Hipovolêmico – Há diminuição da pré-carga devido à diminuição do volume intravascular. Consequentemente, há diminuição do DC, inicialmente compensado por taquicardia (1, 3). Conforme esse mecanismo vai sendo superado, os tecidos vão aumentando a extração de oxigênio, o que ocasiona aumento na diferença entre o conteúdo de oxigênio arterial e venoso e queda na saturação venosa mista (SvO2 ). A resistência vascular sistêmica está tipicamente aumentada na tentativa de compensar a diminuição do dé- bito cardíaco e manter a perfusão de órgãos vitais (3). Obstrutivo – Ocorre devido à obstrução mecânica ao débito cardíaco, o que ocasiona hipoperfusão tecidual (1). Cardiogênico – Ocorre devido à falência cardíaca, que resulta em diminuição do débito cardíaco (3). A RVS está tipicamente aumentada, assim como no choque hipovolêmico, a fim de compensar a diminuição do DC (3). Ao exame físico, é comum o achado de vasocontrição periférica e oligúria (1). Distributivo – É consequência da diminuição severa da RVS. O DC encontra-se aumentado na tentativa de compensar a diminuição da resistência vascular sistêmica (3). Indiferentemente do tipo de choque, existe um contínuo fisiológico. O choque começa com um evento desencadeante, tal como um foco de infecção, um abscesso, ou outra lesão. Isso produz uma anormalidade no sistema circulatório, que pode progredir através de alguns estágios complexos e entrelaçados – pré-choque, choque, e disfun- ção de órgãos. A progressão pode culminar em dano a órgão irreversível ou morte.