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Benjamin Constant era contra o sufrágio universal.
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Liberalismo no século XIX ñ tem nada a ver c/ democracia
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Lê-se liberalismo = Burguesia! Ou seja, em momento algum buscava-se o voto universal e sim o censitário
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Lembrando também que Benjamin Constant foi o criador da teoria do Poder Moderador, acreditando na supremacia do absolutismo, ou seja, contra o liberalismo
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Se perceberem, a própria referência bibliográfica nos dá a resposta: "The political culture of limited suffrage", antagonizando a segunda parte da questão.
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Benjamin Constant julgava que somente os profissionais liberais credenciados “pelo sucesso e pela fortuna” fariam jus à plena cidadania. Para o autor, a realização de estudos superiores não autorizava, por si mesma, a participação eleitoral.
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Os ideais liberais-democráticos atuais são bem distintos dos ideais da época da Revolução Francesa.
Liberalismo: Girondinos, voto censitário, poder para poucos, mais precisamente para quem tinha grande poder aquisitivo;
Democracia: Jacobinos, voto universal (masculino!), direitos a trabalhadores urbanos, poder não pautado apenas na questão econômica;
Desta forma, quem apoiava o liberalismo (alta burguesia) era automaticamente antidemocrático.
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Benjamin Constant era contra o liberalismo. Acreditando na supremacia do absolutismo, ou seja, contra o liberalismo
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Gabarito: ERRADO
"Nem Benjamim Constant, que o candidato não deve confundir com o homônimo brasileiro, batizado assim em homenagem ao francês, nem Guizot defendiam o sufrágio universal. Indo além, é discutível colocar Guizot como um liberal, muitas vezes citado como um conservador moderado."
Livro: Como Passar - Concursos da Diplomacia e Chancelaria - 1.600 Questões Comentadas
Professor: Filipe Figueiredo
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François Guizot - Historiador e estadista francês nascido em Nîmes, que dedicou grande parte da vida a pôr em prática seu pensamento político, de tendência monarquista e conservadora. Apoiou a ascensão da monarquia (1830) com Luís Filipe de Orléans e chefiou diferentes ministérios como representante dos conservadores. Estabeleceu o princípio segundo o qual todos têm direito à educação e favoreceu a atividade da alta burguesia.
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Basta lembrar que o Poder Moderar, institucionalizado no Brasil pela Constituição de 1824, foi ideia de Benjamin Constant
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AMBOS eram contrários à defesa do princípio da soberania popular e da ampliação do sufrágio
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Françoaos Guizot tinha um posição intermediária e não radical...
Bons estudos!
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O sufrágio universal é o direito de todos os cidadãos adultos de votarem e seres votados. A rigor, todos os Estados estabelecem exigências constitucionais para o exercício da cidadania política, como idade mínima e alistamento militar. A diferença substancial do sufrágio universal para o sufrágio restrito é que aquele não coloca requisitos de caráter social, como escolaridade mínima ou renda mínima, para garantir às pessoas o direito à participação no processo eleitoral.
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Para Benjamin Constant, a liberdade dos antigos caracterizava-se pela participação dos cidadãos em um espaço livre de deliberação, por meio do qual o poder era exercido coletivamente e diretamente. Para ele a liberdade moderna implica no direito de gozar da liberdade na esfera privada, cabendo ao governo garanti-la. Assim, a participação direta e universal dos homens acabaria por limitar, ou mesmo destruir, a liberdade individual, exigência incondicional da sociedade moderna.
François Guizot, em sua Histoire de la civilisation en Europe , ao fazer o balanço do que a França significou no contexto da civilização ocidental, afirma que a marca registrada dessa influência consistiu em ter realizado, de maneira superlativa, todas as grandes mudanças que foram concretizadas de forma moderada pela Inglaterra. Isso desde o início do processo de construção do Estado e do poder do rei com a mão de ferro de Filipe IV- o Belo, até o turbilhão da Revolução Francesa.
Guizot e Benjamin Constant , são entendidos como intelectuais do “ liberalismo doutrinário" francês. Foram eminentemente homens de ação moderados, que pretenderam defender as conquistas da Revolução de 1789, notadamente os ideais de liberdade e de democracia, bem como o ideal de progresso da sociedade humana. Prevaleceu neles mais o primeiro aspecto do que o segundo.
Ao analisarmos a obra de Guizot, vemos, porém, que ele propôs o alargamento paulatino do direito de voto embora se contrapusesse à retórica democrática radical , polarizada muitas vezes ao redor dos republicanos.
Todos aqueles entendidos como doutrinários caracterizavam-se também pela moderação em matéria religiosa, e por defenderem a separação das igrejas em face do Estado.
Finalmente, ao juntarem a dimensão prática à teórica, os doutrinários encarnaram um tipo especial de ética pública, a do intelectual-homem de ação. Os doutrinários não tinham dificuldade em admitir que o intelectual deve iluminar o político e que o político deveria fazer pousar na terra o intelectual. Quanto ao modelo político defendido, os doutrinários eram partidários da monarquia constitucional com parlamento bicameral, sendo tributários, neste aspecto, dos autores ingleses.
Percebe-se , assim, que a afirmativa está incorreta. É uma questão que exige conhecimento específico. Há uma bibliografia que deve ser considerada , particularmente a obra Alan S. Kahan. Liberalism in nineteenth-century Europe. The political culture of limited suffrage, de onde foi retirado o trecho apresentado na questão.
A bibliografia apresentada pelo Instituto Rio Branco abrange todos os temas destacados nas questões. Por conseguinte, é necessária a leitura e estudo cuidadoso da mesma.
Gabarito do Professor: ERRADO.