Considerada dessa maneira, devemos ressaltar nesse momento a entrevista de devolução que tem por intenção comunicar à pessoa o resultado da avaliação. Para Ocampo, Arzeno e Piccolo (1995), o processo devolutivo deve consistir em observar a resposta verbal do cliente ante a recepção da mensagem do entrevistador. Isso compõe uma modalidade de informação que permite sintetizar corretamente o caso e emitir o diagnóstico e o prognóstico com determinada segurança e concomitantemente oferece o planejamento acertado da orientação terapêutica, conforme for o caso. Em muitas situações, esse momento é integrado em uma mesma sessão, ao final da entrevista. Em outros casos, sobretudo quando as atividades de avaliação se desdobram por mais de uma sessão, é conveniente destacar a entrevista de devolução do restante do processo.
Outra finalidade da entrevista de devolução é consentir ao entrevistado exprimir seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do entrevistador. Ainda, permite avaliar a reação do entrevistado a elas. Ou seja, segundo Tavares (2002), mesmo na fase devolutiva, a entrevista mantém seu aspecto avaliativo e tem-se a oportunidade de averiguar a atitude da pessoa em relação à avaliação e às recomendações, ao seu desejo de segui-las ou de recusá-las. Finalmente como objetivo da entrevista de devolução, destaca-se:
A importância de ajudar o entrevistado a compreender as conclusões e recomendações e a remover distorções ou fantasias contraproducentes em relação a suas necessidades. A devolução pode ser simples, como, por exemplo, de que o motivo que o levou a procurar ajuda pode ser atendido em um processo terapêutico ou complexo, a ponto de requerer mais de uma sessão (Tavares, 2002, p.