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ID
2072461
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Engenharia Mecânica
Assuntos

Um fluido com viscosidade cinemática igual a 0,01m2/s escoa em uma tubulação com diâmetro igual a 0,2m. Sabe-se que o escoamento tem uma vazão de 0,5m3/s e está completamente desenvolvido. Após o fluido escoar por um comprimento de 80m , a perda de carga em m é, aproximadamente,

Alternativas
Comentários
  • PERDA = F*(V^2/2)*L/D 

    AVALIAÇÃO DE F:  f = 64/Re

     

  • ΔP = f * L/D * V²/2*g 

    f = 64/ Re 

    Re = V*D/ v 

    V = Q/A 

    V = (0,5 m³/s) / ( 3,14 * 0,1 ² m) 

    V = (0,5 m³/s ) / ( 0,0314 m²) 

    V = ( 15,92 m/s) 

    Re = (15,92 m/s * 0,2 m )/ 0,01 m²/s 

    Re = 318,4

    f = 64/ 318,4 

    f = 0,20 

    ΔP = f * L/D * V²/2*g 

    ΔP = 0,20 * 80m/0,2m * (15,92 m/s²) / 2 * 9,8 m/s² 

    ΔP = 0,20 * 400 * 253,45 m²/s² / 19,6 m/s² 

    ΔP = 0,20 * 400 * 12,93 m 

    ΔP = 1.034,4 m 

    ΔP =~1.034 m 

  • Para resolver essa questão, devemos nos lembrar antes de tudo, a diferença entre um escoamento LAMINAR (a estrutura do escoamento é caracterizada pelo suave movimento do fluido em lâminas ou camadas) e um TURBULENTO (caracteriza-se pelo escoamento tridimensional das partículas fluidas cujos movimentos caóticos superpõem-se ao movimento médio) em dutos ou tubulações.

    Esses regimes de escoamento são definidos pelo número de Reynolds, dado pela seguinte equação:

    Em que V é a velocidade média do escoamento; ρ é a densidade do fluido; D é o diâmetro do tubo; e μ é a viscosidade dinâmica do fluido. Vale lembrar que o número de Reynolds é um parâmetro adimensional.

    Como já foi visto na questão 9, escoamentos com número de Reynolds igual ou inferior a 2300 são classificados como laminares, já os escoamentos com número de Reynolds acima de 2400 são tidos como turbulentos. Entre 2300 e 2400 temos a região de transição.

    Observe que na questão não foram informadas a densidade e a viscosidade dinâmica, todavia foi fornecida a viscosidade cinemática (ν) do fluido. Esta se relaciona com a viscosidade dinâmica e densidade da seguinte maneira:

    Logo, a expressão para o número de Reynolds pode ser descrita também desta forma:

    De maneira geral, as perdas de cargas contínuas em uma tubulação, dadas em unidade de comprimento, podem ser calculadas pela seguinte expressão:

    Onde f é o fator de atrito, e g é a aceleração. Para escoamentos laminares, f é dado por:

    Já para escoamentos turbulentos, não é possível calcular  analiticamente, como consequência, também não é possível estimar as perdas analiticamente. É necessário que se recorra a dados experimentais, para isso, utiliza-se o DIAGRAMA DE MOODY (é necessário que sejam conhecidos, além do diâmetro, do comprimento, da velocidade média do escoamento, da densidade e da viscosidade, a altura da rugosidade do tubo). A figura a seguir representa um exemplo do diagrama de Moody.

    Lembrando que a vazão (Q) é relacionada com a área da seção transversal do tubo (A) e com a velocidade média do escoamento na forma:

    Podemos então, calcular o número de Reynolds com os dados fornecidos na questão:

    Assim, podemos concluir que o escoamento é classificado como laminar por ser menor que 2300.

    Em seguida vamos calcular as perdas contínuas de forma analítica. Com certeza, era o que se esperava mesmo, visto que na questão não foram fornecidos dados adicionais que seriam imprescindíveis para o cálculo das perdas caso o escoamento fosse tido como turbulento.

    Logo, a perda de carga é tida como:

    O gabarito é, portanto, a alternativa (A). Note que a resposta ficou 0,4 % acima do gabarito, é comum isso acontecer nas provas da Aeronáutica, principalmente quando eles não sugerem um valor de aceleração da gravidade e nem um valor para π. Nesta questão não gerou grandes transtornos, visto que os valores das outras alternativas estão bem discrepantes.

    Resposta: A

  • dP = f.(L/D).(V**2/2g)

    f = 64/Re => f = 64/(V.D/v) => f = 64v/V.D

    dP = 32.v.L.V/(g.D**2)

    Velocidade:

    Q = A.V => V = 15,92 m/s

    Cálculo da Perda de carga:

    dP = 1034 m

  • dP = f.(L/D).(V**2/2g)

    f = 64/Re => f = 64/(V.D/v) => f = 64v/V.D

    dP = 32.v.L.V/(g.D**2)

    Velocidade:

    Q = A.V => V = 15,92 m/s

    Cálculo da Perda de carga:

    dP = 1034 m