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ID
2236459
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I

Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.

HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

TEXTO II

Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil . Petrópolis: Vozes, 1994.

Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.

    Gabarito: Letra A.


  • Créditos para Eric Sousa

    Resposta A

    A chave para entendermos Hobbes, é o que ele diz a respeito ao estado de natureza. Como sabemos, Hobbes é um contratualista. Ou seja, antes de firmarem um contrato, os homens, viveriam em um estado de guerra. E só depois desse contrato, o homem, poderia viver em paz. Para ele, o homem em sua natureza é propício à guerra por causa da sua desconfiança em relação aos outros e também por se achar superior aos outros.

  • "O homem é o lobo do homem" T.Hobbes

  • Letra A

    Se baseando em Hobbes, no Estado de Natureza existem conflitos constantes, " o homem era lobo do próprio homem".

  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.