A) Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído.
B) Outro tipo de alteração auditiva provocado pela exposição ao ruído intenso é a mudança transitória de limiar, que se caracteriz a por uma diminuição da acuidade auditiva que pode retornar ao normal, após um período de afastamento do ruído.
C) Correta
D) A progressão da perda auditiva decorrente da exposição crônica é maior nos primeiros 10 a 15 anos e tende a diminuir com a piora dos limiares.
E) Quando o ruído é intenso e a exposição a ele é continuada, em média 85dB(A) por oito horas por dia, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da Pair (CID 10 – H83.3) . A Pair é o agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão, vidraria, entre outros.
PAIR é o agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão, vidraria, entre outros.
A ocorrência de progressão da perda auditiva na PAIR tem seu início e predomínio nas freqüências de 3, 4 ou 6kHz, progredindo, posteriormente para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25kHz. Da mesma forma, deve ser considerado que, em condições estáveis de exposição, as perdas em 3, 4 ou 6kHz, geralmente atingirão um nível máximo, em cerca de 10 a 15 anos.
A questão versa sobre a Perda Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR.
De acordo com o documento do Ministério da Saúde (2006. Pág. 13), a PAIR atende pela seguinte definição:
"Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído".
De acordo com o documento supracitado, o Comitê Nacional de Ruídos e Conservação Auditiva trouxe algumas características da PAIR, entre outras :
- "Ser sempre neurossensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti da orelha interna.
- Ser geralmente bilateral, com padrões similares. Em algumas situações, observam-se diferenças entre os graus deperda das orelhas.
- Geralmente, não produz perda maior que 40dB(NA) nas frequências baixas e que 75 dB(NA) nas altas
- A sua progressão cessa com o fim da exposição ao ruído intenso.
- A perda tem seu início e predomínio nas frequências de 3,4 ou 6 kHz, progredindo, posteriormente, para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz".
Ainda de acordo com o mesmo documento, porém dessa vez em relação ao trabalhos do American College of Occupational and Environmental Medicine, uma observação sobre a doença é a seguinte:
"O risco de Pair aumenta muito quando a média da exposição está acima de 85dB(A) por oito horas diárias. As exposições contínuas são piores do que as intermitentes, porém, curtas exposições a ruído intenso também podem desencadear perdas auditivas. Quando o histórico identificar o uso de protetores auditivos, deve ser considerada a atenuação real do mesmo, assim como a variabilidade individual durante o seu uso".
Agora vamos verificar cada uma das assertivas:
A- Incorreta.
Geralmente é bilateral, ou seja, tem tendência à bilateralidade.
B- Incorreta.
Sem a exposição ao ruído prejudicial, a sua progressão cessa.
C- Correta.
De acordo com o material acima mencionado, "a perda tem seu início e predomínio nas frequências de 3,4 ou 6 kHz, progredindo, posteriormente, para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz"
D- Incorreta.
Em condições estáveis de exposição, as perdas em 3, 4 ou 6 kHz, geralmente atingirão um nível máximo, em cerca
de 10 a 15 anos, de acordo com o Comitê Nacional de Ruídos e Conservação Auditiva.
E- Incorreta.
"O risco de Pair aumenta muito quando a média da exposição está acima de 85dB(A) por oito horas diárias".
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perda auditiva induzida por ruído (Pair). Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006.
GABARITO: LETRA C