Vejamos as explicações de Costa (2007) sobre a Avaliação na Política de Assistência Social.
Apesar do consenso sobre a importância da avaliação, de fato avaliam-se muito pouco as ações na área da assistência social e, principalmente, há dúvidas se os resultados das avaliações são utilizados de maneira produtiva. O autor cita alguns fatores que contribuem para isso:
I - existem poucos incentivos para a avaliação, pois o estilo de gestão predominante nas políticas sociais é pouco orientado para resultados; II - os objetivos geralmente são formulados de maneira genérica e ambiciosa para serem operacionais, ou seja, para orientarem as ações e a avaliação;
III - gestores e instituições públicas são mais cobrados por planos de trabalho do que por resultados e inovações efetivamente obtidos;
IV - os processos de decisão no campo da assistência social tendem a ser frequentemente informais e pouco estruturados, o que leva a decisões pouco estratégicas, fragmentadas e reativas.
Diante destes fatores, Costa (2007) nos orienta que para a avaliação ser possível e relevante é preciso modificar a maneira como os projetos são formulados, ou seja, formular objetivos operacionais e realistas e explicar a teoria do projeto (por que e como se supõe que os insumos produzam resultados esperados); estruturar a tomada de decisão, criando-se espaços e momentos institucionalizados de reflexão sobre os resultados das avaliações adotando-se o planejamento estratégico; criar condições institucionais - financeiros e outros - para a busca de resultados para promover e utilizar a avaliação. Além disso, destaca que o sistema de monitoramento e avaliação deve estar orientado aos diferentes atores envolvidos na organização, não apenas aos tomadores de decisão, para estruturar o debate e a participação.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802015000100013
"Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível.” (Sun Tzu)