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ID
2229583
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Uma empresa foi contratada para a realização de um serviço de descupinização. O servidor público responsável pelas compras decidiu contratar uma empresa de propriedade de seu irmão, por apresentar um valor mais econômico para a instituição. Algumas semanas depois, em uma auditoria, foi verificado que esse serviço não era necessário. Alguns princípios da Administração Pública foram desrespeitados. Identifique esses princípios na ordem em que ocorreram.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA - D

     

    O candidato deve se ater a dois detalhes da pergunta:

    a) "O servidor público responsável pelas compras decidiu contratar uma empresa de propriedade de seu irmão" - Princípio da Impessoalidade - NÃO RESPEITADO

    b) "Algumas semanas depois, em uma auditoria, foi verificado que esse serviço não era necessário" - Princípio da Moralidade - NÃO RESPEITADO

     

  • Concordo integralmente com o colega Fagner, mas o princípio da eficiência também foi maculado.

     

    Eficiência tem como definição na Administração Pública utilizar os recursos públicos e humanos da forma mais racional possível, visando ao melhor cumprimento dos objetivos públicos. Em outras palavras, o princípio da eficiência prega que se deve fazer mais com o mínimo disponível.

     

    Ora, se em auditoria posterior ficou evidenciado que a descupinização não era necessária naquele momento, a eficiência foi maculada, pois mesmo que o ato executado fora coberto de legalidade e respeito aos princípios administrativos, acabou sendo desnecessário, ocasionando gasto de recursos públicos sem qualquer necessidade.

     

    Na verdade, na verdade mesmo... letras A, B e D estariam corretas.

     

     

  • GABARITO:   D

     

    Uma empresa foi contratada para a realização de um serviço de descupinização.

    1) O servidor público responsável pelas compras decidiu contratar uma empresa de propriedade de seu irmão, por apresentar um valor mais econômico para a instituição.

    2) Algumas semanas depois, em uma auditoria, foi verificado que esse serviço não era necessário.

     

    IMPESSOALIDADE

    >>> O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações (perseguições) e privilégios (favoritismo) indevidamente dispensados a particulares no exercício da função administrativa. Segundo a excelente conceituação prevista na Lei do Processo Administrativo, trata-se de uma obrigatória “objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades”

     

    MORALIDADE

    Nesse sentido,  Hely Lopes Meirelles declara que “o agente administrativo, como ser humano dotado de capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o Honesto do Desonesto. E ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético da sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto.” (MEIRELLES, 2012, pág. 90).

    Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

  • Ué... alguém ae consegue defender que o princípio da eficiência não foi desrespeitado?
    Não era necessário o serviço, e mesmo assim contratou! Quer coisa mais ineficiente que isto?

  • Eu errei a questão, kkk

    LEGALIDADE E PUBLICIDADE

    A questão não diz qual a modalidade de contrato, e nem a legislação proíbe a prestação de serviços de descupinização, e por incrível que pareça, também não proíbe (expressamente) a contratação de parentes. Mas mesmo que a esfera do poder (Federal, Estadual ou Municipal) não esteja na questão, a Lei Federal 12.813, Art. 5º inciso V diz que beneficiar parente é conflito de interesse. E no artigo anterior a mesma lei diz que o agente público deve prevenir ou impedir possível conflito de interesse.

    Quanto à publicidade a questão também se omite a respeito da publicação do ato.

    Desta forma a C está excluída.

    EFICIÊNCIA

    O princípio da efiCIÊNCIA vêm da ciência administrativa e é em resumo "fazer mais com menos". Em contraste temos o princípio da efiCÁCIA que é em resumo "fazer o que deve ser feito". Trazendo para o contexto da Administração Pública, para o administrador ser eficaz ele precisa alcançar o interesse público, e para que ele possa ser efiCIENTE precisa fazer isso da melhor maneira possível, com o menor tempo e dispêndio de recursos.

    Com isso em mente, podemos ver que o servidor quis contratar a proposta que apresentava maior valor econômico para sua instituição, cumprindo o princípio da eficiência.

    A questão quer saber quais princípios foram desrespeitados e eficiência não foi um deles.

    IMPESSOALIDADE e MORALIDADE

    Apesar da omissão da lei quanto ao caso específico, e uma consulta realizada por um prefeito ao TCU (artigo nas fontes), o relator Sebastião Helvecio demonstra perfeitamente que é possível interpretar o princípio da impessoalidade, isonomia e impessoalidade por meio do artigo 9 da lei de licitações.

    Fontes:

    http://revista.tce.mg.gov.br/Content/Upload/Materia/1615.pdf;

    MEIRELLES, H. L; Direito Administrativo Brasileiro, 28ª ed.; São Paulo: Editora Malheiros, 2003.

  • Já errei duas vezes...Não vejo sentido nisso. Solicitem comentários do professor. Valores!
  • Tenho grandes dificuldades com questões de princípios. Muitas vezes parece apenas questão de interpretação e não só conhecimento sobre o direito. De começo, entendo que é um ato que fere a moralidade administrativa contratar empresa de parente (tanto que a moralidade é um dos primeiros princípios a ser ferido em caso de nepotismo), e, em segundo lugar, a eficiência também foi atingida na questão ... Como contratar certa empresa, gastando recursos públicos, sem que o serviço fosse sequer necessário não fere, também, a eficiência? Complicado viu!

  • Pra mim o princípio que mais foi desrespeitado acima de todos foi o da eficiência, afinal foi contratado um serviço que NÃO era necessário. 

    Essa bancas são simplesmente BURRAS, não sabem diferenciar princípios e esquecem uma coisa básica sobre eles: Na maioria das vezes em que um deles for desrespeitado, outro princípio, de alguma maneira, também o será. Não há compartimentos estanques, mas sim comunicantes...as aí vem os caras só pensando em pegadinhas e querendo inovar e só fazem questões lixo... 

  • DISCORDO DO GABARITO 

    O PRINCIPIO DA EFICENCIA TAMBEM FOI DESRESPEITADO 

  • Questão que caberia recurso! O princípio mais violado nesta hostória foi o da EFICIÊNCIA, foi gasto dinheiro público sem necessidade, sem FINALIDADE, logo, feriu o princípio da EFICIÊNCIA.

     

  • O gabarito está correto. Violaria o princípio da eficiência se a empresa contratada realizasse o serviço de forma lenta e despendiosa. Ao contrário, o serviço foi praticado de forma correta e rápida, apesar de não haver necessidade. 

  • Essas bancas de fundo de quintal são fodas, fica a critério de quem elaborou a questão e o candidato se lasca.

     

     

  • Questão tosca, nem vale a pena perder tempo com esse tipo de questão.

  • Questão mal formulada! Sabemos que o princípio da impessoalidade e moralidade foram desrespeitados, porém também caberia aí o princípio da eficiência, já que foram gastos recursos públicos sem necessidade! 

    Conclusão: seriam três respostas corretas e não duas, Letra A, B e D.

    Uma questão dessa seria passível de ser anulada!

     

  • O gabarito dado pela banca é o D, porém eu discordo como a maioria aqui. 

    A questão pede para que identifique os princípios violados  na ordem em que ocorreram.

    Bem... o primeiro princínpio que sofreu violação foi o da EFICIÊNCIA, tendo em vista o gasto com algo desnecessário.( eficiência está ligada a economicidade)

    O segundo princípio violado foi o da IMPESSOALIDADE,pois o agente não agiu com imparcialidade.

    A partir dessa alálise podemos chegar ao gabarito A. ( bem... essa foi a minha linha de raciocínio) .

     

  • Gente, depende...

    Se ele sabia desde o início que não havia necessidade de contratar aquele serviço  então ele agiu de esperteza!

    Rolou má fé aí

    Violados os princípios.

    1° = Moralidade (agiu na esperteza)

    2°  =impessoalidade (escolheu o irmão )

    3° =Eficiência ( só que não havia necessidade de contratar serviço nenhum! Gastos desnecessários)

    Mas concordo que essa questão cabe recursos....

  • A própria questão pede para que se identifique os princípios violados, na ordem em que ocorreram. Entendo que o ítem correto seria a letra A (eficiência e impessoalidade).

  • 1 - "O servidor público responsável pelas compras decidiu contratar uma empresa de propriedade de seu irmão, por apresentar um valor mais econômico para a instituição" - descumpriu o princípio da impessoalidade e legalidade (contratando empresa do irmão), mas cumpriu o da eficiência (pois buscou o valor mais econômico).

     

    2 - "Algumas semanas depois, em uma auditoria, foi verificado que esse serviço não era necessário" - descumpriu o princípio da eficiência e da moralidade (se olharmos no sentido amplo).

     

    Então haveria tais opções: 1ª conduta: impessoalidade ou legalidade; 2ª conduta: eficiência ou moralidade.

     

    Desta forma, por exclusão, a resposta correta seria: D)  impessoalidade e moralidade

  • Princípio da Impessoalidade

     Tem as mesmas características da isonomia, segundo a qual os administrados devem ser tratados de forma igualitária frente ao interesse público.

    Princípio da Moralidade

     A conduta do administrador público deve estar pautada na moral e na ética, para que os administrados e administradores não sejam vítimas de atos desonestos e antijurídicos

  • Nessa questão foram feridos 3 princípios, a da impessoalidade, da eficiência e da moralidade. Porém a questão pede na ordem dos fatos ocorridos. Logo o primeiro principio a ser ferido foi o da impessoalidades, que está no gabarito de letra D.

  • No tocante à contratação do irmão do servidor responsável pelas compras, não há mínimas dúvidas de que sua intenção consistiu em privilegiar seu parente, mediante celebração de contrato com a Administração Pública, no que, é claro, seria bem remunerado por isso. Ora, o princípio que veda a concessão de privilégios odiosos, bem como proíbe perseguições a pessoas determinadas, é o princípio da impessoalidade. Vale dizer: o administrador público deve, sempre, pautar sua conduta tendo como norte o atendimento do interesse público. Se assim o fizer, estará, por conseguinte, agindo de maneira impessoal, como impõem a Constituição e as leis do País.  

    Em relação à segunda parte do enunciado, não há tamanha clareza na resposta. Vejamos: 


    Ao se afirmar que o serviço sequer era necessário, o candidato poderia ficar na dúvida se teria havido, ou não, dolo, por parte do agente público, ou se a hipótese teria sido, pura e simplesmente, de desorganização administrativa, fruto de má-administração. 


    A depender da resposta, o princípio vulnerado poderia se alterar.  

    É que, em se tratando de conduta dolosa, há que se concluir que o agente público agiu de modo desonesto, antiético, ímprobo, do que resulta clara violação ao princípio da moralidade administrativa. Com efeito, referido postulado preconiza, justamente, a adoção de condutas honestas, éticas, probas por aqueles que gerem a coisa pública.  

    Já se o candidato interpretasse que a hipótese não foi de dolo, mas sim de simples má-administração, o princípio mais claramente vulnerado seria o da eficiência, que traz em si a ideia de boa administração.  

    Pois bem. Se houvesse duas alternativas diferentes contendo: i) impessoalidade e moralidade; e ii) impessoalidade e eficiência, este comentarista possivelmente sustentaria a necessidade de nulidade da questão, por serem plenamente defensáveis as duas respostas, conforme acima demonstrado.  

    Todavia, considerando que a Banca só apresentou, dentre as opções, a sequência impessoalidade e moralidade, e sendo bastante plausível que o agente público responsável pelas compras, uma vez que já havia decidido por contratar o próprio irmão, sem licitação, no que demonstrou ser desprovido de moral, constitui pessoa com tendências desonestas, há que se concluir que a única alternativa correta é mesmo a letra "d".    

    Resposta: D 
  • A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO FOI EFICIENTE PORÉM NÃO FOI EFICAZ...

     

     

  • A questão faz concluir que o agente movia-se pela boa-fé. No entanto, ele foi pouco eficiente na análise da necessidade do serviço. A questão não permite dizer que ele sabia que o serviço era desnecessário. Como pode ele ter ferido a moralidade?

     

  • GABARITO D: A grande pegadinha da questão é a passagem que diz: ...Na ordem em que ocorreram. Primeiro houve violação ao princípio da impessoalidade quando o servidor contrata empresa de propriedade do seu irmão. Depois, quando descoberto que o serviço não era necessário, resta violado também o princípio da moralidade tendo em vista a atuação desonesta do servidor. 

  • Identifique esses princípios na ordem em que ocorreram.

    1) "...contratar uma empresa de propriedade de seu irmão.." - fere o princípio da impessoalidade, que também tem relação com o princípio da isonomia, por não dar a chance de competição a outros concorrentes.

     

    2) Escolher a empresa do irmão não foi correto.

    Aí, Hely Lopes define o princípio da MORALIDADE: "o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto" 

  • Muito boa a explicação do prof do QC - a resposta vai depender da interpretação do candidato - 

     

    Contratação do irmão - impessoalidade, não há duvidas.

     

    Se imaginar que não houve dolo na conduta do administrador, que foi mera desorganização da administração -- eficiência

    Se imaginar que houve dolo, por consequência ele foi antiético, logo não agiu com moralidade. --> Se ele contratou o irmão, logo é indício de imoralidade tbm.

  • Tenho uma dúvida: Se nesse caso não fora feita uma licitação, não fere o princípio da legalidade primeiramente?
  • Essa questão é passível de anulação, já que só conseguimos acertar a questão sem dúvida, em consequência da posição dos termos.
    A questão não deixa claro se o agente agiu com dolo ou não.

    Marquei letra D, só pela posição dos termos ¬¬' 

  • Resposta em vídeo:

    https://youtu.be/ssTvS09zRLk

  • "serviço não era necessário" -> não caberia mais o princípio da eficiência nesse caso ao invés de moralidade?   :/

  • quer dizer que o princípio da eficiência não conta né, essas bancas, AFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF

  • Eficiência nada?

  • existem diferenças sútis 

    A eficiência seria o ato de “fazer certo as coisas”, enquanto que a eficácia consiste em “fazer as coisas certas”.

    Logo ela não errou e sim fez algo errado, ou seja,não foi eficaz.

    Nada tem "eficiencia" com a resposta

  • "decidiu contratar uma empresa de propriedade de seu irmão"- dessa frase saem os dois principios tanto da moralidade quanto da impessoalidade.

    Primeiro  a moralidade é dividado em Probidade, lealdade e boa-fe( PROLE BOA), sendo que esta  última tem que ser voltada ao interesse público e não ao privado como ocorreu nesse caso.

    Já quanto a impessoalidade é dividida em imparcialidade, vedação a autopromoção e isonomia(  I V I ), sendo que a imparcialdade se utiliza de criterios objetivos e não de criterio subjetivo que seria no caso eu escolher pelo sujeito que esta me oferecendo o serviço.

    Vi muitos colocando a seguinte frase: "Algumas semanas depois, em uma auditoria, foi verificado que esse serviço não era necessário"- esta frase se referiria ao principio da proporcionalidade que é dividido em necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito. 

    bjs bons estudos

  • Se trata de uma ofensa ao principio da impessoalidade pois o responsável pela contratação a fez de maneira subjetiva, levando em conta motivos pessoais.


  • Típica questão de chute. Dificilmente uma conduta dessas atingirá apenas um ou dois princípios.

    .

    Gostaria de ver examinadores resolvendo esse tipo de questão!

  • O princípio da eficiência também foi desrespeitado!

    Para mim, passível de anulação.

  • Questão totalmente mal formulada, essa banca é horrível. Se o cara contratou a firma do irmão pq o preço era menor ele não feriu a impessoalidade , já que não foi o fato de ser irmão dele que fundou a contratação. porém contratar a firma do próprio irmão fere a moralidade da ADM pública. igualmente contratar parentes... Já contratar um serviço desnecessário é algo ineficiente....
  • GABARITO: LETRA D

    PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE:

    Isonomia: tratar igualmente a todos os que estejam na mesma situação fática e jurídica.

    Finalidade: administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente ou de terceiros.

    Vedação à promoção pessoal: proibir a vinculação de atividades da administração à pessoa dos administradores, evitando que estes utilizem a propaganda oficial para sua promoção pessoal.

    FONTE: MEIRELLES, Hely Lopes, et. al. Direito administrativo brasileiro. 42ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2016.

    (MARINELLA, 2005, p. 37): o Princípio da Moralidade dita que administrador público deve atender aos ditames da conduta ética, honesta, exigindo a observância de padrões éticos, de boa-fé, de lealdade, de regras que assegurem a boa administração e a disciplina interna na Administração Pública Moralidade administrativa está ligada ao conceito de bom administrador.