O fato da gestão por competências ser um modelo relativamente recente e complexo, têm contribuído para a manutenção das incertezas quanto à factibilidade e a maneira de se aplicar esse modelo de gestão ao setor público brasileiro. Os resultados do setor privado servem de inspiração para o setor público, porém em termos da Gestão de Pessoas por Competência (GPPC) não podem ser exportados diretamente ao setor público, pois este segue uma lógica diferente do setor privado. Os resultados esperados da GPPC são similares para o setor público e privado, visa à aprendizagem e o desenvolvimento de competências organizacionais e individuais, estratégicas à organização, principio básico da GPPC.
A GPPC constitui um desafio para qualquer organização que a desejar implantar, devido às mudanças organizacionais que impõe. A liberdade de operar ao nível das competências dos indivíduos exigirá da organização, como contrapartida natural, dar as condições tanto para a evolução dos funcionários, quanto para a efetivação dos resultados dessa evolução. E essas condições, invariavelmente, passam por pontos tais como o aumento da autonomia dos profissionais, os quais obviamente afetam a estrutura organizacional em seus aspectos mais profundos. Pontos esses, que no setor público são muito menos flexíveis do que no setor privado.
Fonte: GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS