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Gabarito D.
a) O efeito de que as moças pretendem obter em suas fainas, ao fim e ao cabo realizam-se como pretendido. Errado.
Pergunte ao verbo: quem pretende obter, pretende obter algo (não tem a preposição de).
O que realiza-se como pretendido? o efeito...
b) A técnica ilusória com cuja as moças contam acaba por se mostrar favorável diante do batatal. Errada.
Cuja - posse: técnica ilusória das moças. Quem conta, conta com algo (com está certo, porém cuja as é errado).
Correto seria: com cujas moças contam...
c) Consiste a magia das moças maoris, a cada plantação, de cantar e dançar para que se alcance os melhores resultados. Errada.
O verbo consiste pede a preposição em (consiste em algo)
..em cantar e dançar para que se alcancem os melhores ...
d) A magia de um rito, cuja força as moças convocam no plantio, não as deixa frustrar-se. Correta.
Quem convoca convoca algo - cuja força as moças convocam...
O que não deixa as moças frustarem-se ? a magia... (por isso, não é deixam).
e) As sementeiras de batatas, de cujo plantio as moças se aplicam, estão sujeitas para com os efeitos do vento leste. Errada.
Quem se aplica, se aplica a algo ( a cujo plantio as moças se aplicam, estão sujeitas aos efeitos...).
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NÃO ENTENDI O "FRUSTRAR-SE" E NÃO FRUSTRAREM-SE NA ALTERNATIVA "D".
A magia de um rito, cuja força as moças convocam no plantio, não as deixa frustrar-se.
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Pesada!
d) A magia de um rito, cuja força as moças convocam no plantio, não as deixa frustrar-se
A magia de um rito não as deixa frustrar-se.
1) a magia não as deixa
Quem não deixa? a magia (logo, parte da frase ok, o verbo deixar concorda com "a magia")
2) a magia não as deixa frustrar-se
Desenterremos uma regra de infinitivo:
Quando o sujeito de verbo no infinitivo for pronome oblíquo átono, o VERBO NO INFINITIVO NÃO VARIA (PERMANECE NO INFINITIVO IMPESSOAL). Como pode-se notar, na frase "não as deixa frustrar-se", o sujeito do infinitivo "frustrar" é o pronome oblíquo átono "as".
Assim, a frase está correta!
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Na letra D, trata-se de um verbo sensitivo. Nestes casos, o infinitivo não varia, ainda que tenha como sujeito um pronome oblíquo átono no plural (Regra dos infinitivos causativos/sensitivos).
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4. Nas locuções verbais;
Queremos acordar bem cedo amanhã.
Eles não podiam reclamar do colégio.
Vamos pensar no seu caso.
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior;
Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
Devemos sorrir ao invés de chorar.
Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
Observação: quando o infinitivo (preposicionado ou não) preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente),
PODE ou NÃO ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal.
Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol (ou afim de jogar futebol)
(Para estudar ou Para estudarmos), estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem (ou antes de nascer), já estão condenadas à fome muitas crianças.
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue;
Deixei-os sair cedo hoje.
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;
Pediu para Carlos entrar. (errado)
Pediu para que Carlos entrasse. (errado)
Pediu que Carlos entrasse. (correto) QUEM PEDE, PEDE ALGO
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu fazer",
pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.
Aquele exercício era para eu corrigir.
Esta salada é para eu comer?
Ela me deu um relógio para eu consertar.
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal;
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural);
Faço isso para não me acharem inútil. QUEM?
Temos de agir assim para nos promoverem. QUEM?
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação;
Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
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Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.
Amar é sofrer.
O infinitivo impessoal é usado:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
é proibido entrada MAS A ENTRADA É PROIBIDA
é vedado cachaça
2. Quando tiver o valor de Imperativo;
Soldados, marchar! (= Marchai!)
3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior
Eles não têm o direito de gritar assim.
As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar.
Na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", dentre outros, o Infinitivo (auxiliar) deve ser flexionado.
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.