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ID
190876
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2010
Provas
Disciplina
Ética na Administração Pública
Assuntos

Ao ter conhecimento de um ato administrativo ilegal, o servidor público

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA CORRETA LETRA B

     

    Das Regras Deontológicas

    VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. (...)

     

  • XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

  • LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

    Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

    Dos Deveres

    Art. 116. São deveres do servidor:

    I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

    II - ser leal às instituições a que servir;

    III - observar as normas legais e regulamentares;

    IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

    V - atender com presteza:

    a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

    b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

    c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

    VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

    VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

    VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

    IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

    X - ser assíduo e pontual ao serviço;

    XI - tratar com urbanidade as pessoas;

    XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

    Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

     

  • Analisemos cada afirmativa:

    a) Errado: a rigor, o Código estabelece que “toda pessoa tem direito à verdade" (item VIII), inexistindo a suposta ordem de preferência cogitada nesta afirmativa, em homenagem à hierarquia.

    b) Certo: a afirmativa está em absoluta sintonia com o sobredito item VIII.

    c) Errado: embora a publicidade constitua a regra geral (itens VII e VIII), o próprio item VII aponta exceções, vale dizer, casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, de modo que não é correto afirmar que o servidor possa contar tudo o que tiver conhecimento “em qualquer situação".

    d) Errado: a assertiva está em conflito aberto contra o item VIII, acima indicado.

    e) Errado: esta afirmativa também peca pela generalização absoluta, porquanto inobserva as exceções previstas no item VII.


    Gabarito: B


  • Alternativa b)

    Decreto 1.171/94. VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

  • Comentário do prof. com alterações:

     

    A rigor, o Código de Ética estabelece que toda pessoa tem direito à verdade (item VIII), inexistindo suposta ordem de preferência em homenagem à hierarquia.

     

    Embora a publicidade constitua a regra geral (itens VII e VIII), o próprio item VII aponta exceções, vale dizer, casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Adm, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, de modo que não é correto afirmar que o servidor possa contar tudo o que tiver conhecimento em qualquer situação.

  • Ao ter conhecimento de um ato administrativo ilegal, o servidor público não pode omitir esse ato, ainda que contrário aos interesses da própria pessoa interessada ou da administração pública.