-
A espectrometria de absorção atômica é utilizada para a determinação de diversos elementos da tabela periódica e consiste, basicamente, de quatro técnicas: absorção atômica com chama, geração de hidretos, geração de vapor frio e forno de grafite. As técnicas que utilizam chama e forno de grafite como atomizadores permitem a determinação de cerca de 70 elementos sendo a maioria metais. A técnica de geração de hidretos permite a determinação de arsênio, antimônio, selênio, bismuto, telúrio, chumbo, índio, estanho, germânio e tálio; já a geração de vapor frio é utilizada, basicamente, para a determinação de mercúrio
-
)O EAA é adequado para a análise de metais e pode ser utilizado para investigar a presença de chumbo — resíduo do disparo — na blusa da vítima. CORRETO
b) A utilização do forno de grafite, no EAA, para a atomização do metal presente na amostra de tecido dificultaria a análise, devido à presença de efeito matriz, que é menos observado quando se utiliza a chama. - ERRADO, não se utiliza forno de grafite em emissão atômica, pode-se utilzar a chama ou o plasma indutivamente acoplado, e na absorção atômica o efeito matriz na chama é mais proeminente do que no na atomização eletrotérmica.
c) Caso o perito dissolva a substância branca em metanol e a injete diretamente no CLAE, a seleção de comprimentos de onda entre 450 nm e 620 nm será a mais adequada, dada a suspeita de que se trata de cocaína, uma vez que essa faixa corresponde à região ultravioleta do espectro. ERRADO Cocaína absorve na região Uv em média 230nm
d) Na ausência de picos no comprimento de onda entre 450 nm e 620 nm no cromatograma, o perito será obrigado a concluir que a substância não é cocaína. ERRADA
e) O CLAE não pode ser acoplado a detectores de espectrometria de massas, ao contrário do que ocorre com a cromatografia gasosa. - ERRADO , pode sim
-
O principal erro da alternativa (B) está na parte que o examinador afirma que o efeito matriz é menos observado quando se utiliza o atomizador de chama em vez do forno de grafite. Isso não é verdade, pois uma das etapas do processo do forno de grafite é a pirrólise, responsável por fazer eliminação da matriz e de todos os compostos voláteis que não sejam o analito, resultando em um menor efeito matriz quando se utiliza esse tipo de atomizador. (Livro Skoog - Fundamentos de Química Analítica)
Outra observação a ser feita na alternativa é que o examinador foi infeliz no enunciado, pois o acrônimo utilizado entre vírgulas (EAA) - corresponde ao Espectrômetro de Absorção Atômica, e não significa a utilização da chama como atomizador. (A sigla teria de ser EAA de chama ou para o inglês FAAS: espectrometria de absorção atômica chama). Sendo, assim, por mais que o examinador tenha feito a tradução da sigla de forma errônea no enunciado, o erro da alternativa se dá de fato ao que levantei inicialmente.
Colega Juliana colocou que não existe correlação entre a Emissão (EEA) e forme de grafite, mas é EAA abordado na alternativa, por isso o que ela falou está incorreto - Justificativa errônea. E o colega Vitor me corrigiu de forma errônea. Entrei em contato com um amigo químico e ele compartilha da mesma lógica que descrevi acima. - Atualizado 17/06/2020).
EAA pode ter atomizador de chama ou eletrotérmico/forno de grafite.
Siglas:
GF EAA: Espectrometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite.
F EAA: Espectrometria de Absorção Atômica Chama.
c) Errada. Região que foi citada corresponde a do visível, e não do ultravioleta. Ultravioleta aproximadamente entre 190nm - 400 nm. Visível entre 400 - 800 nm.