SóProvas


ID
2080708
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, m o s tra c a ra c te rís tic a s c o m p o rta m e n ta is indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conse guinte , tem os em todos os crim es, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada.Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed.comemorativa), p. 82. 

Ao substituir-se “um fato” por “fatos”, em: “existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza”, preserva-se a norma de concordância verbal com a seguinte construção modalizadora:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

    O verbo haver

     

    Os verbos impessoais são aqueles que não admitem sujeito e, portanto, são flexionados na 3ª pessoa do singular.

    No sentido de existir ou na idéia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal. Logo, o verbo ficará no singular.

    Exemplo: Há uma cadeira vaga no refeitório. (sentido de existir)
    Há dez dias não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Da mesma forma, o verbo fazer no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal.

    Exemplo: Faz dez dias que não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
    Nesta época do ano, faz muito frio.

    Quando da locução verbal, tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.

    Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.
    Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.



    O verbo existir



    Geralmente, o verbo existir concorda com seu sujeito.

    Exemplo: Existem muitas pessoas que não gostam de frutos do mar.

    Quando o verbo existir fizer parte de uma locução verbal, o auxiliar concordará com o sujeito e não com o verbo principal.

    Exemplo: Devem existir muitas pessoas que não gostam de frutos do mar.

     

    Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/concordancia-verbalcasos-especiais-alguns-verbos.htm

  • Em uma locução, se o verbo HAVER for o principal, toda a locução ficará no singular.

     

  • Se existe um fato, então  um fato... logo, deve haver fatos (passando p o plural).

  • EXISTIR = pessoal, tem sujeito, é variável  >>  HAVER = impessoal (no sentido de existir), nao tem sujeito, é invariável 

    'DEVE' = verbo auxiliar, flexiona de acordo com o verbo principal

     

     a) deve existir fatos. INCORRETO! devem existir fatos

     b) deve haver fatosCORRETO!

     c) devem existirem fatos. INCORRETO! devem existir fatos

     d) deve haverem fatos. INCORRETO! deve haver fatos

     e) devem haver fatos. INCORRETO! deve haver fatos

     

  • Verbo "HAVER" o sentido de existir, ocorrer e acontecer é impessoal, logo não tem sujeito e ficará no singular, caso esteja aconpanhado de um verbo auxiliar ele ficará no singular.

     

     

    a)  devem haver fatos.    OBS.   Deve haver fatos.   haver é impessoal, nesse caso, logo auxiliar ficará no singuar.

     

    b)  deve haver fatos.   (CORRETO)

     

    c) deve existir fatos.       OBS.    Devem existir fatos.   O verbo existir tem sujeito, logo o seu auxiliar vai para o plural. cuidado com o verbo "existir", pois é diferente do verbo "haver"    

     

    d)  deve haverem fatos      OBS.  Deve haver fatos.  O  Verbo haver no sentido de existir é impessoal, logo tem que ficar no singular.

     

    e) devem existirem fatos.     OBS.  Devem existir fatos.   Só quem ficará no plural é o seu auxiliar, "DEVER"

  • Peguei o comentário de uma colega em uma outra questão...

    Na junção DEVE+HAVER, o deve é verbo auxiliar e o haver é verbo principal. Dessa forma, o principal contamina o auxilar, mantendo-o no singular também.