http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi17019911.htm
Qual será o regime?
Ao deixar o câmbio flutuar livremente, sexta-feira, o BC não indicou, necessariamente, como ficará o regime cambial futuro. A rigor, poderá continuar deixando o câmbio flutuar livremente, ou fixar, mais à frente, uma banda larga mais realista.
Um ex-diretor do BC, bastante ouvido pela equipe econômica, acha que não faz sentido fixar bandas. O BC deveria se limitar a indicar, indiretamente, níveis desejados, mas deixar ao mercado a fixação do câmbio, como no México.
Pastore defende a fixação de uma nova banda. A livre flutuação tem uma grande vantagem em relação ao regime de câmbio controlado: dá liberdade para a política monetária seguir objetivos internos. E uma grande desvantagem: introduz volatilidade nas cotações.
RESOLUÇÃO:
Correto!
As crises do México, da Ásia e da Rússia, esta última já em 1998, tornaram ainda pior uma situação externa
que já era delicada para a economia brasileira.
A escassez de reservas internacionais e a desconfiança dos investidores provocada por crises nos mercados
emergentes fez com que o Brasil recorre ao FMI em 13 de novembro de 1998, através de nova Carta de Intenção
solicitando ao Fundo um empréstimo de pouco mais de US$ 18 bilhões.
Para ter seu pedido atendido, o governo brasileiro se comprometeu com um programa de ajuste estipulado
pelo Fundo e entre tais compromissos estava exatamente a manutenção do regime cambial seguido desde o Plano
Real: âncora com o dólar num regime de bandas cambiais, com alargamento gradativo.
Mas é aquela coisa: só se consegue segurar a cotação do dólar se você tem dólar para ofertar quando a coisa
aperta. O governo, no entanto, se viu obrigado a deixar o câmbio flutuar ainda em 1999 devido à impossibilidade
de sustentar um câmbio valorizado numa situação de sucessivos e significativos déficits em Transações Correntes
e escassez de divisas.
Resposta: C