......Nessa perspectiva, um ponto fundamental relativo à cientificidade desses instrumentos é a sua validade. Historicamente, a validade tem sido atribuída ao teste que mensura realmente o que pretende medir (Anastasi & Urbina, 2000), sendo verificada, basicamente, por estudos de validade de conteúdo, critério e construto. Entretanto, essa definição foi aprimorada, quando da revisão dos Standards para a versão 1999 (American Educational Research Association [AERA], American Psychological Association [APA], & National Council for Measurement in Education [NCME], 1999). Nesse novo documento, validade "refere-se ao grau em que evidência e teoria sustentam as interpretações dos escores dos testes vinculados aos usos propostos dos testes" (p. 9).
O processo de validação, portanto, reúne um conjunto de evidências que asseguram a relevância do teste, a sua utilidade nos usos propostos e as interpretações geradas. Nesse sentido, superados os critérios mínimos para o uso dos testes psicológicos instituídos na resolução nº 002/2003 do Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2003), atualmente, não se valida o teste em si, mas as interpretações propostas por este e as aplicações práticas pretendidas (Primi, Muniz, & Nunes, 2009)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722012000100009