SóProvas


ID
1922524
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O surpreendente “sucesso” dos sobreviventes

      Muitos anos após o Holocausto, o governo israelense realizou um extenso levantamento para determinar quantos sobreviventes ainda estavam vivos. O estudo, de 1977, concluiu que entre 834 mil e 960 mil sobreviventes ainda viviam em todo o mundo. O maior número – entre 360 mil e 380 mil – residia em Israel. Entre 140 mil e 160 mil viviam nos Estados Unidos; entre 184 mil e 220 mil estavam espalhados pela antiga União Soviética; e entre 130 mil e 180 mil estavam dispersos pela Europa. Como foi que esses homens e mulheres lidaram com a vida após o genocídio? De acordo com a crença popular, muitos sofriam da chamada Síndrome do Sobrevivente ao Campo de Concentração. Ficaram terrivelmente traumatizados e sofriam de sérios problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.

      Em 1992, um sociólogo nova-iorquino chamado William Helmreich virou essa crença popular de cabeça para baixo. Professor da Universidade da Cidade de Nova York, Helmreich viajou pelos Estados Unidos de avião e automóvel para estudar 170 sobreviventes. Esperava encontrar homens e mulheres com depressão, ansiedade e medo crônicos. Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria. Por exemplo, apesar de não terem educação superior, os sobreviventes saíram-se muito bem financeiramente. Em torno de 34 por cento informaram ganhar mais de 50 mil dólares anualmente. Os fatores-chave, concluiu Helmreich, foram “trabalho duro e determinação, habilidade e inteligência, sorte e uma disposição para correr riscos.” Ele descobriu também que seus casamentos eram mais bem-sucedidos e estáveis. Aproximadamente 83 por cento dos sobreviventes eram casados, comparado a 61 por cento dos judeus americanos de idade similar. Apenas 11 por cento dos sobreviventes eram divorciados, comparado com 18 por cento dos judeus americanos. Em termos de saúde mental e bem-estar emocional, Helmreich descobriu que os sobreviventes faziam menos visitas a psicoterapeutas do que os judeus americanos.

      “Para pessoas que sofreram nos campos, apenas ser capaz de levantar e ir trabalhar de manhã já seria um feito significativo”, escreveu ele em seu livro Against All Odds (Contra Todas as Probabilidades). “O fato de terem se saído bem nas profissões e atividades que escolheram é ainda mais impressionante. Os valores de perseverança, ambição e otimismo que caracterizavam tantos sobreviventes estavam claramente arraigados neles antes do início da guerra. O que é interessante é quanto esses valores permaneceram parte de sua visão do mundo após o término do conflito.” Helmreich acredita que algumas das características que os ajudaram a sobreviver ao Holocausto – como flexibilidade, coragem e inteligência – podem ter contribuído para seu sucesso posterior. “O fato de terem sobrevivido para contar a história foi, para a maioria, uma questão de sorte”, escreve ele. “O fato de terem sido bem-sucedidos em reconstruir suas vidas em solo americano, não.”

      A tese de Helmreich gerou controvérsia e ele foi atacado por diminuir ou descontar o profundo dano psicológico do Holocausto. Mas ele rebate essas críticas, observando que “os sobreviventes estão permanentemente marcados por suas experiências, profundamente. Pesadelos e constante ansiedade são a norma de suas vidas. E é precisamente por isso que sua capacidade de levar vidas normais – levantar de manhã, trabalhar, criar famílias, tirar férias e assim por diante – faz com que descrevê-los como ‘bem-sucedidos’ seja totalmente justificado”.

      Em suas entrevistas individuais e seus levantamentos aleatórios em larga escala de sobreviventes ao Holocausto, Helmreich identificou dez características que justificavam seu sucesso na vida: flexibilidade, assertividade, tenacidade, otimismo, inteligência, capacidade de distanciamento, consciência de grupo, capacidade de assimilar o conhecimento de sua sobrevivência, capacidade de encontrar sentido na vida e coragem. Todos os sobreviventes do Holocausto compartilhavam algumas dessas qualidades, me conta Helmreich. Apenas alguns dos sobreviventes possuíam todas elas.

Adaptado de: SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: Segredos de quem escapou de situações-limite e como eles podem salvar a sua vida. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 160-161.

As palavras genocídio, após e Soviética acentuam-se, respectivamente, pelas mesmas regras que justificam o acento gráfico das palavras na seguinte série:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

     

    A questão pede qual das alternativas segue as mesmas regras de acentuação das respectivas palavras:

     

    ge - no - - dio -> Paroxítona seguida de ditongo

    a - pós -> Oxítona

    So - vi - é - ti - ca -> Proparoxítona

     

     

    A) es - - veis -> Paroxítona Seguida de Ditongo           |        - me - ro -> Proparoxítona                   |          é -> Monossílabo Tônico 

     

     

     

     B) # a - le - a - - rios -> Paroxítona Seguida de Ditongo, conforme a gramática da língua portuguesa serão acentuadas as paroxítonas que forem seguidas de ditongo, ou também podem ser chamadas de proparoxítonas aparentes, que consiste em palavras que apresentam uma série vocálica pós-tônica considerada como ditongo crescente.

     

         # des - cre -      - los -> Oxítona. Acentua-se com acento circunflexo as formas verbais oxítonas, quando conjugadas com os pronomes clíticos LO, LOS, LA, LAS terminadas com as vogais tônicas fechadas (e) ou (o) após a perda da consoantes final (r), (s) ou (z).

                 Ex: Detê -lo(s),  Fazê -la(s) . . .etc

     

        # sín - dro - me -> Proparoxítona. Segundo a regra gramatical, acentuam-se todas as proparoxítonas, ou seja, todas as palavras que têm como sílaba tônica a antepenúltima..

     

     

     

     C) crô - ni - cos -> Proparoxítona               |                já -> Monossílabo Tônico         |           ca - rac - te - rís - ti - cas -> Proparoxítona

     

     

     

     D) his - tó - ria -> Paroxítona Seguida de Ditongo           |        - la - res -> Proparoxítona                      |   tam - bém -> Oxítona

     

     

     

    Obs: Uma breve consideração quanto ao vocábulo SO - VI - É - TI - CA:

     

    A regra é que as PROPAROXÍTONAS prevalecem sobre o HIATO (isso é o que cai na maioria das provas), porém a Cespe já cobrou o contrário, ao afirmar que o vocábulo VE - Í - CU - LO recebe acento por ser um hiato e não uma proparoxítona (Q433407). Mas a Cespe entra em contradição consigo mesma, pois na prova do MINISTÉRIO DA SAÚDE - 2008 considerou correta essa questão: "As palavras “veículos”, “títulos” e “fantásticas” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica".

     

    Resumindo, nesse sentido prevalece o entendimento majoritário, mas a regra do hiato só se aplica no caso do I ou U tônicos, neste caso não há o que se pensar sobre o vocábulo so-vi-É-ti-ca, pois a sílaba "É" trata-se de uma verdadeira proparoxítona e não de um hiato.

     

     

                                                            "Os que semeiam em lágrimas, ceifarão com alegria". SL 126.5

  • genocídio, após e Soviética =  ''Paroxítona'',  ''oxítona'' e ''Proparoxítona''

    aleatórios – descrevê-los – síndrome =  ''Paroxítona'',  ''oxítona'' e ''Proparoxítona''

    Gabarito: B

  • GABARITO LETRA (B)

    aleatórios = paroxítonaRegra, acentue toda terminadas: L Is N Us R S X UNs UM Âs ÃOS PS DITONGO --------> FÁCIL!

    descrevê-los = paroxítona;  Regra, acentue toda terminadas: L Is N Us R S X UNs UM Âs ÃOS PS DITONGO --------> FÁCIL!

    síndrome = TODAS paroxítonas são ACENTUADAS!    ------------->  MEMORIZE!

  • Genocidio - aleatórios – paroxitona terminada em ditongo

    Após - descrevê-los –  Oxitona terminada com a letra é

    Soviética - síndrome – Proparóxitona

     

    Gabarito B

  • PAROXITONA

    dica ---------->>>>

    R -X-N-L ( RAIO X NA LOMBAR)

  • L ; N ; R ; X ; PS ; I/IS ; US

     

    ixo ão adioativo X  PSIUS  (chamar alguém com "PSIU" várias vezes)

  • Para gravar as Paroxítonas 

     

    Expressão em hebraico : L I N U R X    P S U MÃS  DITONGO  ÃO

  • LI NUR XÃO UM PS

  • acentuam-se paroxítonas terminadas em ditongo oral crescente (proparoxítona aparente)

     

    acentuam-se as paroxítonas terminadas em   

     L ;    N ;     R ;        X ;      PS ; I/IS ; US

    ixo ão Raio  X    PSIUS  

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs
    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: so(s), axé(s), bon(s), vintém(éns)...

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: hisria, ries, quei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; cil, glúten, rum, cater, prótons, rax, ri, pis, rus, fórceps.

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas. Ex.: álcool, quiem, máscara, nite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...

    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...
    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.