A dessensibilização de receptores pode ocorrer por fosforilação do receptor ou por internalização do receptor.
Na região C-terminal dos Receptores Acoplados a Proteína G (GPCRs) existem resíduos de serina e/ou treonina, que podem ser fosforilados por Proteinas Quinases (ex. PKA, PKC) resultando no bloqueio do acoplamento entre o receptor e a Proteína G. Esta fosforilação ocorre, principalmente, quando os receptores estão em seu estado ativado.
Existem 2 tipos de dessensibilização:
– Homologa – Ocorre quando a fosforilação se dá no próprio receptor que ativou a proteína quinase. Quando fosforilado, forma-se um sitio de ligação a Arrestinas, que ao se ligarem, impedem o acoplamento entre o GPCR e a Proteína G, inativando-o e direcionando-o para endocitose, onde a arrestina é removida devolvendo o receptor a superfície.
– Heterologa – Ocorre quando a fosforilação acontece em um receptor que não foi o responsavél pela ativação da quinase responsavél por esta fosforilação. Isto gera a a dificuldade de acopramento entre a Proteína G e o GPCR, e não envolve Arrestinas.
Referência: RANG, H. P; DALE, M. Maureen. Rang & Dalle Farmacologia. 6. ed Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2008