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ID
2105185
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Teresina - PI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando as crianças saírem de férias
     Tenho certeza absoluta de que em nenhum fim de junho passou pela cabeça da minha mãe o que ela faria com cinco crianças de férias dentro de casa, durante um mês. Férias eram sagradas, de 01 a 31 de julho, todos os anos. Lembro-me bem dela recolhendo os nossos uniformes do colégio e levando para lavar quando o primeiro dia de férias chegava. Só isso. As férias, propriamente ditas, eram por nossa conta.
   Quando vejo, nos telejornais, matérias e mais matérias que só faltam dizer que as férias de julho em casa com as crianças correm o risco de ser um verdadeiro inferno, penso na minha mãe. Os repórteres dão mil sugestões para preencher as vinte e quatro horas diárias das crianças, durante o mês inteirinho.
   As mães de hoje, descabeladas, começam a planejar: uma semana no acampamento, depois um dia vão ao cinema, no outro ao teatrinho, no terceiro à lanchonete, no quarto ao clube, no quinto ao parque, no sexto à casa dos avós, no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher.
  Nossas férias começavam cedo. Acordávamos às seis da manhã, comíamos um pão com manteiga, bebíamos um copo de leite e descíamos para o quintal. Era um espaço em que havia galinhas, coelhos, porquinhos-da-índia, cachorro, pombos, passarinhos, caixotes, carrinhos, cordas, árvores, tijolos, muros e muito mais.
  Nenhuma preocupação passava pela cabeça da minha mãe naqueles trinta e um dias de julho. De vez em quando ela entrava em ação quando um chegava com o joelho ralado, o cotovelo esfolado ou uma picada de abelha. Ela lavava o ferimento com água e sabão, passava mercúrio cromo e pronto, estávamos novinhos em folha.
No dia 01 de agosto a cortina das férias se fechava. Na noite de 31 de julho, minha mãe abria o armário e tirava o uniforme de cada um, limpinho, cheirando a novo. E a vida continuava.
(Adaptado de: VILLAS, Alberto. Disponível em: www.cartacapital.com.br/cultura/quando-as-criancas-sairem-de-ferias)

As mães de hoje, descabeladas, começam a planejar: uma semana no acampamento, depois um dia vão ao cinema, no outro ao teatrinho, no terceiro à lanchonete, no quarto ao clube, no quinto ao parque, no sexto à casa dos avós, no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher. (3º parágrafo)
As reticências (...), no trecho acima, sinalizam 

Alternativas
Comentários
  • "As mães de hoje, descabeladas"

     

    Essa palavra me fez marcar letra E

  • "no sétimo ao shopping... mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher."

     

    GABARITO: b) as dúvidas que as mães enfrentam ao fazerem o planejamento das férias dos filhos. 

  • A primeira assertiva que eliminei foi essa da "da dúvida", não faz sentido algum isso, não pra mim!

     

    Gab: B

  • No meu ponto de vista, letra E bem mais coerente...

  • Vamos analisar cada alternativa:

     a) a frustração das mães por não poderem levar os filhos aos lugares que desejam. Não é o caso, pois elas estão fazendo o planejamento e podem levar onde quiserem (o problema seria o cansaço de fazê-lo) portanto, ERRADA.

     b) as dúvidas que as mães enfrentam ao fazerem o planejamento das férias dos filhos. GABARITO, são tantas opções que as mães têm que não se poderia relacionar todas, por isso o uso de reticências. Lembrem-se que a pergunta é sobre a reticência, não sobre o entendimento do texto todo.

     c) a certeza que as mães têm de que seus filhos irão se comportar bem nas férias. ERRADA, esta frase não está relacionada com o uso da reticência.

     d) o estado de empolgação das mães ao verem que passarão mais tempo com os filhos. ERRADA, quando se usa o termo, "descabelada", no início do termo questionado, percebe-se que não é o caso de empolgação, mas sim, preocupação.

     e) o cansaço das mães após passarem duas semanas levando os filhos a diferentes lugares. ERRADA, esta é a que mais confundiria, porém o texto está falando de uma situação futura (ou seja, ainda no planejamento) e não após as férias terem se inicado.

  • questão capiciosa.

    eu também marquei "e", mas o texto fala sobre Planejamento( o que fez e o que ainda irá fazer).

    Quando estamos casados, devemos descansar e não parar ou desistir. Elas ainda tinham 2 semanas para gastar o gás da crianças.

    Envolve mais interpretação de texto a pontuação.

  • Quanto à letra E, o erro está em que as reticências vêm antes das duas últimas semanas que faltam para preencher, ou seja, em momento anterior.

  • Se faltam duas semanas é porque já se passaram duas... Ficou subjetivo, dá a entender que pode ser a E.. 

  • Eu também entendo que a letra E estaria correta.  Duas semanas de férias.  Qualquer mãe fica doida e cansada.

  • Quem marcou letra E está com terríveis problemas de interpretação de texto.

  • Quem é mãe marcou alternativa E no automático! Fiquei cansada só em ler, imagina fazer tudo isso kkkkkk

  • LETRA B

     

    De fato a letra E é uma ótima opção, mas acredito que o trecho final "mas, pensando bem, ainda faltam duas semanas inteirinhas para preencher" mostra a correção da letra B.

     

    O texto é de uma mães que "planejam" as férias das proles. Uma semana será no acampamento, a outra é planejada em cada dia (segunda, terça...) e no fim ela hesita, meio que triste mesmo (por isso as reticências), quando lembra que ainda faltam duas semanas para imaginar.

     

    Poxa, nem vou apagar o início do comentário. Resolvi ler o texto por completo. A letra B definitivamente é a resposta. Acredito que a E seja levada em consideração quando lemos apenas o enunciado da questão e não levamos em consideração o texto por completo. Ele retrata a comparação do período de férias do autor em tempos anteriores nos meses de julho, quando ele era criança. O planejamento das férias era feito pelas próprias crianças. Soltas nos quintais das casas, livres dos apartamentos e condomínios que hoje dominam as grandes cidades. As mães se despreocupavam com os filhos durante esses 31 dias de julho.

     

    Hoje é diferente, segundo o autor. As mães planejam as férias dos filhos, cada vez menos independentes para fazerem aquilo que gostam. São mandados para um acampamento e depois na outra semana os dias já são completados pela imaginação fértil da mãe (por isso ele diz que estão descabeladas e não por estarem cansadas por terem levado seus filhos para vários lugares em duas semanas). O descabelamento das mães é devido ao planejamento das férias dos filhos.

     

     

  • Parabéns pra vc que não marcou a ''E''.rsrs