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Política Fiscal restritiva: é usada quando a demanda agregada supera a capacidade produtiva da economia, no chamado "hiato inflacionário", onde os estoques desaparecem e os preços sobem. As medidas seriam:
Diminuição dos gastos públicos;
Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo, desencorajando esses gastos;
Elevação das importações, por meio da redução de tarifas e barreiras.
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Em condições normais, a decisão de elevação das taxas de juros pela autoridade monetária promove efeitos sobre a economia para combater a inflação. Existe uma situação, no entanto, em que a efetividade de parte dos canais da política monetária deixa de funcionar. Trata-se da dominância fiscal. O termo descreve a circunstância onde a política monetária perde liberdade e a efetividade de sua estratégia por causa dos seus efeitos sobre as contas públicas. Em uma situação onde o nível de endividamento é elevado, há alto custo de carregamento e as contas públicas não estão equilibradas, o aumento da taxa de juros pode elevar a probabilidade de default da dívida pública, tornar o mercado de títulos menos atrativo ao investidor estrangeiro ou local, causar depreciação cambial e pressão inflacionária. Nessa circunstância, a política fiscal (e não a política monetária) é o melhor instrumento para controlar a inflação por meio da redução das despesas públicas.
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Dominância fiscal ocorre quando o Estado não consegue gerar receitas para financiar suas despesas e a dívida pública se encontra em uma trajetória instável, isto é, aumenta muito o risco de default [calote]. Nesse caso, não é possível utilizar a política monetária para controlar a inflação.
Em condições de dominância fiscal, aumentos na taxa de juros real elevam a probabilidade de default da dívida pública, o que afugenta capitais estrangeiros, desvalorizando o câmbio, e elevando a inflação.
No caso da questão, a política monetária restritiva aumentaria os juros, mas como se trata de dominância fiscal, a inflação aumenta em vez de cair.