Entre as opções há dois teóricos que dão ênfase ao conceito de inferioridade: Adler e Horney.
Adler afirmava que os sentimentos de inferioridade nnão são indícios de anormalidade, são a causa de todo melhoramento da vida humana. Sob condições normais o sentimento de inferioridade é a grande força propulsora da humanidade.
Horney, por sua vez, ao abordar o conceito de "ansiedade básica", afirma que a criança pode se sentir isolada, desamparada e inferiorizada quando o contexto se apresenta de forma hostil (dominação direta ou indireta, indiferença, comportamento irregular, desrespeito às necessidades da criança, ausência de orientação, desprezo, excesso ou ausência de admiração...) Portanto, a criança ansiosa e insegura desenvolve várias estratégias para lutar contra seus sentimentos de isolamento e desemparo. Dentre outras questões, poderá desenvolver uma visão irreal e ideal de si mesma, a fim de compensar-se pelos sentimentos de inferioridade.
Fonte: Hall e Linzey. Teorias da Personalidade.
Karen Horney afirmava que a ansiedade básica, seu principal conceito, nascia do sentimento de desamparo, vulnerabilidade e solidão que a criança sentia nos anos iniciais da vida. Um lar que proporcionasse segurança, atenção e amor atuaria como medida protetiva no surgimento desse tipo de ansiedade.
E a partir desse sentimento de desamparo frente ao mundo, o sujeito poderia tomar atitudes inconscientes e irracionais para lidar com esses problemas, assim as necessidades neuróticas surgiriam como um estratégia irracional que visava obter uma solução. Horney elencou 10 necessidades neuróticas, depois as condensou em 3 principais: necessidade de amor, necessidade de independência e necessidade de poder.
Obs.: o termo "necessidade" é empregado por Horney para se referir um instrumento irracional usado para lidar com o desamparo nesse ambiente hostil que causa ansiedade básica.
Fonte: Hall, Lindzey e Campbell (2007)