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ID
2132905
Banca
FCC
Órgão
SEGEP-MA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

COP-21 já foi. E agora, o que virá?

    O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente por 196 países sejam alcançados.

    Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente elevação média de temperatura acima de 2 ºC.

    Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria − segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU − a progressão rápida da temperatura acima dos 2 °C.

    A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo?

    Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo.

    Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao aquecimento global.

O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige atitude. Diária e obstinada.

(Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-sustentavel/2.html)

A citação de Thelma Krug, no 5º parágrafo,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    "A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo?

    Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo."

     

  • Gabarito: D.

     

    Fundamento:

     

     a) refuta o argumento de que um novo projeto educacional possa contribuir para alterar a gravidade do quadro de emissão de poluentes.

    incorreta: a menção a projeto educacional é feita em parágrafo posterior. Não se relaciona à citação de Thelma Krug. "(...) Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo.

        Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a emitir gases estufa sem um novo projeto educacional?" 

     

     b) ratifica a opinião de que os investimentos em fontes limpas e renováveis de energia estagnaram após um período de crescimento.

    incorreta: "Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa." 

     

     c) reforça a ideia de que os contínuos esforços para conter a extração ilegal de petróleo, carvão e gás ainda são insuficientes.

    incorreta: Extrapolação: não há menção no texto à extração ilegal. O que no texto é insuficiente é a quantidade de energia limpa e renovável (vide comentário da alternativa anterior).

     

     d) corrobora a afirmação acerca da urgência de se eliminarem gradualmente os subsídios anuais para os combustíveis fósseis. 

    correta:  "A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja) se modifique no curto prazo?

    Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo."

     

     e) contesta o ponto de vista de quem considera a geração de energia por meio de fontes renováveis uma alternativa para os combustíveis fósseis.

    incorreta: não contesta esse ponto de vista. Porém, pelo argumento de Thelma Krug subentende-se que as fontes renováveis ainda não são amplamente adotadas. "Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo."

  • Gabarito D:

    A resolução da questão não se encontra no paragrafo 5° mas sim na palavra CORROBORA (dar força a; fortificar, comprovar; confirmar, fortalecer-se) que faz menção ao paragrafo anterior. 

    Portanto é uma questão de Ortografia que faz sentido na própria palavra mencionada acima.

    " A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis."

  • GABARITO D.

     

     

    Percebam que em toda a estrutura do texto, o autor deixa claro que nenhuma iniciativa EFETIVA de combate às emissões de gases foi realizada.

     

    1º parágrafo:  --> O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais favorável (nada efetivamente aqui).

     

    2º parágrafo:  --> Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça (nada efetivamente aqui)

     

    3º  parágrafo: -->  o texto começa a questionar o que precisa ser feito  

    " Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um caminho".

     

    4 º parágrafo: o autor trás uma solução importantíssima   

    A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis."

     

    Ou seja, se diminuirem os subsídios, teoricamente haverá menos queima de combustíveis fosseis, dada a falta de recursos para isso.

     

    5 parágrado:  a autora CORROBORA/CONFIRMA a ideia anterior (de que é preciso diminuir os subsidios para a queima de combistiveis fosseis.

    "Para a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo.

     

    CONCLUSÃO: SE a queima segue em alta e não diminuir o investimento na queima, como irá diminuir? NUNCA!

     

    Portanto, essa citação da climatologista REFORÇA/CORROBORA a ideia anterior.

     

    O texto tem que ser lido como um todo. Em interpretação, não dá pra ler APENAS o trecho que a banca sugere, é bom saber o contexto em que está inserido o trecho.

     

     

    valewwwww

     

     

     

     

  • Quase que eu ia na C, mas analisando melhor, em nenhum momento o texto fala em extração ilegal de petróleo.