SóProvas


ID
2191447
Banca
Unifei
Órgão
UNIFEI
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto A

Apoio estratégico 

O ensino da língua portuguesa é vital ao desenvolvimento de outras disciplinas

    Quando na década de 80 o então presidente José Sarney lançou o Plano Cruzado, que tinha o fim de combater a inflação e estabilizar a economia, um cidadão de Curitiba, à pergunta se a situação tinha melhorado, vacilou, tremeu os lábios, gaguejou um pouco e disse, por fim: "está piorando menos".

    É o que está ocorrendo com nosso ensino. Ainda é ruim em muitos níveis e áreas? É. Mas está piorando menos. Há vários indicadores dessas melhoras e uma delas é que agora temos uma universidade, a USP, entre as 70 mais importantes do mundo. É pouco ter uma única universidade brasileira entre as cem mais? É. Mas está piorando menos.

    Ainda temos sérias deficiências, apesar de passos decisivos dados nas direções corretas, tanto no setor público como no privado. Boa parte dos médicos mais qualificados dos hospitais referenciais do Brasil estudou em escolas públicas, o mesmo acontecendo nos concursos para ocupação de carreiras de Estado e postos gerenciais nas empresas.

    Nessas mudanças, o ensino da disciplina língua portuguesa cumpre função estratégica. Os professores de quaisquer outras matérias alcançam mais facilmente os objetivos traçados nos projetos pedagógicos, se eles e os alunos são bons em português! 

    É frequente que haja prejuízos mútuos no processo de ensino e aprendizagem quando proliferam erros constantes de ortografia e sintaxe. Na Medicina e no Direito, tais equívocos podem matar o paciente ou levar o cliente para a cadeia. A diferença entre veneno e remédio pode ser uma letra apenas. E um enfermeiro que lê mal uma instrução do médico pode matar aquele que ambos querem salvar.

    Apesar de erros ortográficos serem os mais fáceis de perceber, os prejuízos da falta de clareza e de lógica, na fala como na escrita, se não são decisivos como o são na Medicina e no Direito, são igualmente deploráveis. E por quê? Porque quem fala e escreve sem clareza dá indícios de que ouve e lê pouco, e essa deficiência é capital para muitas outras.

SILVA, Deonísio da. Apoio estratégico. Revista Língua Portuguesa. Ano 7, nº 78, p.62, Abril 2012.

Analise as afirmativas abaixo e selecione a alternativa adequada.
I. O uso do pronome “nosso”, na primeira frase do segundo parágrafo, estabelece a ideia de inclusão.
II. O adjetivo “boa”, no terceiro parágrafo, não é relativo a “que tem bondade”.
III. Em “tais equívocos” e “essa deficiência”, pode-se dizer que as palavras “tais” e “essa” desempenham o mesmo papel.

Alternativas
Comentários
  • D

  • discordo do gabarito 

     

    ...Boa parte dos médicos mais qualificados dos hospitais referenciais do Brasil". Na minha opinião não tem nada a ver com bondade, tanto que pode perfeitamente ser sustituido pelo termo "grande parte". 

     

    Me corrijam se estiver errada colegas!

     

  • Para mim o gabarito está errado. Marquem aí para indicar um comentário do professor. De preferência Izabel Veiga. Rsrs.

  • Débora realmente não tem nada a ver, mas é uma pegadinha. Olhando a afirmação 2 ela fala justamente isso, que esse boa não e de bondade.