CONTINUAÇÃO PARTE II
processos de tomada de decisão que afectam os empregados e
tratamento digno dos supervisores) e a implicação organizacional
afectiva. Num outro estudo longitudinal, os autores procuraram
analisar a direcção da relação entre percepção de suporte
organizacional e implicação afectiva em dois momentos distintos.
Constataram, após um período de dois e de três anos, que a
percepção de suporte organizacional surgiu relacionada de forma
expressiva e significativa com mudanças na implicação afectiva,
e que mudanças da implicação afectiva não se relacionavam com
mudanças na percepção de suporte organizacional. De acordo com
Rhoades et al. (2001), estes resultados levam a considerar a
percepção de suporte organizacional como um antecedente da
implicação afectiva, sendo consistentes com a teoria do suporte
organizacional que defende que os empregados apresentam um
comportamento recíproco relativamente ao que recebem da
organização (e.g., Eisenberger et al., 1986; Shore e Shore, 1995;
Wayne, Shore e Liden, 1997).
Papel do suporte organizacional
Diversos estudos têm revelado que existe uma relação positiva entre a percepção de suporte organizacional e a implicação afectiva (e.g., Eisenberger, Fasolo e Davis- LaMastro, 1990; Wayne et al., 1997; Rhoades, Eisenberger e Armeli, 2001). Rhoades, Eisenberger e Armeli (2001) realizaram um conjunto de estudos para analisarem a relação entre percepção de suporte organizacional e a implicação afectiva. Num desses estudos, os autores analisaram a relação entre três variáveis da experiência de trabalho (recompensas organizacionais, percepção de justiça procedimental e suporte do supervisor) e a implicação afectiva. Os resultados revelaram que a percepção de suporte organizacional mediava a relação entre experiências de trabalho favoráveis (recompensas generosas, procedimentos justos nos