- ID
- 87988
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- Instituto Rio Branco
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
Assinale a opção correta com relação às transformações institucionais introduzidas pela Revolução Francesa.
Assinale a opção correta com relação às transformações institucionais introduzidas pela Revolução Francesa.
Quanto aos vários sentidos de que se revestiu historicamente a noção de liberalismo político, assinale a opção incorreta:
Julgue os itens a seguir, relativos à Europa moderna e
contemporânea.
Devido à forte presença do clero junto ao setor popular urbano e aos camponeses, a Igreja Católica saiu fortalecida da Revolução Francesa.
O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em um a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidade de mobilização permanente.
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a "confiança" dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que
Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados.
Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França.
Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).
Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta.
“Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá pensar que o país foi o cenário da 'única revolta de escravos bem- sucedida da História'. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da França e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos. Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti.”
SADER, Emir. A grande revolução negra. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 04 jan. 2004.
Refletindo acerca da Revolução Francesa, da Independência do Haiti e do processo de emancipação das colônias na América, pode-se concluir que:
“A grande revolução de 1789-1848 foi o triunfo não da ‘indústria’ como tal, mas da indústria capitalista; não da liberdade e da igualdade em geral, mas da classe média ou da sociedade ‘burguesa’ liberal; não da ‘economia moderna’ ou do ‘Estado moderno’, mas das economias e Estados em uma determinada região geográfica do mundo (parte da Europa e alguns trechos da América do Norte), cujo centro eram os Estados rivais e vizinhos da Grã-Bretanha e França. A transformação de 1789-1848 é essencialmente o levante gêmeo que se deu naqueles dois países e que dali se propagou por todo o mundo.
Mas não seria exagerado considerarmos esta dupla revolução - a francesa, bem mais política, e a industrial (inglesa) - não tanto como uma coisa que pertença à história dos dois países que foram seus principais suportes e símbolos, mas sim como a cratera gêmea de um vulcão regional bem maior. O fato de que as erupções simultâneas ocorreram na França e na Inglaterra, e de que suas características difiram tão pouco, não é nem acidental nem sem importância.”
HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/2301094/A-Era-das-Revolucoes- Eric-J-Hobsbawm.
A respeito do contexto político e social das Revoluções Francesa e Industrial, a leitura do texto de Hobsbawm indica que:
Duas revoluções marcaram o mundo ocidental: a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, e a Revolução Russa, ocorrida em 1917. Sobre estas revoluções, é INCORRETO afirmar que, em ambas,
A 5 de outubro, oito ou dez mil mulheres foram a Versalhes; muita gente as acompanhou. A Guarda Nacional forçou o sr. de La Fayette a conduzi-las para lá na mesma noite. No dia 6, elas trouxeram o rei e obrigaram-no a residir em Paris.
(...) Não devemos procurar aqui a ação dos partidos. Eles agiram, mas fizeram muito pouco.
A causa real, certa, para as mulheres, para a multidão mais miserável, foi uma só, a fome. Tendo desmontado um cavaleiro, em Versalhes, mataram o cavalo e comeram-no quase cru.
(...) O que há no povo de mais povo, quero dizer, de mais instintivo, de mais inspirado, são, por certo, as mulheres. Sua idéia foi esta: “Falta pão, vamos buscar o rei; se ele estiver conosco, cuidar-se-á para que o pão não falte mais. Vamos buscar o padeiro!”
(Jules Michelet. História da Revolução Francesa, 1989.)
Sobre aquele momento da Revolução Francesa, é correto afirmar:
“A execução de Luís XVI, em janeiro de 1793, abalou a nobreza européia. No interior da França, eclodiram revoltas (...). No exterior, formou-se a Primeira Coligação européia (...). A França foi novamente invadida. (...) Teve início então, o Período do Terror, que se estenderia até julho de 1794.”
(ARRUDA & PILETTI, 2007)
O Período do Terror, caracterizado pela radicalização do processo revolucionário, ocorreu durante a fase da (o)
Sobre a Revolução Francesa, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.
I. A revolução é um marco na história francesa por assinalar a elevação da sociedade burguesa e capitalista na história do país.
II. O aspecto essencial da Revolução Francesa é a realização da unidade nacional do país através da destruição do modelo de regime senhorial e das "ordens feudais privilegiadas".
III. A estrutura social da França em fins do século XVIll já apresentava mudanças na estratificação social do país, caracterizada pela decadência do caráter aristocrático e pela desvalorização da terra como única forma de riqueza social e aquisição de poder.
Sobre os grupos políticos que disputavam o poder durante a Convenção Nacional na França revolucionária, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.
I. A Convenção Nacional representava os interesses da alta burguesia francesa e caracterizou-se, principalmente, pela centralização política.
II. Os girondinos representavam a grande burguesia industrial e caracterizavam-se pela radicalização política.
III. Os jacobinos, assim como os cordilliers, representavam a esquerda revolucionária e defendiam o sufrágio universal.
IV. Os sans-cullotes formavam um grupo de camponeses radicais que lideraram as jornadas do ano I da República.
O Estado Liberal que nasceu, se fortaleceu e predominou no mundo ocidental no século XIX apresentava como características básicas
A Revolução Francesa é talvez um dos temas mais visitados pela historiografia internacional. O impacto do processo revolucionário, as múltiplas dimensões do evento e as várias leituras produzidas acerca das facções políticas são ainda objeto de interesse e de interpretações.
Assinale a alternativa que melhor identifica a Revolução Francesa.
No que se refere à Revolução Francesa somente uma das afirmativas abaixo NÂO pode ser considerada correta, assinalea:
Na introdução de um panfeto publicado em 1789, quando a Revolução Francesa era iminente, o bispo Sieyès escreveu:
"Devemos formular três perguntas:
- O que é o Terceiro Estado? Tudo.
- O que ele tem sido até agora na ordem política? Nada.
- O que ele pede? Ser alguma coisa."
(SIEYÈS, E. J. Qu’est-ce que le Tiers État? In: História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2001. p. 19).
Durante a Revolução Francesa, uma das principais reivindicações do Terceiro Estado foi a
A crise da monarquia absolutista na França, às vésperas da Revolução Francesa, esteve relacionada
,
A Revolução Francesa não deve ser considerada apenas como uma revolução burguesa.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982.)
Essa afirmação pode ser considerada
Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver -se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, q uando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: "Calai -vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai -vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, mis eráveis?" Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em:
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a "Conspiração dos Iguais", que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
A Revolução Francesa extinguiu a sociedade do Antigo Regime, típica dos tempos modernos, que se caracterizava por ser:
O movimento revolucionário francês de 1789 conheceu várias fases; uma dessas foi o período conhecido como Convenção nacional (1792-1795), que se caracterizou, exceto:
“A história moderna termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou de ‘Antigo Regime’. [...] 1789 é a chave para o antes e para o depois. Separe-os, e, portanto, os define, os ‘explica.”
(FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. São Paulo: Paz e Terra, 1989. P. 17)
Através do texto acima, de François Furet, nos é possível perceber que, passados mais de 200 anos da Revolução Francesa, não há duvidas sobre o seu significado histórico e sua importância, particularmente para o mundo ocidental.
Acerca desse episódio da história ocidental, considere as afirmativas abaixo e escolha a que for verdadeira:
Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da
volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução FrancesaeVida Privada, in: PERROT, M. (Org). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol.4. São Paulo: Companhia das Letras,1991(adaptado).
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
"A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII na Inglaterra,e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution lança os fundamentos da História contemporânea.” [Mota, C. G. A Revolução Francesa]. Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que:
A Revolução Francesa não deve ser considerada apenas como uma revolução burguesa.
(Modesto Florenzano. As revoluções burguesas, 1982.)
Essa afirmação pode ser considerada
Os franceses não possuíam um grande vocabulário político antes de 1789, pois a política se passava em Versalhes, no mundo distante da corte real. Quando as pessoas do povo começaram a participar da política [...], precisaram encontrar palavras para o que tinham visto e feito.
A partir do texto, é correto afirmar que a Revolução Francesa de 1789.
A respeito do feudalismo e de sua passagem para o capitalismo, julgue os itens subsequentes.
O surgimento dos termos feudal e feudalismo ocorreu em consequência das mudanças políticas, sociais e intelectuais do século XVIII, a exemplo do Iluminismo e da Revolução Francesa.
Em relação ao século XVIII, julgue os itens seguintes.
O principal momento de radicalização da Revolução Francesa foi o chamado Terror, que intentava combater os inimigos externos da revolução, o império austríaco e, posteriormente, a Inglaterra.
Segundo Umberto Eco (1989): É verdade, a Revolução Francesa foi antecipada por outros fenômenos como o habeas corpus inglês. Mas os ingleses, isso é sabido, permanecem em sua própria casa e, se conquistaram o habeas corpus, ficaram satisfeitos em conservá-lo para eles. A Revolução Francesa, ao contrario, exportou suas idéias de liberdade, igualdade e fraternidade. (...) A própria idéia das independências nacionais, nasce e se difunde com a Revolução Francesa. E portanto, nós somos, votamos, escrevemos cartas aos jornais, organizamos manifestações, pressionamos o nosso deputado, porque houve a Revolução Francesa”
Considerado a citação exposta acima, indique qual influência que a Revolução Francesa teve em outros contextos:
I. A revolução Inglesa foi urbana e industrial, a Revolução Francesa realizou-se no campo, por isso não atentou às questões relativas ao habeas corpus.
II. A Revolução Francesa entusiasmou o continente Europeu, influenciou movimentos emancipacionistas como a Revolução Haitiana e a Conjuração Baiana;
III. A Revolução Inglesa do século XVII não influenciou imediatamente nenhuma mudança no mundo Ocidental, diferentemente do contexto francês;
IV. Os efeitos da Revolução Francesa, iniciada em 1789, encontraram um mundo mais receptivo às mudanças sociais.
Estão corretos os itens:
A Revolução Francesa é considerada por muitos historiadores como o modelo mais característico de revolução burguesa, criando paradigmas e valores que seriam difundidos, pelo menos, por todo o Ocidente. Entretanto, a partir de 1830, o movimento em direção às revoluções burguesas sofreu uma inflexão e mudou de rumo. As mudanças que caracterizam as transformações que deram origem ao que o historiador Eric Hobsbawm denomina “movimentos nacionalistas conscientes” podem ser descritos nos seguintes termos:
O processo revolucionário francês, iniciado em 1789, conhecido como Revolução Francesa, ajudou a construir a própria sociedade contemporânea, pois essa Revolução
No que se refere à trajetória histórica dos direitos humanos e dos cidadãos, julgue o item a seguir.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
proclamada no contexto da Revolução Francesa em 1789,
foi um marco importante para o desenvolvimento da ideia do
Estado como protetor de direitos individuais.
A Revolução Francesa influenciou muito a maneira como os seres humanos passaram a pensar a si mesmos e a história.
Sobre este evento e seus desdobramentos, é INCORRETO afirmar que
Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799):
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de
agosto de 1789)
Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos.
As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade
comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem.
Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e
a resistência à opressão.
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as
despesas de administração, é indispensável uma contribuição
comum, que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo
com suas possibilidades.
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã
(setembro de 1791)*
Art. 1º. A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do
homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no
interesse comum.
Art. 2º. O objeto de toda associação política é a
conservação dos direitos imprescritíveis da mulher e do
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a
segurança e, sobretudo, a resistência à opressão.
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as
despesas de administração, as contribuições da mulher e
do homem serão iguais; ela participa de todos os trabalhos
ingratos, de todas as fadigas, deve então participar
também da distribuição dos postos, dos empregos, dos
cargos, das dignidades e da indústria.
* Essa declaração, escrita e proposta pela francesa Olympe de Gouges, não foi aprovada pela Assembleia Nacional; Olympe foi guilhotinada
por ordem de Robespierre em 1793.
Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 1789 e o de
1791.
A Revolução Francesa teve início em 1789. Neste processo a(o)
Com base nos estudos de Emília Viotti da Costa, analise as afirmativas sobre as limitações do liberalismo no Brasil e marque a opção correta.
I. Os princípios do liberalismo no Brasil não se apoiaram na luta de uma burguesia contra os privilégios da nobreza aristocrática.
II. A escravidão constituiu um dos limites do liberalismo no Brasil.
III. A Igreja e a religião Católica também podem ser consideradas como limites do liberalismo no Brasil, uma vez que a grande maioria dos padres nesse período condenava os movimentos revolucionários de caráter liberal.
A Revolução Francesa é um processo social e político complexo, sendo dividido em períodos, como os períodos da Assembleia Nacional, Convenção, Diretório e o Consulado. Assinale a alternativa em que todos os fatos citados são características do período conhecido como o “Terror”.
A Revolução Francesa (1789)
“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais” — a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808; da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831 — podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
As teses libertárias do Iluminismo, que embalaram a
Revolução Francesa de 1789 e impulsionaram a independência
das treze colônias inglesas na América do Norte, em 1776,
também chegaram ao Brasil, presentes em movimentos
emancipacionistas como as Conjurações Baiana (1798) e
Mineira (1789).
Os franceses fizeram em 1789 o maior esforço que um povo já empreendeu, a fim de, por assim dizer, cortarem em dois o seu destino e separarem por um abismo o que haviam sido até então do que queriam ser dali em diante. Com esse objetivo, tomaram toda espécie de precauções para não levarem para a sua nova condição coisa alguma do passado; impuseram a si mesmos toda sorte de coerções para se moldarem diferentemente de seus pais; enfim, nada esqueceram para se tornarem irreconhecíveis.
Alexis de Tocqueville. O antigo regime e a revolução.
São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. xlii (com adaptações).
Os franceses fizeram em 1789 o maior esforço que um povo já empreendeu, a fim de, por assim dizer, cortarem em dois o seu destino e separarem por um abismo o que haviam sido até então do que queriam ser dali em diante. Com esse objetivo, tomaram toda espécie de precauções para não levarem para a sua nova condição coisa alguma do passado; impuseram a si mesmos toda sorte de coerções para se moldarem diferentemente de seus pais; enfim, nada esqueceram para se tornarem irreconhecíveis.
Alexis de Tocqueville. O antigo regime e a revolução.
São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. xlii (com adaptações).
Desde o começo, o liberalismo europeu do século XIX foi marcado por contradições. Havia contradições nas atitudes liberais em relação ao passado, entre as ideias liberais quanto às táticas mais adequadas ao presente e ainda quanto aos projetos liberais de futuro. É por isso que tem sido tão difícil definir o liberalismo. Para os historiadores — da mesma maneira que, outrora, para os observadores contemporâneos — é complicado decidir até mesmo se o liberalismo deve ser considerado como um movimento de esquerda ou de direita.
Alan S. Kahan. Liberalism in nineteenth-century Europe. The political culture
of limited suffrage. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2003, p. 1 (com adaptações).
A respeito da trajetória do liberalismo europeu do século XIX,
referido no fragmento de texto de Alan S. Kahan, julgue (C ou E)
o item seguinte.
Liberais atuantes na França da primeira metade do século XIX,
como Benjamin Constant e François Guizot, notabilizaram-se
por defender uma variante radical de liberalismo centrada na
defesa do princípio da soberania popular e da ampliação do
sufrágio.
Desde o começo, o liberalismo europeu do século XIX foi marcado por contradições. Havia contradições nas atitudes liberais em relação ao passado, entre as ideias liberais quanto às táticas mais adequadas ao presente e ainda quanto aos projetos liberais de futuro. É por isso que tem sido tão difícil definir o liberalismo. Para os historiadores — da mesma maneira que, outrora, para os observadores contemporâneos — é complicado decidir até mesmo se o liberalismo deve ser considerado como um movimento de esquerda ou de direita.
Alan S. Kahan. Liberalism in nineteenth-century Europe. The political culture
of limited suffrage. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2003, p. 1 (com adaptações).
A respeito da trajetória do liberalismo europeu do século XIX, referido no fragmento de texto de Alan S. Kahan, julgue (C ou E) o item seguinte.
O liberalismo de Alexis de Tocqueville abriga uma apologia
dos valores das classes médias baseada na crença da força
civilizadora do comércio, popularizada por Adam Smith, entre
outros.
Leia as afirmações abaixo referentes à Revolução Francesa.
I - Sua principal função social era defender a nação.
II - Fase da Revolução Francesa que durou de 1794 até 1799.
III- Revoltas camponesas comuns na França na década de 1780.
IV- Defendiam um governo central forte, o voto universal e a participação popular na direção do processo revolucionário.
Os fragmentos I,II,III e IV referem-se, respectivamente, ao, a(s)
Tendo o texto 15A1BBB como referência inicial e considerando o processo de independência das colônias ibéricas na América, julgue o item que se segue.
No texto, há clara referência a um documento que atesta
a influência exercida pela Revolução Francesa de 1789 no
espírito libertário latino-americano em fins do século XVIII.
A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo.
Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo
na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que
atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia
Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução.
Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela
Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:
“A história moderna termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou de ‘Antigo Regime’(...).”
(FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. São Paulo: Paz e Terra, 1989. P. 17).
A partir do texto de Furet e dos conhecimentos sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar:
Em termos políticos, a Revolução Francesa voltou-se contra o
Absolutismo, tendo sido inspirada em ideias iluministas.
Atualmente, a noção de que o bandido não está protegido pela lei tende a ser aceita pelo senso comum. Urge mobilizar todas as forças da sociedade para reverter essa noção letal para o Estado Democrático de Direito, pois, como dizia o grande Rui Barbosa, “A lei que não protege o meu inimigo, não me serve”.
SAMPAIO, P A. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. In.: Os Direitos Humanos desafiando o século XXI. Brasília: OAB; Conselho Federal; Comissão Nacional de Direitos Humanos, 2010.
No texto, o autor estabelece uma relação entre democracia e direito que remete a um dos mais valiosos princípios da Revolução Francesa: a lei deve ser igual para todos. A inobservância desse princípio é uma ameaça à democracia, porque
De acordo com Eric Hobsbawm na obra Era das Revoluções, “Se a economia do mundo no século XIX foi formada principalmente pela influência da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa. Embora a crise do Antigo Regime absolutista não tenha sido um fenômeno apenas francês. A Revolução Francesa foi, dentre os fenômenos contemporâneos, o mais fundamental dessa crise e o que gerou as consequências mais profundas.” (Adaptado)
Assinale a alternativa que contém uma causa que diferencia a Revolução Francesa dos demais movimentos contra o Antigo Regime e que a torna fundamental na História contemporânea.
Leia o TEXTO 18 para responder à questão 45.
TEXTO 18
Um país governado pelos proprietários está dentro da ordem social; o país onde os não proprietários governam acha-se em estado de natureza.
D’ANGLAS, Boissy apud SOBOUL, Albert. História da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Zahar, 1981, p. 400.
O TEXTO 18 é um fragmento do discurso proferido por Boissy d’Anglas na apresentação do projeto de
Constituição, em 23 de junho de 1795, no contexto da Revolução Francesa. O argumento sustentado pelo
autor está, CORRETAMENTE, sintetizado na defesa
Leia o texto abaixo.
A Revolução começou como uma tentativa de recapturar o Estado. Captura essa empreendida pela aristocracia e pelos parlaments, e não fosse pelo desprezo à profunda crise socioeconômica que suas exigências acarretavam e por ter subestimado a força do Terceiro Poder, a nobreza poderia ter alcançado seus objetivos. Mas, a Revolução não foi realizada por um grupo organizado ou por um partido e nem chegou a apresentar líderes que conduzissem as massas rumo à revolução. Um grupo foi responsável por dar a unidade efetiva ao movimento revolucionário. A “burguesia”. Suas exigências foram norteadoras da famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. A característica marcante desse documento é ser contra a sociedade hierárquica e de privilégios da nobreza, mas não um manifesto a favor de uma sociedade democrática e igualitária. O burguês liberal clássico não era democrata, mas sim um devoto do constitucionalismo, de um Estado secular, com liberdades civis e garantias para a empresa privada, e de um governo de contribuintes e proprietários.
HOBSBAWM, Eric J. A Revolução Francesa. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1996.
O processo revolucionário francês, que culminou com a queda da monarquia em 1789,
apresentou grupos com interesses políticos heterogêneos, como os jacobinos e os
girondinos. Apontamos como alternativa para a melhor caraterização social e política dos
girondinos:
A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional.
Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue
(C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos
XVIII e XIX.
Iniciada em 1789, a Revolução Francesa rompeu com o
despotismo e pôs fim ao Antigo Regime, mas não instaurou
uma sociedade democrática e igualitária
A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional.
Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue
(C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos
XVIII e XIX.
Devido ao aprendizado de seus métodos por revolucionários
que a sucederam, a Revolução Francesa é considerada a mãe
das revoluções políticas ocorridas depois dela.
A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional.
Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.
A cultura política revolucionária não pode ser deduzida das estruturas sociais, dos conflitos sociais ou da identidade social dos revolucionários. As práticas políticas não foram simplesmente a expressão de interesses sociais e econômicos subjacentes. Por meio de sua linguagem, suas imagens e atividades políticas diárias, os revolucionários trabalharam para reconstruir a sociedade e as relações sociais. Procuraram conscientemente romper com o passado francês e estabelecer a base para uma nova comunidade nacional.
Lynn Hunt. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 33 (com adaptações)
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, acerca das revoluções dos séculos XVIII e XIX.
A reflexão filosófica e política da denominada República das
Letras e o cosmopolitismo europeu a ela inerente, por si só,
não foram os fatores que conduziram à ação revolucionária:
esse papel coube à plebe que, de fato, pôs a teoria em prática.
Leia atentamente o texto a seguir:
“Ó vós Homens cidadãos, ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros [...]
A França está cada vez mais exaltada, a Alemanha já lhe dobrou o joelho, Castela só aspira sua aliança, Roma já vive anexa, O Pontífice está abandonado, e desterrado; o rei da Prússia está preso pelo seu próprio povo, as nações do mundo têm seus olhos fixos na França, a liberdade é agradável para todos; é tempo povo, povo o tempo é chegado para vós defendereis a vossa liberdade; o dia da nossa revolução; da nossa liberdade e de nossa felicidade está para chegar, animai-vos que sereis felizes.”
Trechos de um manifesto afixado na cidade de Salvador em 1798.
A partir da leitura dos trechos do manifesto, é possível afirmar que os autores do manifesto:
Após a queda definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), sob o novo governo de Luís XVIII, foi estabelecida na França uma nova Constituição que combinou aspectos do absolutismo e do liberalismo. Tratou-se, de certa forma, de uma restauração elitista com o cerceamento de direitos e liberdades individuais conseguidos durante a Revolução Francesa. No governo seguinte, de Carlos X, organizou-se uma nova reação liberal, preparando o palco para a Revolução Liberal de 1830, que, vitoriosa, restabeleceu vários dispositivos liberais anteriormente suprimidos. Em 1848, ocorre uma nova onda revolucionária na França, conhecida como a “Primavera dos Povos”.
Assinale a opção que identifica parte das reivindicações defendidas na denominada “Primavera dos Povos”:
É difícil acreditar que a Revolução Francesa teria sido muito diferente, mesmo que a Revolução Americana nunca tivesse acontecido. É fácil mostrar que os americanos não tentaram uma semelhante ruptura substancial com o passado, como fizeram os franceses. No entanto, (...) as duas revoluções foram muito parecidas.
Robert R. Palmer, The Age of The Democratic Revolution: The Challenge, Princeton, Princeton University Presse, vol I, 1959, p.267.
Com base no texto e em seus conhecimentos acerca da Revolução Francesa e do revolucionário processo de independência dos Estados Unidos, assinale a afirmação correta.
“Um inglês que não se sinta cheio de estima e admiração pela maneira sublime com que está agora se efetuando uma das mais importantes revoluções que o mundo jamais viu deve estar morto para todos os sentidos da virtude e da liberdade; nenhum de meus patrícios que tenham tido a sorte de presenciar as ocorrências dos últimos três dias nesta grande cidade fará mais que testemunhar que minha linguagem não é hiperbólica”.
(The Morning Post (21 de julho de 1789) sobre a queda da Bastilha. In: HOBSBAWM, E. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 71).
Sobre a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789:
Segundo o texto acima, Napoleão
Leia as afirmativas a seguir:
I. Os egípcios formaram uma sociedade extremamente religiosa, sentimento este que determinou suas práticas culturais e sociais. Uma delas, por exemplo, compreendia a crença na imortalidade. Para os egípcios, a morte seria passageira e a vida retornaria para o corpo, porém o retorno à vida não aconteceria se o corpo do moribundo fosse conservado.
II. A Independência dos Estados Unidos, ou Revolução Americana, foi um marco na História Mundial. Influenciada pelos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, influenciaria até mesmo a Revolução Francesa, assim como influenciou as independências das colônias da América Latina.
III. No contexto da Revolução Francesa, os Girondinos, que receberam esta nomenclatura por seus líderes serem da região da Gironda, sudoeste da França, eram moderados e apoiavam grupos econômicos que desenvolviam o comércio exterior. Os Jacobinos, por sua vez, representavam a pequena burguesia, os comerciantes e os profissionais liberais. Os Jacobinos adotaram uma postura contra a monarquia e queriam aprofundar as mudanças revolucionárias. Receberam este nome por reunirem-se em um convento de frades jacobinos.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia as afirmativas a seguir:
I. No contexto da Revolução Francesa, o Comitê de Salvação Pública utilizou o terror como instrumento de defesa nacional e revolucionária, pois restaurou a autoridade do Estado, impondo uma economia dirigida que garantiu recrutamento, armamento, alimentação e a vitória dos exércitos revolucionários contra a contrarrevolução interna e os opositores externos. Assim, a política de defesa nacional e revolucionária do Comitê de Salvação Pública mostrou-se um governo de guerra eficaz, em seu contexto.
II. Nas dinâmicas das atividades, o professor de História deve avaliar as informações históricas às quais os alunos têm acesso, identificando quais poderiam enriquecer seus repertórios e suas reflexões.
III. As atividades escolares relacionadas ao ensino e aprendizagem de história ao longo do Ensino Fundamental devem contribuir para que os alunos se tornem incapazes de utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros.
Marque a alternativa CORRETA:
A primeira tarefa do regime jacobino foi mobilizar o apoio da massa contra a dissidência dos notáveis e girondinos provincianos e preservar o já mobilizado apoio da massa dos sansculottes de Paris, algumas de cujas exigências por um esforço de guerra revolucionário – recrutamento geral (o levée en masse), terrorismo contra os “traidores” e controle geral dos preços (o “maximum”) – coincidiam de qualquer forma com o senso comum jacobino, embora suas outras exigências viessem a se mostrar problemáticas. Uma nova constituição foi proclamada.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções. Adaptado)
Analise o trecho a seguir.
As marselhesas no “front” “‘Não fiz a guerra como mulher, fiz a guerra como um bravo’, declarou Marie-Henriette Xaintrailles em carta ao imperador Napoleão Bonaparte (1769-1821). Indignada por lhe recusarem pensão de ex-combatente do exército ‘porque era mulher’, ela lembrou que, quando fez sete campanhas do Reno como ajudante de campo, o que importava era o cumprimento do dever, e não o sexo de quem o desempenhava.
MORIN, Tania Machado. As marselhesas no front. Revista de
História da Biblioteca Nacional. Ano 6, Nº 63, dezembro 2010.
p. 36.
A Revolução Francesa reestruturou o mundo ocidental, e no que toca a mulher e a família não foi diferente.
A partir dessa revolução, houveram mudanças na própria
estrutura familiar, entre elas:
Acerca das revoluções mencionadas no texto, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na sequência dos eventos de 1789, intelectuais
franceses procuraram difundir os próprios ideários pela
Europa, estimulando a convocação de Cortes
revolucionárias. Embora a recepção inicial dessas
propostas tenha sido positiva em regiões como a
Espanha, ela também foi encarada com hostilidade por
diversos setores, sobretudo após a execução de Luís
XVI e o início da perseguição religiosa.
Preocupado em explicar o período da Revolução Francesa à sua neta, o historiador Michel Vovelle discorre sobre o chamado Período do Terror na França. Acerca desse período, assinale a alternativa incorreta.
Um dos grandes pensadores da democracia contemporânea foi Alex Tocqueville. Para este autor – que transitou no século XIX entre a França e os EUA – havia diferenças marcantes entre o modo de pensar a democracia nesses dois locais. Ele escreveu que “Na América, têm-se ideias e paixões democráticas; na França, temos ainda paixões e ideias revolucionárias”. O que levaria Tocqueville e outros autores a pensar dessa maneira pode ser percebido como porque os EUA
A Revolução Industrial e as revoluções liberais burguesas, entre fins do século XVIII e primeira metade do século XIX, assinalaram, na economia e na política, o advento do mundo contemporâneo. Na Civilização Ocidental, ficavam para trás os tempos do feudalismo medieval e da Idade Moderna. A expansão da nova economia assentada na indústria levou à universalização do sistema capitalista. A corrida neocolonial e as disputas entre as potências imperialistas foram decisivas para a Grande Guerra de 1914, experiência que se repete duas décadas mais tarde, com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O mundo pós-1945 foi, durante décadas, dominado pelo confronto americano-soviético, disputa que chega ao fim com a desintegração da União Soviética e o fracasso do denominado socialismo real. Também foi a fase de emancipação afro-asiática, simultânea ao declínio europeu. Na virada do século XX para o XXI, a globalização adquire feições ainda mais consistentes e, no seu rastro, surgem grandes blocos econômicos. Descortinava-se a “era do conhecimento”, com a crescente importância das inovações tecnológicas para a vida das pessoas e para o desenvolvimento econômico.
A escritora alemã Hannah Arendt publicou em 1968 uma importante obra intitulada Da Revolução, na qual se observa o seguinte trecho:
No período que antecedeu a convocação dos Estados Gerais, a burguesia ampliou sua inserção na sociedade francesa. Detentores da riqueza, os burgueses estavam em todos os lugares. Exerciam funções públicas e controlavam as atividades econômicas, o que fazia com que fossem privilegiados em termos do conhecimento da situação geral da França e passassem a divulgar esses conhecimentos.
Ao analisar a Europa em 1789, Eric J. Hobsbawm afirma que:
Para responder à questão, considere o poema abaixo.
Espanha da liberdade,
Não a Espanha da opressão.
Espanha republicana:
A Espanha de Franco, não.
(...)
Espanha da livre crença,
Jamais a da Inquisição.
(...)
Espanha que se batia
Contra o corso Napoleão!
(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)
O acontecimento identificado em − Espanha que se batia contra o corso Napoleão, que contribuiu para a Independência da América espanhola, resultou
“Artigo onze: A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões constitui um dos direitos mais preciosos da mulher, dado que esta liberdade garante legitimidade dos pais em relação aos filhos. Toda cidadã pode, portanto, dizer livremente: ‘eu sou a mãe de um filho que lhe pertence, sem que um preconceito bárbaro a force a esconder a verdade, sob pena de responder pelo abuso dessa liberdade nos casos estabelecidos pela lei’”.
“Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, proposta por Olimpe de Gouges em 1791”. In: Interhesis (Revista Internacional Interdisciplinar. V. 4. n. 1, Florianópolis jan/jun – 2007).