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ID
219964
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCU
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A constatação de que as intervenções para que a
organização evolua no alcance de sua visão envolvem constantes
mudanças de processos e até de paradigmas fez os dirigentes de
uma organização desenvolver em plano de gestão da mudança
organizacional.

Nessa situação hipotética, as premissas que o citado plano deve
possuir para obter sucesso incluem a

ampla utilização de estratégias de cooptação e de manipulação para conquistar o apoio dos funcionários contrários à mudança.

Alternativas
Comentários
  • Justificativa do cespe:

    "anulado. Ainda que as palavras "cooptação" e "manipulação", utilizadas na assertiva, possam ter um caráter negativo, a afirmação do item é ambígua, prejudicando o seu julgamento objetivo."
  • As técnicas de manipulação e cooptação, apesar de soarem negativas, são utilizadas como estratégias na gestão de mudanças organizacionais. Entretanto o CESPE resolveu anular conforme a explicação transcrita pela colega.

  •  

    Professor Adriel Sá - TecConcursos

    Cooptar significa atrair, agregar. Assim, a expressão “manipulação” é que se torna alvo de dúvidas no julgamento da questão.

     

    É de se destacar que a mudança cultural deve ser sustentada na realidade da organização, para que os seus integrantes sintam-se motivados e comprometidos com os objetivos propostos. Fica fácil perceber que uma organização, cuja cultura valorize a inovação, os seus membros tendem à menor inclinação de resistência a processos de mudanças.

     

    Em suma, o processo de resistência à mudança pode ser superado quando há o alinhamento de todos os membros da organização ao seu objetivo. Isso nem sempre ocorre com uma gestão coercitiva.

     

    Apesar disso, a coerção é um dos 4 estilos de administração de mudanças propostos por Ansoff (1990). O autor destaca que, para a opção de escolha de cada estilo de gestão, o gestor deve considerar tanto as dimensões da magnitude dos problemas quanto o tempo necessário de resposta às mudanças. Assim, temos a:

     

    (1) gestão coercitiva da mudança: baseia-se no uso do poder coercitivo para superar as resistências. Apesar de oferecer como vantagem uma resposta estratégica rápida, esse enfoque de gestão é considerado caro e socialmente perturbador. Assim, sugere-se que sua aplicação se dê em situações de grandes problemas estratégicos que exijam respostas rápidas.

     

    (2) mudança adaptativa (ou orgânica): corresponde à acumulação gradativa de pequenas mudanças ao longo do tempo. Nesse caso, as resistências às mudanças serão diminuídas, porém o tempo para a implantação das mudanças será longo.

     

    (3) administração de crises: sua aplicação decorre de alguma descontinuidade súbita no ambiente, colocando em risco a sobrevivência da organização. Nessas situações, as resistências às mudanças são substituídas pelo apoio, porém as soluções nem sempre são evidentes, exigindo da alta administração respostas rápidas e eficientes que evitem o pânico.

     

    (4) resistência administrada (método de acordeão): constitui-se em um enfoque intermediário entre os extremos dos enfoques coercitivo e adaptativo, podendo ser aplicado em condições de urgência moderada, dentro dos limites de tempo ditados pelo ambiente.

     

    Assim, diante do exposto, a banca optou pela anulação do item.

     

    Gabarito: anulada.

     

    ANSOFF, I. A Nova Estratégia Empresarial. São Paulo: Atlas, 1990.