Na presença de líquido amniótico meconial, fluido ou espesso, o obstetra não deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse procedimento não diminui a incidência de síndrome de aspiração de mecônio, a necessidade de ventilação mecânica nos RN que desenvolvem pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenoterapia ou de hospitalização.
Caso o neonato com líquido meconial fluido ou espesso apresente, logo após o nascimento, movimentos respiratórios rítmicos e regulares, tônus muscular adequado e FC maior que 100bpm, a conduta deverá ser, nesta ordem:Levar o RN à mesa de reanimação.
• Colocá-lo sob fonte de calor radiante.
• Posicionar sua cabeça com uma leve extensão do pescoço.
• Aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz com sonda de aspiração
traqueal nº 10.
• Secar e desprezar os campos úmidos, verificando novamente a posição da cabeça.
• Avaliar a FC e a respiração.
Se a avaliação resultar normal, o RN receberá os cuidados de rotina na sala de parto. Quando o neonato com líquido amniótico meconial fluido ou espesso, logo após o nascimento, não apresentar ritmo respiratório regular e/ou o tônus muscular estiver flácido e/ou a FC for menor que 100bpm, o profissional deve:
Realizar a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traquéia sob visualização direta e fonte de calor radiante. Se o RN permanecer
com FC <100bpm, respiração irregular ou apneia , deve-se iniciar a ventilação com pressão positiva;