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GABARITO D. CHIAVENATO (2009) - Processo decisório
A Teoria Matemática desloca a ênfase na ação para a ênfase na decisão que a antecede.
O processo decisório é o seu fundamento básico. Constitui o campo de estudo da Teoria
da Decisão que é aqui considerada um desdobramento da Teoria Matemática. A tomada de
decisão é o ponto focal da abordagem quantitativa, isto é, dá Teoria Matemática. A tomada
de decisão é estudada sob duas perspectivas: a do processo e a do problema.16
1. Perspectiva do processo. Concentra-se nas etapas da tomada de decisão. Dentro
dessa perspectiva, o objetivo é selecionar a melhor alternativa de decisão. Focaliza
o processo decisório como uma seqüência de três etapas simples:
a. Definição do problema.
b. Quais as alternativas possíveis de solução do problema.
c. Qual é a melhor alternativa de solução (escolha).
A perspectiva do processo concentra-se na escolha dentre as possíveis alternativas
de solução daquela que produza melhor eficiência. Sua ênfase está na busca
dos meios alternativos. É uma abordagem criticada por se preocupar com o procedimento
e não com o conteúdo da decisão. Há modelos matemáticos que retratam
as opções de decisões a serem tomadas e que variam desde a racionalidade
(meios visando objetivos) até a irracionalidade (escolhas baseadas em emoções
e impulsos irracionais).
2. Perspectiva do problema. Está orientada para a resolução de problemas. Sua ênfase
está na solução final do problema. Essa perspectiva é criticada pelo fato de
não indicar alternativas e pela sua deficiência quando as situações demandam
vários modelos de implementação. Na perspectiva do problema, o tomador de
decisão aplica métodos quantitativos para tomar o processo decisório o mais
racional possível concentrando-se na definição e no equacionamento do problema
a ser resolvido. Preocupa-se com a eficácia da decisão.
Para a Teoria da Decisão* todo problema administrativo eqüivale a um processo de
decisão. Existem dois extremos de decisão: as decisões programadas e as não-programadas.
17 Esses dois tipos não são mutuamente exclusivos, mas representam dois
pontos extremos entre os quais existe uma gama contínua de decisões intermediárias
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O modelo da racionalidade limitada: trata-se do modelo de tomada de decisão do homem administrativo, iniciado por Herbert Simon e aprofundado no Modelo Carnegie. Aqui, há o reconhecimento de que não é possível identificar todas as informações, assim como proceder com sua assimilação, compreensão e análise para busca de um resultado melhor de todos. A organização não age como um único ente de racionalidade ótima, mas sim como uma coalizão de forças de decisores que pressiona para diferentes caminhos.
Na racionalidade limitada, considera-se que não há uma única decisão que seja a melhor de todas, mas sim um conjunto de decisões diferentes que satisfazem diferentes critérios. Por isso, este modelo estabelece que as pessoas buscam decisões satisfatórias, e não ótimas. Em resumo: a capacidade da racionalidade humana é limitada!
Fonte: material do Prof. Carlos Xavier
Gabarito: D
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Para Herbert Simon, a racionalidade pessoal está limitada por três dimensões:
A informação disponível;
A limitação cognitiva da mente individual;
O tempo disponível para tomada de decisão.