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ID
2180887
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

           Discursos masculinos sobre prevenção e promoção

                                    da saúde do homem

                                                           Matheus Trilico, Gabriela R. de Oliveira,

                                                                        Marinei Kijimura, Sueli M. Pirolo

      A promoção da saúde é uma proposta de política mundial, contemporânea na saúde pública e disseminada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de 1984. Aprovada na Carta de Ottawa, traz a saúde em seu conceito amplo, relacionando-a com qualidade de vida decorrente de processos complexos interligados a fatores como alimentação, justiça social, ecossistema, renda e educação. Também trabalha com o princípio de autonomia dos indivíduos e das comunidades, reforçando assim o planejamento e o poder local. 

      Nesse mesmo sentido, a Declaração de Alma-Ata, em 1978 , estabelece a proposta da ‘atenção primária à saúde’ e amplia a visão do cuidado à saúde: sai da visão hierárquica do conhecimento especializado, incentiva o envolvimento da população e destaca os fatores necessários para propiciar a qualidade de vida e o direito ao bem-estar social. A atenção primária à saúde está estreitamente vinculada à ‘promoção da saúde’ e à prevenção de enfermidades, não abandonando as dimensões setorial e técnica e incluindo outras dimensões.

      No Brasil, a Estratégia Saúde da Família responde a essa ampliação do cuidado ao buscar a promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que geram riscos, por meio de ações programáticas abrangentes e ações intersetoriais. Nessa perspectiva, entende-se importante a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem.

      Criada em 2009, essa política procura incluir a masculinidade nas questões clínica e epidemiológica, oferecendo uma proposta singular de cuidado de promoção e recuperação da saúde. Ela se fundamenta na idiossincrasia do gênero masculino - termo que, para o campo da pesquisa, refere-se apenas a áreas estruturais e ideológicas que envolvem relação entre os sexos, delimitando então um novo terreno evidenciam na literatura que os homens sofrem influência dessa representação da masculinidade, imprimindo a idealização de sucesso, poder e força.

      Estudos comparativos entre homens e mulheres comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e morrem mais precocemente que as mulheres. A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica.

      Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, o homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, contra 6,9% das mulheres. Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com maior frequência do que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade a doenças cardiovasculares, cânceres, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras.

      A masculinidade hegemônica seria aquela ligada à legitimidade do patriarcado, que garante a dominação dos homens e a subordinação das mulheres. Ela não diz respeito a um estilo de vida, mas a configurações que formam as relações de gênero. Novos grupos podem desafiar antigas soluções e construir uma nova hegemonia. Hoje, essa demonstração de força, controle e não vulnerabilidade cede espaço, tirando do homem moderno toda essa supremacia.

      No bojo dessas representações de masculinidade, busca-se o subjetivo contido na discussão de masculinidade e saúde e a consequente importância para tal, quando atribuída às políticas específicas de saúde pública voltada para o gênero masculino. Torna-se, então, necessário compreender suas representações no contexto do diálogo relacional ao gênero masculino, visando à promoção de saúde articulada ao princípio de autonomia dos indivíduos.

                                                Texto adaptado. Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?

                          script=sci_arttext&pi-d=S1981-77462015000200381&lng=pt&nrm=iso

A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica”.

A expressão em destaque NÃO pode ser substituída, sem que haja prejuízo semântico, por

Alternativas
Comentários
  • gab  a)

    A respeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade.

  • Complementando....

    Gab A - ÚNica que não apresenta sentido concessivo equivalente à "A despeito de".

    As alternativas seguintes há sentido concessivo:

    B - Embora

    C-  Apeesar da

    D- Ainda que

    E- Mesmo com

    Corrijam-me se estiver equivocado.

    #Deusnocontrole

  • Poxa, o significado de Despeito e Respeito são totalmente diferente, até podendo considerar como antônimos, logo, Gab a) 

  • Querem dizer coisas completamente diferentes. «A despeito de» significa apesar de, e «a respeito de» significa relativamente a, no que se refere a.

    «A despeito das tuas reticências a respeito do seu carácter, ele é tido como uma pessoa íntegra».

  • GAB: A

     

    DEUS GRANDE!

  • A interpretação do enunciado acabou me confundindo...

  • Quando o enunciado for safad0 como este, pode-se recorrer ao raciocínio lógico.

    Quando há duas negações, uma anula a outra.

    A expressão em destaque NÃO pode ser substituída, sem que haja prejuízo semântico, por:

    =

    A expressão em destaque pode ser substituída, havendo prejuízo semântico, por:

  • "A DESPEITO DE" conjunção subordinativa concessiva

    no excerto ele pede a que não apresenta uma com o mesmo significado

    todas estas são conjunções concessivas, excerto a alternativa A

  • Questãozinha casca de banana!!!!