O socialismo cristão é uma tendência dentro do cristianismo que interpreta por meio das Escrituras, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, que o modelo de sociedade socialista é o que mais se aproxima do modelo de sociedade que preze pelo amor, caridade e demais ensinamentos de Jesus, ao passo que o modelo de organização capitalista valoriza princípios opostos ao cristianismo como acumulo de capital e meios de produção, de modo que a fé demanda uma opção consciente pelo socialismo.
Em termos políticos, os socialistas cristãos formam um grupo extremamente heterogêneo que se insere desde a esquerda à centro-esquerda, com a compreensão de que toda a Cristandade não pode deixar de buscar o sentido social do ensinamento. O socialismo religioso é uma compreensão de o socialismo se coloca como uma opção de organização social que permite aos cristãos viverem em comunhão.
Historicamente, embora o movimento religioso-socialista dentro da igreja sempre tenha sido um movimento minoritário, foi de grande importância, principalmente para o desenvolvimento da social democracia, no combate aos grupos fascistas e na redemocratização em países como Portugal e Brasil, além de trazer à tona a discussão da relação entre a Igreja e os trabalhadores e da igreja e o socialismo.
Karl Barth, um dos principais teólogos protestantes disse logo após se filiar ao Partido Social Democrata da Suíça em fevereiro 1915:
“Um verdadeiro cristão deve ser um socialista (se ele realmente quiser viver o cristianismo a sério).
Hoje, em Portugal a grande referência do Socialismo Cristão é o Cláudio Anaia , militante do Partido Socialista há mais de 25 anos e militante honorário da Juventude Socialista.
Não é a toa que o nascimento da sociedade industrial é conhecido como “Revolução Industrial". A produção em grandes quantidades, em série, com divisão de trabalho por especialização e a utilização da energia mecânica trouxe uma séria modificação na estrutura socioeconômica da Comunidade Humana como um todo. Nasceu a sociedade industrial capitalista.
A rápida expansão industrial no século XIX gerou a necessidade de uma significativa quantidade de trabalhadores. No entanto, a não qualificação dos operários fazia com que recebessem péssimos salários e, ficassem presos ao ritmo exaustivo de trabalho que lhes era imposto.
O que caracterizou a vida do operariado nos primeiros tempos foram as excessivas horas de trabalho, baixos salários, condições insalubres de trabalho, e de vida. A existência deste panorama levou ao desenvolvimento de correntes de pensamento de caráter radical tais como o socialismo e o anarquismo. A proposta era a de repensar e reestruturar a sociedade industrial de forma a eliminar a exploração dos trabalhadores que dependiam – e dependem até hoje – de salários para a sua sobrevivência.
As correntes ideológicas, por sua vez, embasaram movimentos sociais de defesa dos direitos dos trabalhadores tais como o sindicalismo e o socialismo cristão. A afirmativa apresentada na questão está correta.
O tema é clássico dentro dos estudos e pesquisas o mundo ocidental no século XIX . Há obras específicas sobre a questão como as publicações de René Remond ( O século XIX) e de Serge Bernstein ( História do Século XIX)
Gabarito do Professor: CERTO.