Banca considerou a questão certa
Foi meio complicado encontrar embasamento para essa questão, até porque, na minha opinião, ela está mais ligada à ciência política e às políticas públicas do que à saúde... mas segue um trecho de artigo que sucinta o posicionamento da banca:
Na ânsia que nós, construtores da saúde brasileira, temos em convencer a todos sobre a necessidade de melhorar os investimentos na saúde pública, citamos sempre os países que garantem saúde universal a seus cidadãos como exemplos a serem seguidos. Canadá, Espanha, Inglaterra, Itália, França e o montante de recursos que ali se investem. Contudo, nunca nos lembramos de analisar a riqueza desses países, o seu tamanho demográfico, seu modelo assistencial e as regras de coexistência entre saúde pública e privada. Todos esses países têm elevado PIB, alto per capita e percentual de gasto público aplicado em saúde em relação ao PIB (6 a 8%), definição clara do que o Poder Público garante no âmbito de seu sistema público de saúde (o Canadá, por exemplo, não garante assistência odontológica, tanto quanto a Inglaterra), modelo assistencial centrado na atenção primária e a permissão para a iniciativa privada explorar a saúde economicamente é quase mínima e muito regulada, diferentemente do que ocorre com o Brasil.
http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/radis-na-rede/saude-que-queremos-e-saude-que-podemos-0
Bom... não sei, posso estar errada, mas se for comparar com os dados destes países no IBGE países para com o Brasil, veremos que o investimento com saúde é praticamente o mesmo.
Brasil: Gastos públicos com saúde 9,7 % do PIB
Canadá: Gastos públicos com saúde 10,9 % do PIB
Itália: Gastos públicos com saúde 9,1 % do PIB
Inglaterra: Gastos públicos com saúde 9,1 % do PIB
Percebe-se que a Itália e a Inglaterra gastam menos com saúde pública que o Brasil. Claro, o PIB per capita desses países com relação à população é bem maior, mas a questão se refere justamente à saúde e não à economia de modo geral.
Entendo que essa questão deveria ter sido anulada.
OBS: O que é aquém: Longe do desejado, insuficiente, fraco.
Fonte: Ibge Países