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ID
2133541
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
FUNPRESP-JUD
Ano
2016
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Acerca de provisões, passivos e contingências passivas e ativas, julgue o item subsecutivo.


Situação hipotética: Um ente federativo adquiriu um terreno por R$ 120.000,00. Depois de ter gasto mais de R$ 80.000,00 com benfeitorias, recebeu uma proposta de venda no valor de R$ 500.000,00, que foi recusada. O gestor solicitou ao contador que registrasse tal valoração na contabilidade do ente. Assertiva: Nessa situação, caso o contador faça o registro contábil de acordo com o pedido do gestor, esse registro estará de acordo com as regras contábeis vigentes.

Alternativas
Comentários
  • Errado.

    NPC 24 - REAVALIAÇÃO DE ATIVOS

     

    A REAVALIAÇÃO FRENTE AOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

    5 - Em vários países a avaliação de ativos pelos valores de mercado não é considerada aceitável como um princípio contábil, por contrariar o conceito de custo como base de valor. Sua permissão no Brasil se deu através da legislação societária, complementada pela legislação fiscal. Sua utilização, todavia, deve ser praticada dentro de critérios técnicos, apurada por parâmetros pautados pela realidade, e devidamente informada nas demonstrações contábeis e notas explicativas quanto a seus valores e reflexos.
    6 - Assim, a avaliação de ativos pelo custo corrigido monetariamente é o critério preferencial consagrado pelos princípios fundamentais de contabilidade, sendo a reavaliação um critério alternativo, que, se adotada dentro dos parâmetros e critérios técnicos definidos neste Pronunciamento, constitui-se em prática contábil aceitável. Em ambos os casos, deve-se observar o valor de recuperação, sempre que menor, conforme comentado no item 44. Essa posição se coaduna com as normas internacionais de contabilidade do " IASC - International Accounting Standards Committee" .

  • Bom, resolvi a questão pelo Teste de Recuperabilidade (Impairment), mas também não sou formado em Contabilidade e não sei se seria o raciocínio correto.

     

    Este teste consiste em apurar o maior valor entre:

     

    - Valor justo Líquido de Despesa de Venda (R$ 500k);

    - Valor de Uso (não dado);

     

    E compará-lo com o valor contábil (R$ 200k). Se:

     

    Valor Recuperável > Valor Contábil: Não é necessária nenhuma contabilização;

    Valor Recuperável < Valor Contábil: Reconhece-se a perda.

     

    Assim, a resposta é: "Errado", pois não é necessário contabilizar a valoração.

     

    PS.: Considerei a benfeitoria indo ao imobilizado.

     

    Bons estudos.

  • As Contingências Ativas, por atendimentos aos princípios contábeis não devem ser reconhecidas contabilmente, mas devem ser divulgadas em notas explicativas, com a descrição da sua natureza, o valor potencial e a expectativa da companhia sobre a sua eventual realização

  • Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve
    ser mensurado pelo seu custo.
    Assim, não há razão para que a entidade registre a valorização, de acordo com o
    recebimento da proposta de venda, ao valor contábil do item.

    Igor Cintra - CPC 27

  • Acrescentando:

     

    O valor justo de terrenos e edifícios é normalmente determinado a partir de evidências baseadas no mercado, por meio de avaliações normalmente feitas por avaliadores profissionalmente qualificados

    Logo, não faz sentido determinar o valor justo a partir de uma proposta de venda.

     

    FONTE: Portal da Contabilidade.

  • Feriu o princípio da PRUDÊNCIA.....

  • Ativo contigente--> a entidade NÃO deve reconhecer!

  • proposta é proposta, ñ quer dizer que valha isso!

  • Da onde vocês tiraram que isso é ativo contingente? Ao meu ver, a questão trata do ágio por expectativa de rentabilidade futura, que não deve ser reconhecido.

  • Gabarito Errado

     

    O fato de alguém ter oferecido esse valor, não significa que o imóvel realmente valha  isso. Para responder a questão eu lembrei do princípio do Registro pelo valor Original (não sei se pensei certo, mas me fez acertar).

     

    Segundo o princípio, os componentes do Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moedas nacionais. Além disso, a avaliação dos componentes do ativo imobilizado são avaliados ao custo de aquisição ou construção, deduzido das respectivas depreciações e exaustões acumuladas, calculadas com base na estimativa de sua utilidade econômica.

     

    Não vem ao caso, mas é bom lembrar que:

     

    ♥  Terrenos, em regra, não sofrem depreciação, pois pela sua natureza, não se desvalorizam ao longo do tempo. 

     

    Os tipos de bens não depreciáveis segundo a Receita Federal

     

    ♥ Bens que não perdem valor (obra de arte, antiguidade);

    ♥Terrenos (a construção pode ser depreciada);

    ♥Imóveis não alugados ou destinados à revenda (imóveis em estoque de construtoras, por exemplo);

    ♥Bens para os quais sejam registrados quotas de exaustão (produtos de exploração como minas e florestas, a exaustão é uma “espécie de depreciação” para este tipo de produto);

    ♥Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano;

    ♥Bens com valor inferior a R$326,61, de acordo com o art. 301, RIR/99, são lançados direto como despesas. => Atualização: A Lei 12.973/2014 atualizou o valor mínimo de depreciação, que antes era de R$ 326,61 para R$ 1.200,00. Lembrando que esta mudança é só para fins fiscais, apuração do IRPJ e da CSLL. Para fins de contabilidade, devemos observar a duração do bem e se o mesmo trará benefícios futuros para a empresa.

     

    http://www.buyandhold.com.br/depreciacao-em-linguagem-simples-o-que-nao-deprecia/

  • "O fato de alguém ter oferecido esse valor não significa que o imóvel realmente valha  isso"

    "O fato da glr aplaudir o Felipe Neto não significa que ele está certo"

    "O fato da MC Mirella ter vários seguidores não significa que ela é o modelo de mulher a ser seguido"

    Isso vale para a vida.

  • Bom eu não entendo quase nada de contabilidade, mas achei que não deveria ser registrado pois se trata de um ato.

  • Ele quer valorizar um bem com base num goodwill externo, isso não se reconhece. Estou certo?

  • é meio lógico, não é pq o cara recebeu uma proposta de um comprador aleatório (que nem se sabe a procedência) que o contador ja vai registrar uma valorização.

  • é meio lógico, não é pq o cara recebeu uma proposta de um comprador aleatório (que nem se sabe a procedência) que o contador ja vai registrar uma valorização.

  • expectativa por rentabilidade futura gerada internamente não pode ser reconhecida na contabilidade da Entidade, somente quando adquirido em uma combinação de negócios ou por outros motivos

    godwill---> Não é identificado individualmente.

  • A reavaliação de bens tangíveis e intangíveis não é permitida devido às disposições contidas na Lei n.º 11.638/2007, que alterou a Lei n.º 6.404/1976. (Apud CPC 27, p. 8, item 29)

  • Art. 183 (6404/76) - No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

    IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição...

    V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição...

    Ou seja, independentemente do terreno ser um investimento ou um imobilizado (não foi dito na questão), deverá ser registrado pelo seu custo de aquisição - no caso, seria de R$200.000,00 - (R$120.000 + R$ 80.000), de acordo com a legislação vigente. Lembrando que o terreno NÃO sofre depreciação.

  • É justamente por estes motivos que a reavaliação dos ativos é vedada no Brasil, kkk, os caras perdem a cabeça.

  • Eai concurseiro!? Está só fazendo questões e esquecendo de treinar REDAÇÃO!? Não adianta passar na objetiva e reprovar na redação, isso seria um trauma para o resto da sua vida. Por isso, deixo aqui minha indicação do Projeto Desesperados, ele mudou meu jogo. O curso é completo com temas, esqueleto, redações prontas, resumos em áudio, entre outras vantagens. Link: https://go.hotmart.com/A51646229K 
  • Princípio da Prudência = Ativo reconhecido pelo menor Valor.

    Além do mais, uma proposta de comprador não é o suficiente para indicar valorização do terreno.

  • tudo bem, mas qual o valor? 500 mil ou 200 mil. Interpretei 200 mil e errei