SóProvas


ID
1998910
Banca
SUGEP - UFRPE
Órgão
UFRPE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Administração Geral
Assuntos

O estudo sistemático da burocracia, desenvolvido por Max Weber, delimitou o que seria o tipo ideal de burocracia. Weber apresentou uma forma idealizada em que apenas transpareciam as virtudes do sistema, e não previu nem isolou as consequências imprevistas da burocracia. Essas características imprevistas foram denominadas de ‘disfunções da burocracia’, que ocorrem quando:

Alternativas
Comentários
  • 4.1*3 Disfunções da burocracia
    Para Weber, a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas se resumem
    na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência
    da organização. Todavia, ao estudar as conseqüências previstas (ou desejadas) da
    burocracia que a conduzem à máxima eficiência, Merton7 notou também as conseqüências
    imprevistas (ou não desejadas) que levam à ineficiência e às imperfeições. A
    essas conseqüências imprevistas, Merton deu o nome de disfunções da burocracia para
    designar as anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido pejorativo que o
    termo burocracia adquiriu junto aos leigos no assunto. Merton salienta que os cientistas
    deram muita ênfase aos resultados positivos da organização burocrática e descuidaram
    das tensões internas, enquanto o leigo, ao contrário, tem exagerado as imperfeições
    da burocracia.

    Superconformidade às rotinas e aos procedimentos
    A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as
    pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. Como uma burocracia eficaz exige
    devoção estrita às normas e aos regulamentos, essa devoção às regras e aos regulamentos
    conduz à sua transformação em coisas absolutas: as regras e rotinas não mais
    são consideradas relativas a um conjunto de objetivos, mas passam a ser absolutas.
    Com o tempo, as regras e as rotinas tomam-se sagradas para o funcionário. O impacto
    dessas exigências burocráticas sobre a pessoa provoca profunda limitação em sua liberdade
    e espontaneidade pessoal, além da crescente incapacidade de compreender o
    significado de suas próprias tarefas e atividades dentro da organização como um todo.
    O efeito da estrutura burocrática sobre a personalidade dos indivíduos é tão forte que
    leva à “incapacidade treinada” (no conceito de Veblen)9 ou à “deformação profissional”
    (no conceito de Wamotte), ou ainda, à “psicose ocupacional” (segundo Dewey):
    o funcionário burocrata trabalha em função dos regulamentos e rotinas e não em função
    dos objetivos organizacionais que foram estabelecidos.10 Essa superconformidade
    a regras, regulamentos, rotinas e procedimentos conduz a uma rigidez no comportamento
    do burocrata: o funcionário passa a fazer o estritamente contido nas normas,
    nas regras, nos regulamentos, nas rotinas e nos procedimentos impostos pela organização.
    Essa perde toda a sua flexibilidade, pois o funcionário restringe-se ao desempenho
    mínimo. Perde a iniciativa, a criatividade e a inovação.

    CHIAVENATO

  • Não entendi a alternativa A como correta porque uma das disfunções da burocracia é enfatizar o controle nos processos e meios de realizar o trabalho,ou seja, um controle a priori (nos meios) e não a posteriori (nos resultados)

  • Ana Liberal, a alternativa A enfatiza que as normas, os procedimentos e as regras são mais importantes que os resultados, e, portanto, passam a ser os objetivos da administração (controle a priori),  pouco importando quais resultados serão alcançados. Por isso é uma disfunção. 

  • Gabarito Letra A

     

    As principais disfunções da Burocracia são:


    *  Dificuldade de resposta às mudanças no meio externo – visão excessivamente voltada para as questões internas (sistema fechado, ou seja, autorreferente, com a preocupação não nas necessidades dos clientes, mas nas necessidades internas da própria burocracia).

     

    * Rigidez e apreço extremo às regras – o controle é sobre procedimentos e não sobre resultados, levando a falta de criatividade e ineficiências.

     

    * Perda da visão global da organização – a divisão de trabalho pode levar a que os funcionários não tenham mais a compreensão da importância de seu trabalho nem quais são as necessidades dos clientes.


    * Lentidão no processo decisório – hierarquia, formalidade e falta de confiança nos funcionários levam a uma demora na tomada de decisões importantes.


    * Excessiva formalização – em um ambiente de mudanças rápidas não se consegue padronizar e formalizar todos os procedimentos e tarefas, gerando uma dificuldade da organização de se adaptar a novas demandas. A formalização também dificulta o fluxo de informações dentro da
    empresa.

     

    Fonte: Rodrigo Rennó

  • Disfunções (desvantagens) da burocracia:

    - Internalização das regras e apego aos regulamentos;

    - Excesso de formalismo e papelório;

    - Resistência às mudanças;

    - Despersonalização dos relacionamentos;

    - Categorização como base do processo decisório;

    - Superconformidade às rotinas e procedimentos;

    - Exibição de sinais de autoridade;

    - Dificuldade de atendimento e conflitos como o público.

    Fonte: aulas do professor Carlos Xavier