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ID
2201023
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

Paciente, 6 anos, história de diabetes melito tipo I, com dificuldade de adesão terapêutica, apresenta hiperglicemia, hálito cetônico, distúrbio hidroeletrolítico, acidose metabólica e desidratação, com diagnóstico de Cetoacidose Diabética. Durante o manejo desse paciente, o enfermeiro deve estar atento para as principais complicações da Cetoacidose Diabética. Assinale a alternativa que apresenta uma dessas complicações.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B.

     

    De acordo com o CAB nº 36  Diabetes Mellitus.Brasília – DF.2013.

     

    Edema cerebral e hipertensão intracraniana.

     

     

  • Devido ao choque hipovolemico, caracterizado pela poliuria,vomitos, perdas sanguineas, disturbio eletrolinico - SINAIS DE DESIDRATAÇÃO - a terapia de expansão plasmática e reposição de volume poderá ser prejudicial se não for feita com medidas fidedignas para aquele determinado paciente, favorecendo uma sobrecarga hidrica e consequentemente edema cerebral e hipertensão intracraniana.

  • Cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação aguda do Diabetes Mellitus (DM) caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e cetose, na vigência de deficiência profunda de insulina.

    Cetoacidose diabética é um distúrbio do metabolismo das proteínas, lípides, carboidratos, água e eletrólitos, consequente à menor atividade da insulina frente à maior atividade (absoluta ou relativa) dos hormônios contrarreguladores.

    Acomete principalmente pacientes com DM tipo 1 (DM1) e geralmente é precipitada por condições infecciosas ou omissão da administração de insulina. Por vezes, a CAD pode ser a forma de apresentação clínica inicial do DM1.

    Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l).

    O edema cerebral (EC) é a complicação mais temida no paciente com CAD, tanto pela sua maior frequência quanto pela sua evolução. O EC pode levar a hipertensão intracraniana. A mortalidade em pacientes com EC é alta e metade dos pacientes que sobrevivem permanecem com sequelas neurológicas.

    Gabarito do Professor: Letra B


    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

    Barone et al. Cetoacidose Diabética em Adultos – Atualização de uma Complicação Antiga. Arq Bras Endocrinol Metab 2007;51/9.

    Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.

  • A cetoacidose é uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal, com mortalidade em torno de 5%.

    Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

    Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf