- ID
- 1984714
- Banca
- FCC
- Órgão
- Copergás - PE
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Paraíso achado
Durante muito tempo, apenas a olhava de longe, sem outra pretensão que apenas apreciá-la. Até que um dia, num passeio
demonstrativo de canoagem, o mar estava agitado e nos obrigou a ancorar naquela praia pequena e deserta, de onde
avistávamos a cidade do outro lado do canal do estuário. Tão pequena, que nos deixava ouvir claramente cada onda se
desmanchar ao tocar a areia. Tão simples, que abrigava poucas construções.
Passei a manhã e a tarde naquele paraíso recém-descoberto e vaguei pelas ruelas, visitando um novo mundo.
Desde então, penso naquele refúgio com carinho especial e o visito sempre que posso, para sorver seu silêncio, a areia fofa,
os cães sem nome, os moradores e seus afazeres. A pele vai ficando escura; os pensamentos, claros.
(MARTINS, Madô. Paraíso achado. In: Rubem – Revista da Crônica – Notícias, entrevistas, resenhas e textos feitos ao rés-do-chão. Disponível
em: https://rubem.wordpress.com/2016/04/08/paraiso-achado-mado-martins)
A pele vai ficando escura; os pensamentos, claros. (3o parágrafo)
O sentido desse trecho está expresso de outra forma em: