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ID
2232277
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

A utillização do “ABCDE” no processo de desmame da ventilação mecânica tem sido bastante utilizada na terapia intensiva. Quanto a esse processo, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Heunks e Van Der Hoeven apresentaram uma proposta de avaliação estruturada que consiste em uma sequência alfabética (abordagem ABC) que força o clínico a investigar as principais causas de falha de desmame ventilatório. Essa revisão recomenda que sejam avaliados os seguintes tópicos em um paciente com desmame difícil ou prolongado:

     

    A -vias aéreas e parênquima pulmonar (Airway: resistência, complacência e troca gasosa),

    B- função cerebral (Brain: delirium, depressão, ansiedade, distúrbio do sono),

    C- função cardíaca (Cardiac: presença de isquemia, aumento da pós-carga do ventrículo esquerdo),

    D- diafragma (Diaphragm: fraqueza muscular, fadiga, disfunção neural),

    E- função endócrina (Endocrine: insuficiência adrenal, hipotireoidismo, desnutrição, alteração eletrolítica)5 .

  • AAcordar o paciente: Avaliar diariamente o nível de Sedação, para que com isso possamos progredir de forma adequada no Desmame e Reabilitação Precoce. Podemos utilizar a escala RASS(Richmond Agitation Sedation Scale) em conjunto com a equipe multiprofissional, para sempre manter a dose necessária para deixar o paciente com valores de 0 a -2 (Alerta e calmo - Sedação Leve: Acorda rapidamente e mantém contato visual).

    B- Breath -Protocolos de Desmame da VM: A utilização de protocolos de Desmame é capaz de reduzir o tempo necessário até o 1º TRE, bem como seu sucesso e reduz o tempo total de VM e aumenta o sucesso da extubação. Existem indicadores de qualidade deste desfecho (Taxa de Sucesso do TRE, Taxa de Sucesso da Extubação, Taxa de Reintubação, Tempo médio de VM, Dias livres fora da VM e Taxa de pacientes em VM prolongada - >21 dias de VM).

    C- Coordenação entre as ações de A e B: Pacientes com adequado nível de sedação, são mais expostos a Reabilitação Precoce e TRE.

    D-Delirium- Monitorização e Manejo do delirium: delirium é uma disfunção cerebral aguda bastante comum em UTI e que pode interferir diretamente nos desfechos. No caso da nossa equipe, essa disfunção pode minimizar a progressão da Reabilitação, já que o paciente provavelmente não irá colaborar com a terapia proposta. Podemos, durante nossa avaliação, utilizar além da RASS, a CAM-ICU (Confusion Assesment Method - Intensive Care Unit), que avalia a presença de delirium. Sempre que for avaliar o paciente, tente situar o mesmo no tempo e no espaço, essa simples atitude é muito efetiva na redução da Inquietação/Agitação e do delirium.

    E- Exercício/Mobilização Precoce: Já falamos em outros posts como a Mobilização é eficaz em reduzir o tempo de VM e Mortalidade, além de também ter efeito positivo sobre o delirium (Post: A Mobilização que você faz, Faz a diferença!).

     

    https://pt.linkedin.com/pulse/o-abcde-da-fisioterapia-em-terapia-intensiva-veloso-da-costa-icu-pt