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ID
2030575
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Miraí - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

“A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença debilitante e progressiva que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível, e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. No Brasil vem ocorrendo um aumento no número de óbitos por essa doença nos últimos anos. Além de acometer os pulmões, ela também produz consequências sistêmicas significativas.” 

De acordo com a literatura e com o Ministério da Saúde, a oxigenoterapia é até o momento a única intervenção não farmacológica comprovadamente eficaz no aumento da sobrevida em DPOC. Sabendo que a doença se classifica conforme a gravidade em quatro estádios (estádios I, II, III e IV)*, após preencher alguns critérios preestabelecido, o uso domiciliar de oxigenoterapia prolongada está indicado usualmente para pacientes classificados no(s) estádio(s):
* Classificação segundo a GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease).

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B.

     

    De acordo com o artigo OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC).

     

    A oxigenoterapia é até o momento a única intervenção não farmacológica comprovadamente eficaz no aumento da sobrevida em DPOC.

     

    Assim, está indicada para pacientes com DPOC avançada, usualmente em estádio IV, não tabagistas, que preencham critérios de hipoxemia crônica mediante avaliação de trocas gasosas por exame de gasometria arterial. Indica-se a utilização contínua em uso domiciliar através de aparelho concentrador de oxigênio, por no mínimo, 15 horas diárias

     

    São critérios para indicação:

     

     o PaO2 < 55 mmHg ou

    o SpO2 < 88% ou

    o PaO2 55-59 mmHg / SpO2 < 89% se sinais de hipertensão arterial pulmonar cor pulmonale (policitemia, edema periférico, turgência jugular, segunda bulha cardíaca hiperfonética, ECG com onda “p pulmonale”).

  • Complementando:

    A DPOC é classificada em quatro estágios. O estágio I (leve) é definido por uma razão VEF1/CVF inferior a 70% e por um VEF1 superior ou igual a 80% do previsto, podendo o paciente estar ou não com sintomas de tosse e produção de escarro. O estágio II (moderado) é definido por uma razão VEF1/CVF inferior a 70%, VEF1 de 50 a 80% do previsto, com dispneia que se desenvolve tipicamente aos esforços. O estágio III (grave) é definido por uma razão VEF1/CVF inferior a 70% e por um VEF1 de menos de 30 a 50% do previsto. Os sintomas da DPOC grave consistem em aumento da dispneia, redução da capacidade de realizar exercícios e exacerbações repetidas. Por fim, o estágio IV (muito grave) é definido por uma razão VEF1/CVF inferior a 70%, VEF1 inferior a 30 a 50% do previsto e
    sinais/sintomas de insuficiência respiratória crônica.

     

    A oxigenoterapia a longo prazo é habitualmente introduzida na DPOC muito grave (estágio IV), e as indicações incluem, em geral, uma PaO2 de 55 mmHg ou menos ou evidências de hipoxia tecidual e lesão orgânica, como cor pulmonale, policitemia secundária, edema em decorrência da insuficiência cardíaca direita ou comprometimento do estado mental.                                                                                  

     

    (FONTE: BRUNNER, 2013)