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ID
1920670
Banca
IBFC
Órgão
Docas - PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

O principal tema que dominou o debate acerca dos rumos da estratégia social continuava a ser a disputa entre “focalização” e “universalização”. O fato novo foi o pronto acolhimento de pontos da agenda liberalizante no campo social por segmentos do núcleo dirigente do governo, com destaque para a o Ministério da Fazenda, que defendia claramente a opção pelo “Estado Mínimo”.

Em consonância com esse posicionamento, a ortodoxia econômica e forças importantes do núcleo do governo também tentavam viabilizar novas reformas do Estado, de caráter liberalizante. Na mesma perspectiva, destaca-se a tentativa de implantar um programa de ajuste macroeconômico de longo prazo, que também representava ameaças as políticas universais. 

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Esse quadro tensionado refletia-se na indefinição da estratégia social, inicialmente ancorada no Programa __________________ , logo substituído pelo programa __________________.

Alternativas
Comentários
  • a)

    Fome zero e Bolsa Família.

     

    O avaliador é Petista?

     

  • A questão ficou confusa, porque o elaborador da questão de forma muito inapropriada tem uma adesão declarada de ideologia (fato esse que a banca deve ser auditora de sua própria produção). Portanto, a perspectiva do elaborador é restrita o que privelegia os candidatos que pensem como ele. Bem, vamos à questão em si, muito tendenciosa a questão parece está se referindo ao primeiro ministro da Fazenda do governo Lula, isso quando verificamos o gabarito oficial, mas antes de saber a pretensa resposta "imposta" por esse elaborador que faz uma crítica "interna" ao governo Lula, pode-se supor ser a referência de algum ministro do governo Itamar ou FHC.

    O ministro a que se refere é Antonio Palocci e bem verdade que o ele foi muito áustero como ministro e líder da política econômica, utilizando da ortodoxia econômica, coisa que ele mesmo como deputado era contra. O texto realmente confunde o candidato por que ele parte do pressuposto da visão de historiadores e cientistas sociais partidários de esquerda.

     

    Um texto que pode nos ajudar melhor é o do MercadoPopular.org

     

     

    "A percepção do mercado sobre Lula em 2003 era péssima, com uma enorme crise de confiança, como já abordamos aqui. Isso mudou a partir da montagem de uma equipe econômica ortodoxa, que, em meio à crise e ao óbvio fracasso do Fome Zero, publicou em abril de 2003 o que viria a ser um código de boas práticas para o governo.  Entre as diretrizes desse documento estava a “focalização”.

    Essa defesa de gasto social focalizado nos mais pobres foi duramente criticada por expoentes do PT, como Maria da Conceição da Tavares. Não obstante, ainda em 2003, o Fome Zero foi substituído por um modelo mais simples de imposto de renda negativo na forma de transferências diretas, nos moldes do que a política liberal inglesa Juliet Rhys-Williams propôs nos anos 40, ideia mais tarde aprofundada pelo economista americano Milton Friedman.

    O objetivo era unificar vários programas dispersos, focalizar o gasto social nos mais pobres e evitar políticas de distorção nos preços. Isso era importante para não alterar os incentivos de produção nem de consumo, pois isso geraria desperdício e/ou escassez de recursos. Essa nova abordagem teve a participação de economistas liberais como Ricardo Paes de Barros (o principal formulador técnico do novo programa), Marcos Lisboa e Joaquim Levy. Até então, houveram experiências de modelos parecidos em Brasília, Campinas e programas de bolsa do Governo FHC nos anos 90, mas nada em escala nacional e com esse grau de importância. O programa novo viria a cumprir uma das maiores promessas de campanha de Lula".

     

    Assim compreendemos que o caráter de focalização das políticas sociais, típica do Bolsa Família são versões atualizadas de políticas liberais implementadas na Europa da década de 40. E que o Fome Zero tem um cunho universalista.

  • Exatamente!