadores colocarem estudantes para fora da sala influenciou o aumento da justiça, respeito e solidariedade. Já ter professores que recorrem pouco (ou nunca) aos pais dos alunos para resolver conflitos indicou maior presença de convivência democrática e solidariedade.

      Entre os fatores ligados à relação do aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à escola e frequentar as aulas interferiu no aumento dos valores solidariedade, respeito e convivência democrática. Alunos que nunca (ou raramente) viram colegas se agredirem ou gritar tiveram todos os valores influenciados positivamente. Acreditar ser bem-visto pelas outras pessoas no ambiente escolar gerou o aumento da justiça.

      No caso da família, o apoio dos pais teve relação com maior respeito e justiça. Este último fator também foi influenciado pelo emprego de combinados com os filhos. Quando os pais usam sanções (que não sejam físicas ou humilhantes), há mais adesão a justiça, solidariedade e convivência democrática. Isso pode estar associado à ideia de uma família cuidadosa, que deixa claro o que pode ou não ser feito pelos filhos, revalidando os valores quando eles são feridos.

      As ações contrárias às apresentadas acima, a exemplo de gritar muitas vezes ou não apoiar os filhos, estão sempre relacionadas a menor adesão aos valores. Chama a atenção também o fato de que, na pesquisa, religião, configuração familiar, nível socioeconômico e repetência não tiveram relação significativa com a presença de valores.

      O estudo colabora para comprovar que a qualidade das interações na escola, em especial dos adultos com os alunos, influencia fortemente no desenvolvimento moral (quanto mais positivas forem, maiores as adesões aos valores). Assim, se queremos formar pessoas éticas, fica evidente a importância de ter espaços de diálogo e reflexão sobre a convivência e de cuidar para que toda a comunidade escolar vivencie de fato esses valores.


                     (Fonte: Revista Nova Escola. Ano 30, número 282 de maio de 2015. Editora Abril)

Observe o excerto: “Entre os fatores ligados à relação do aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à escola (...)” e assinale a alternativa correta com relação ao emprego do acento utilizado nos termos destacados.

Alternativas
Comentários
  • Trata-se da famosa definição de crase. Mel na chupeta!!! rs

    GAB. E.

  • Lembrando

    Supressão significa eliminar/extinguir.

     

    Cuidado com as pegadinhas!

  • REGRA GERAL DA CRASE:

    TERMO REGENTE PEDE PREPOSIÇÃO A E O TERMO REGIDO PEDE ARTIGO DEFINIDO FEMININO A.

  • tão lógica essa questão

     

  • CONFUIDI ACENTO AGUDO COM ACENTO GRAVE. 

     

    POR ISSO FUI DE D KKKKKKKKK, que vergonha.

     

     

    GAB. LETRA E

  • Nível Superior? rsrs
  • Essa foi para não zerar. kk

     

  • Santo Deus, te rogo: faz com que a AOCP coloque uma questão dessa na minha prova. 
    Amém!

  • e)

    Trata-se do acento grave, empregado para indicar a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”

  • por mais questões assim!

  • Esperando lambança da AOCP no TRT 1.!

  • dei uma escorregada mas é bom que nao erro mais kkkkk ACENTO GRAVEEEEEEEEEEEE

  • SE FOSSE A CESP NÃO MARCAVA...FACIL DEMAIS TEM ALGO DE ERRADO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • ERROS EM VERMELHO:

    A)Trata-se do acento grave, empregado para indicar a supressão do advérbio “a” com o pronome feminino “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.

    B)Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a nasalidade da vogal “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.

    C)Trata-se do acento circunflexo, empregado para assinalar a vogal aberta “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.

    D)Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a supressão da preposição “a” com o artigo feminino “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.

    E)Trata-se do acento grave, empregado para indicar a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a” que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.

    Gabarito ''E''

  • AOCP continue assim kkkkk tmj

  • GABARITO: LETRA E

    A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas.

    FONTE: SÓPORTUGÊS.COM.BR

  • GABARITO: LETRA E

    ⇉ Há crase:

    ☛ Diante de palavra feminina que venha acompanhada de artigo, desde que o termo regente exija a preposição a:

    ☑ Ex: O juiz pronunciou-se favoravelmente à ré.

    ☛ Na indicação de horas:

    ☑ Ex: Combinamos de nos encontrar às seis horas.

    ☛ Diante de nomes masculinos, apenas nos casos em que é possível subentender-se palavra como moda ou maneira:

    ☑ Ex: Desenvolveu um modo de pintar à Van Gogh. (À maneira de Van Gogh).

                Apresenta programas à Chacrinha. (À moda do Chacrinha).

    ☛ Diante de nomes de lugares que geralmente não admitem artigo, quando apresentarem um elemento que os caracterize ou qualifique:

    ☑ Ex: Vou à famosa Roma.

                Finalmente chegamos à encantadora Ouro Preto.

    ☛ Diante da palavra “casa”, quando determinada:

    ☑ Ex: Você vai comigo à casa deles / dos meus amigos?

    Há crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas a partir de palavras femininas, pois, nesses casos, estaremos diante da sequência constituída de preposição + artigo feminino.

     

    Locuções adverbiais: Às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia-noite, às três horas.

    Locuções prepositivas: À frente de, à beira de, à exceção de.

    Locuções conjuntivas: À proporção que, à medida que.

    ⇛Meus resumos dos Livros: Gramática - Ernani & Floriana / Gramática - Texto: Análise e Construção de Sentido.