COMO PROCESSAR QUEM NÃO NOS REPRESENTA?
Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. Cidadãos que respeitam as regras são diariamente maltratados por
serviços públicos ineficientes. Como processar o prefeito e o governador se nossos impostos não se traduzem no respeito ao
cidadão? Como processar um Congresso que se comporta de maneira vil, ao manter como deputado, em voto secreto, o
presidiário Natan Donadon, condenado a 13 anos por roubo de dinheiro público?
Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão um papel de bala, por que não posso multar o prefeito quando a
cidade não funciona? E por que não posso multar o governador, se o serviço público me provoca sentimentos de fúria e
impotência? Como punir o vandalismo moral do Estado? Ah, pelo voto. Não, não é suficiente. Deveríamos dispor de
instrumentos legais para processar quem abusa do poder contra os eleitores – e esse abuso transcende partidos e
ideologias. [...]
(Texto retiradodo artigo de Ruth Aquino. Revista Época, 02/09/2103.)
Em “Vi com meus próprios olhos e mal pude acreditar”, “Hoje visitarei a Cidade-Luz”, “Chorei rios de lágrimas” e “Incrível a
sua capacidade de faltar com a verdade”, temos respectivamente as seguintes figuras de linguagem: