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ID
2015335
Banca
FGV
Órgão
SEE-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um outdoor turístico da cidade de Tiradentes-MG dizia o seguinte:
“Visite Tiradentes: uma cidade diferente e atraente!
A observação coerente sobre esse tipo de texto é

Alternativas
Comentários
  • a) Errada. O texto de propaganda atinge sua finalidade quando contém polissemia, explora a homonímia ou contém ambiguidades, pois o jogo com as palavras desafia o destinatário a entender a mensagem, prendendo sua atenção e levando-o ao consumo do produto.

     

    b) Errada. A utilização de recursos de linguagem originários de textos literários, dentre eles a função poético-estética, vem sendo muito utilizada como facilitadora de criação para os publicitários; e de memorização e identificação da mensagem, para os receptores.

     

    c) CORRETA. Os adjetivos são palavras vagas, pois não há um limite preciso de sua aplicabilidade. Desse modo, os ítens "diferente" e "atraente" apresentam as propriedades da escalaridade, pois o substantivo a que eles se referem, "cidade", pode ser mais diferente e atraente para uma pessoa, mas não para outra; e a propriedade da comparação, pois a cidade pode ser mais diferente e atraente do que outras. Assim, os seus sentidos devem ser acessados numa ocorrência específica, ou seja, devem ser buscados num determinado contexto individual de cada leitor e não no léxico. A vagueza é utilizada como recurso para atrair a atenção do leitor para a mensagem anunciada, haja vista sua maneira econômica e, contraditoriamente, precisa de expressar a publicidade, visto que o anunciante não é obrigado a fazer determinadas escolhas. Assim, o leitor do outdoor é responsável em atribuir sentidos aos itens lexicais vagos.

     

    d) Errada. Um texto técnico tem como ideal a clareza e objetividade. Já o texto de propaganda atinge sua finalidade se for polissêmico, se explorar a homonímia ou se contiver ambiguidade.

     

    e) Errada. O modo imperativo tem por objetivo indicar que o indivíduo pratique uma ação, e não convencê-lo dos motivos dessa ação. Uma placa de "PARE", por exemplo, tem por objetivo que o indivíduo pratique a ação de parar, e não de convencê-lo da necessidade de parar. O convencimento é feito pela exposição de argumentos que ocorre após o uso do imperativo. Após manifestar ordem/apelo para que o interlocutor visite Tiradentes, o outdoor oferece argumentos para convencê-lo a atender essa ordem/apelo e realizar a ação. O motivo pelo qual o interlocutor deve visitar Tiradentes é que ela é uma cidade diferente e atraente. Ao ler no outdoor a frase "Visite Tiradentes", o interlocutor poderia se perguntar "Por que eu preciso visitar Tiradentes" e o próprio outdoor responde: "Porque Tiradentes é uma cidade diferente e atraente". Assim, são os argumentos apresentados após o imperativo que pretendem convencer o leitor da necessidade de visitar a cidade, e não o imperativo em si.

     

     

  • Marquei a letra E.

  • Um outdoor turístico da cidade de Tiradentes-MG dizia o seguinte: “Visite Tiradentes: uma cidade diferente e atraente!”
    A observação coerente sobre esse tipo de texto é (letra c) o conteúdo semântico dos adjetivos qualificadores da cidade é propositadamente de responsabilidade dos leitores. 

    Fiquei em dúvida entre as assertivas 'c' e 'e'. Minha impressão sobre a letra e ("o emprego do imperativo com valor de ordem pretende convencer o leitor da necessidade de visitar a cidade"): creio que, realmente, trata-se de imperativo voltado para o convencimento do leitor a visitar Tiradentes. Porém, talvez não implique em ser necessário visitar a cidade. Apenas visitar.

  • Muito bem observado pela Monique, a letra E é bastante capciosa. Quando estiver em dúvida assim o melhor é apegar-se aos detalhes

     

  • Mais um ponto de vista sobre o letra E: Nem sempre o imperativo exprime ordem; podem exprimir, também, conselho, pedido, sugestão, advertência ou desejo. Neste caso, entendo mais como uma sugestão/conselho do que como uma ordem, o que torna a alternativa E errada, já que o imperativo não foi usado com valor de ordem.

  • Coisa mais subjetiva não há.
    GAB:E

  • O Gabarito é a letra C e não E como indicado pelo Paulo Rocha abaixo.

    Eu concordo que a letra E era a que podia causar dúvida nesse caso mas concordo com aqueles que eliminaram essa alternativa por conta da palavra necessidade. O fato de uma cidade ser diferente e atraente não causa necessidade de conhecê-la. A assertiva estaria correta, por exemplo, se fosse empregado 'das vantages' no lugar de 'da necessidade': 

    "o emprego do imperativo com valor de ordem pretende convencer o leitor das vantagens de visitar a cidade."

  • Gente, o gabarito é letra C!! Existe um ditado: entenda como você quiser? Entao a cidade é TURISTICA!!! Ela quis atrair o turista mexendo na imaginação dele. Daí a letra C trazer o termo propositalmente. 

    Arrogância de colocar gabarito diferente não é a finalidade do Comentário, pois aqui é para ajudar. Menos, Paulo Rocha

  • Com todo o respeito aos que tentaram justificar o gabarito oficial, mas é muito fácil tentar explicar a assertiva "certa" depois de saber a resposta. É normal buscar argumentos pra explicar a escolha, mas há de se reconhecer que o raciocínio exigido pra responder a maioria das questões de português da FGV é bastante peculiar e extremamente subjetivo! Bons argumentos existem pra C e pra E. Se a questão é objetiva a resposta deve ser igualmente objetiva, que é diferente de ser fácil, mas que não deixe dúvidas com relação às demais assertivas nas questões meramente interpretativas. 

  • Gab: C  

     

    #  Avante 

  • Pelo que eu entendi através dos excelentes comentários dos colegas é que o imperativo em si não cria no leitor a necessecidade mas apenas indica, sugere que ele pratique determinada ação. Nessa questão o verbo "visite" no imperativo indica, sugere a visita ao leitor. A criação de necessidades, é feita a partir dos argumentos utilizados depois: atraente e diferente. Outro fato que chama a atenção para considerar a alternativa "E" errada é que o uso do imperativo não é apenas nos casos de ordem. Mas também implica sugestão, conselho...

    Gabarito B, com dor no coração!

    FGV você tá na minha lista de superação!

  • É complicado quando vc fica entre duas respostas e o gabarito não é nunhema delas

  • QUANDO TU FICA EM DÚVIDA ENTRE 2 E NENHUMA DELAS É A CORRETA!!!

  • Pra mim a alternativa correta é a D.

    Não vejo como ser de responsabilidade do leitor a interpretação dos adjetivos da frases uma vez que se trata de informações objetivas e não subjetivas

  • Será que a emoção de ver seu nome no D.O. será a mesma de quando se acerta uma questão dessas da FGV?? As vezes me pergunto se a euforia é parecida.

  • Eu fiquei entre a D e a E e a resposta é a C. FGV é fogo...

  • Eu iria na A e acredito fortemente nela, explico: uma cidade diferente e atraente.

    Diferente como??? atraente por que?? Então entendo que os dois adjetivos deveriam ter sido melhor explicados p/ tornar a comunicação mais eficiente.

    Achei a questão subjetiva, mas faz parte do jogo!

  • pessoal, esse verbo no imperativo não tem a finalidade de convencer.