"Ao discutir a centralidade da família nas políticas públicas é importante salientar que no
Brasil, segundo Pereira, “a instituição familiar sempre fez parte integral dos arranjos de
proteção social”, e acrescenta ainda que, “os governos brasileiros sempre se beneficiaram da
participação autonomizada e voluntarista da família na provisão do bem-estar de seus
membros” (2006, p.29). Assim, não é algo novo a participação da família, mas o que se coloca
hoje é o novo papel que está sendo atribuído. Se antes a família (principalmente a mulher)
participava através do cuidado aos dependentes e na reprodução de atividades domésticas
não remuneradas, como bem coloca Potyara (2004), hoje ela passa a ser centralidade nas
políticas públicas (saúde, educação, assistência social). Chegando a ser um eixo estruturante
da gestão do Sistema Único de Assistência social - SUAS: a matricialidade sociofamiliar. "
Fonte: Mesquita, A. P. de (2011, novembro). A família como centralidade nas políticas públicas: a constituição da agenda política da assistência social no Brasil e as rotas de reprodução das desigualdades de gênero. Anais do Circuito de Debates Acadêmicos, Brasília, DF, Brasil, 1.
Questão similar cespe 2014
As diretrizes da PNAS incluem a centralidade na família para a concepção e a implementação de benefícios, serviços, programas e projetos de assistência social. Essa concepção também está preconizada no SUAS, que, além de priorizar a centralidade na família e na matricialidade sociofamiliar, estabelece padrões de atendimento, nomenclatura dos equipamentos, indicadores de avaliação e resultados.
Questão similar cespe 2020
A centralidade na família é uma diretriz na atual Política Nacional de Assistência Social.