SóProvas



Questões de Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau)


ID
646909
Banca
UFF
Órgão
UFF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Desde a Idade Moderna, quase todas as sociedades enfrentaram o dilema de optar entre duas concepções distintas e opostas sobre o poder. Dois filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke foram responsáveis por sintetizarem essas concepções. Segundo Thomas Hobbes, o ser humano em seu estado natural é selvagem e cada um é inimigo do outro; mas, quando o ser humano abre mão de sua própria liberdade e a autoridade plena do Estado é estabelecida, passam a predominar a ordem, a paz e a prosperidade. Para John Locke, o ser humano já é dotado em seu estado natural dos direitos de vida, liberdade e felicidade e, assim, a autoridade do Estado só é legítima quando reconhece e respeita esses direitos e, para que isso se concretize, é necessário limitar os poderes do Estado.

Assinale a alternativa que apresenta as duas concepções políticas associadas, respectivamente, a esses filósofos.

Alternativas
Comentários
  • Se tu sabes que John Locke era liberalista , já mata a questão.


ID
846691
Banca
CEPERJ
Órgão
SEPLAG-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Locke e Rousseau, tratando do contrato social, das funções da civitas e de questões correlatas da relação Estado e Sociedade, dizem que os dois bens mais importantes da humanidade são, para cada um deles, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Sabendo que Locke foi um teórico Liberal, e, portanto, defendia a unhas e dentes a propriedade e a liberdade, já se mata a questão.

     

    Resposta: Letra A.

  • Locke acreditava que o estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano.

    Os inconvenientes do estado de natureza, no entanto, fizeram com que os indivíduos livremente estabelecessem entre si um contrato social que garantisse seus direitos fundamentais, especialmente o da propriedade privada e a proteção da comunidade frente aos perigos internos e externos.

    Para Locke, a propriedade e a igualdade eram os dois bens mais importantes da humanidade.

    Para Rousseau, o ser humano nasceu livre, porém teria encontrado uma série de obstáculos ao exercício de sua liberdade natural. Ao contrário de Locke, Rousseau acreditava que a propriedade privada teria sido um dos principais motivos de degradação daquela situação inicial de liberdade rumo à desigualdade e desarmonia, motivando assim os indivíduos à realização de um pacto social com o objetivo de estabelecer a liberdade civil. Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade.

    Resposta: A


ID
846889
Banca
CEPERJ
Órgão
SEPLAG-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“A coisa mais perigosa que há é a influência dos interesses privados nos negócios públicos”. Considerando os grandes pensa- dores que produziram análises clássicas sobre a relação do Estado com a Sociedade, este comentário é de:

Alternativas
Comentários

ID
954550
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Hobbes, o estado de natureza

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o erro da letra B

  • —Segundo Hobbes, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Correta Alternativa A

  • A diferença entre a alternativa A e a B. Na A ela esta mais completa, coerente e ''direta'' com sua obra e na letra B ela esta posta de uma maneira mais ''indireta''.

    A) é idêntico ao estado de guerra. (Exposta de uma maneira mais DIRETA com o estado de Natureza de Hobbes)

    B) Implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver.(Expõe de uma maneira mais INDIRETA o estado de Natureza de Hobbes, mas tem sentido sim)

  • Pra mim, a letra B ta certa tbm.

  • A e B estão corretas. Cabe recurso.


ID
954553
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Locke, a liberdade natural do homem

Alternativas
Comentários
  • Locke  parte do estado de natureza passando pelo contrato até chegar ao governo civil. O estado de natureza de Locke não é de inimizade e guerra como fora para Hobbes. O estado de natureza de Locke os indivíduos estão regulados pela razão, há uma organização pré-social e pré-política onde todos nascem com os direitos naturais: vida. Liberdade e a propriedade privada.

    Sobre a razão natural: "Ensina a todos os homens, que, sendo todos iguais e livres, nenhum deve prejudicar o outro, quanto à vida, à saúde, à liberdade, ao próprio bem". E, para que ninguém empreenda ferir os direitos alheios, a natureza autorizou cada um a proteger e conservar o inocente, reprimindo os que fazem o mal, direito natural de punir.

  • Não consegui perceber o erro da letra B. Ambas ( A e B) parecem dizer a mesma coisa.
  • Gab: A

    Para Locke:

    - Somente a lei da natureza pode ordenar as ações do homem. O homem deve ser regulado pela razão.

    - Direitos naturais::  Vida, liberdade e a propriedade privada.

     


ID
954556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Rousseau,

Alternativas
Comentários
  • Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos

  • Segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

  • Rousseau inicia o discurso fazendo uma distinção das duas desigualdades existentes: a desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política.

  • Uma está mais certa que a outra

  • Segundo Rousseau ''Se há desigualdades não há liberdade'' 

  • Questão "B"

  • Fico com a D, pois em síntese, a civilização é que impõe essa diferença entre os homens, despertando inveja, ciumes e etc...

  • "Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, o mais hábil, ou o mais eloqüente, tornou-se o mais considerado; e este foi o primeiro passo para a desigualdade e ao mesmo tempo para o vício: dessas primeiras preferências nasceram, de um lado, a vaidade e o desprezo e, de outro, a vergonha e a inveja, e a fermentação causada por esses novos germes produziu, por fim, compostos funestos à felicidade e à inocência." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Tal foi ou teve de ser a origem da sociedade e das leis, que propiciaram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a liberdade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma hábil usurpação um direito irrevogável e que, para o proveito de alguns ambiciosos, daí em diante sujeitaram todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Terminarei este capítulo e este livro por uma observação que deverá servir de base a todo o sistema social: o pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário, substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, se tornam todos iguais por convenção e de direito." (Rousseau, Do contrato social - Livro I, Capítulo IX).

    Gabarito: LETRA "B"

  • "Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, o mais hábil, ou o mais eloqüente, tornou-se o mais considerado; e este foi o primeiro passo para a desigualdade e ao mesmo tempo para o vício: dessas primeiras preferências nasceram, de um lado, a vaidade e o desprezo e, de outro, a vergonha e a inveja, e a fermentação causada por esses novos germes produziu, por fim, compostos funestos à felicidade e à inocência." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Tal foi ou teve de ser a origem da sociedade e das leis, que propiciaram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a liberdade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma hábil usurpação um direito irrevogável e que, para o proveito de alguns ambiciosos, daí em diante sujeitaram todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Terminarei este capítulo e este livro por uma observação que deverá servir de base a todo o sistema social: o pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário, substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, se tornam todos iguais por convenção e de direito." (Rousseau, Do contrato social - Livro I, Capítulo IX).

    Gabarito: LETRA "B"

  • Para Rousseau há dois tipos de desigualdade: uma natural ou física, de onde provém as diferenças de idade, força, tamanho dos corpos, por ex. E a desigualdade moral e política, à qual ele se compromete a estudar chegando à conclusão de que a origem desta é a propriedade privada.


ID
1072447
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

Alternativas
Comentários
  • A animosidade, como uma característica da natureza humana, definiria o homem como mau em seu Estado de Natureza. Imperaria, sem a mediação do Estado, a “guerra de todos contra todos”. Não haveria uma clara distinção entre o sentido conquistador e imperialista dos EUA e da China em relação ao resto do mundo. A vontade de conquistar e dominar é geral e naturalmente humana para Hobbes

  • Hobbes procurou entender como seria a vida humana sem a política, situação a qual chamou "estado de natureza". Em sua interpretação esta situação seria uma guerra de todos contra todos (Bellum omnium contra omnes), pois na ausência de uma comunidade política, todos os indivíduos teriam licença para possuir toda e qualquer coisa, sem limites estabelecidos, mesmo quanto aos frutos de seu próprio trabalho, e não havendo restrições, exerceriam suas paixões e desejos. Esta situação inclui tanto a guerra em particular quanto competição e dificuldades extremas em geral. Sua argumentação acerca da natureza humana como centrada no interesse próprio permanece atual em teoria política.

    fonte: https://www.infoescola.com/biografias/thomas-hobbes/


ID
1179754
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Ora, como os pactos de confiança mútua são inválidos sempre que de qualquer dos lados existe receio de não cumprimento, embora a origem da justiça seja a celebração dos pactos, não pode haver realmente injustiça antes de ser removida a causa desse medo; o que não pode ser feito enquanto os homens se encontram na condição natural de guerra. Portanto, para que as palavras “justo” e “injusto” possam ter lugar, é necessária alguma espécie de poder coercitivo, capaz de obrigar igualmente os homens ao cumprimento de seus pactos, mediante o terror de algum castigo que seja superior ao benefício que esperam tirar do rompimento do pacto, e capaz de fortalecer aquela propriedade que os homens adquirem por contrato mútuo, como recompensa do direito universal a que renunciaram. E não pode haver tal poder antes de erigir-se um Estado”.

(Thomas Hobbes. Leviatã: ou Matéria, Forma e Poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1984)

O Leviatã de Hobbes é um livro clássico de reflexão política. Publicado durante a guerra civil inglesa, em 1651, elabora filosoficamente uma das teorias mais influentes do Contrato Social. O excerto trata da questão da justiça, que, segundo o autor

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E.

    Hobbes coloca como pressuposto de toda sua teoria o fato de que sem a instituição do estado coercitivo, prevaleceria um ambiente em que todos tem os mesmos direitos, e sendo assim, vigeria o estado de guerra de todos contra todos, não há justiça, somente aquela determinada pelo indivíduo de acordo com sua própria razão. Assim, somente o estado criador de leis pode definir a justiça.

    Bons Estudos!

  • Para Hobbes (1588-1679) o homem possui um direito natural, o de possuir tudo e todos de acordo com suas capacidades. Tal direito, se exercido por todos, levaria os homens às constantes disputas e guerras. Em tal estado de coisas, ninguém poderia pleitear possuir propriedade ou mesmo liberdade se esta pode ser subjugada ou tomada por um outro mais forte. Devido a isso, para conseguir viver em paz e evitar a constante relação de conflito, o homem se organiza a partir de um contrato que determina a cessão de seu direito natural para um poder maior que todos, o Leviatã, figura usada pelo filósofo inglês para representar o Estado moderno. Este Estado será o responsável por fazer com que vigorem os pactos estabelecidos, se respeite a propriedade e estabeleça e defenda as leis naturais estabelecidas. Somente a partir da existência desse poder coercitivo maior do que os indivíduos e igual a todos é que podem ser pensados os sensos de “justo" e “injusto" ou mesmo de propriedade.

    Por isso a resposta é a letra E.
  • Alternativa "A" está incorreta. No Estado de Natureza, ocorre a luta de todos contra todos, que não é justa.

    Alternativa "B" está incorreta. O texto deixa claro que o cumprimento dos pactos que estabelecem o que é justo se dá “mediante o terror".

    Alternativa "C" está incorreta. O que existe no momento da celebração dos pactos é mútua desconfiança.

    Alternativa "D" está incorreta. Hobbes deixa claro que as regras só são respeitadas pela imposição da força.

    Alternativa "E" está correta. Essa alternativa expressa bem a tese de Hobbes no Leviatã, um Estado autoritário e soberano faz cumprir a justiça.

    ESTRATÉGIA

    Gabarito: E


ID
1225708
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações).

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

De acordo com Thomas Hobbes, o ser humano, no estado de natureza, tem direitos ilimitados, podendo usar sua liberdade como lhe aprouver, sem restrições, o que significa, em termos práticos, que, nesse estado, não é possível garantir a paz ou a segurança.

Alternativas
Comentários
  • No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado.


ID
1225714
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

John Locke, que seguia a imagem hobbesiana de natureza humana, entendia que, no estado de natureza, os seres humanos são todos violentos e egoístas, agindo como juízes em causa própria, em função de sua liberdade radical. Segundo Locke, esta não é prejudicada, mesmo na vigência do contrato social, e deveria ser utilizada pelo povo de modo a limitar o poder do Estado, fiscalizando-o.

Alternativas
Comentários
  • Diferente de Hobbes, Locke concebe que a sociedade política como meio de assegurar os direitos naturais - a liberdade e a propriedade - e não como o resultado de uma transferência dos direitos dos indivíduos para o governante. 

  • Para Locke, o homem não é mal nem bom, ele é neutro, mas com certa tendência de ser bom em natureza. 

    Para Locke, no estado de natureza , há três direitos chamados de Naturais. 1- à vida, 2- à propriedade privada, 3- à punição.

    Esses Direitos não são criados pelo homem, mas são frutos do estado de natureza. Então por que criar um Estado se o homem é bom ?

    Justalmente porque no estado de natureza há a ausência de Leis..

  • Locke acreditava que o estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano.

    Resposta: E


ID
1225717
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

John Locke, um dos primeiros teóricos do liberalismo, concebia a propriedade privada como um direito natural, portanto, de acordo com o seu pensamento, o papel do Estado deveria ser o de garantir essa propriedade, assim como a liberdade e a vida.

Alternativas
Comentários
  • CERTO. Um bom resumo da perspectiva de Locke.


ID
1225720
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade?

 
Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

Para Rousseau, o estado de natureza é definido pela propriedade privada, visto que esta leva os indivíduos a se tornarem livres para trabalhar em suas terras e a produzir aquilo de que necessitam para viver, evitando-se assim guerra ou egoísmo. Essa percepção faz que Rousseau sustente que, no estado natural, os seres humanos são todos bons e solidários e que a função do contrato social é fundar a sociedade e o Estado capazes de proteger o caráter bom do estado de natureza.

Alternativas
Comentários
  •  Rousseau sustente que, no estado natural, os seres humanos são todos bons e solidários e que a função do contrato social é fundar a sociedade e o Estado capazes de proteger o caráter bom do estado de natureza.

  • Para Rousseau no momento em que  surgiu a propriedade privada e uns passaram a trabalhar para outros, gerando escravidão e miséria o Estado de Natureza sadio se corrompeu.

  • A segunda parte ta correta, a primeira ta errada!
  • Para Rousseau, o ser humano nasceu livre, porém teria encontrado uma série de obstáculos ao exercício de sua liberdade natural. Ao contrário de Locke, Rousseau acreditava que a propriedade privada teria sido um dos principais motivos de degradação daquela situação inicial de liberdade rumo à desigualdade e desarmonia, motivando assim os indivíduos à realização de um pacto social com o objetivo de estabelecer a liberdade civil.

    Resposta: E


ID
1225729
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ainda com relação às discussões modernas da filosofia política, julgue os itens seguintes.

Com referência ao ideário liberal, representado por Locke e Rousseau, Hegel defende a ideia de que o Estado tem precedência sobre o indivíduo e que este é parte de um todo, de modo que o indivíduo só adquire sua própria individualidade em função do coletivo do Estado.

Alternativas

ID
1225804
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

De acordo com Locke, não existe conhecimento humano seguro.

Alternativas
Comentários
  • pmal cfo 2021

  • pmal cfo 2021

  • Locke diz existir dois tipos de conhecimentos:

    1. Conhecimentos provenientes da experiência sensível: estes constituem apenas opiniões e crenças acerca do mundo natural. Não podemos ter um saber seguro do mundo natural.
    2. Conhecimentos demonstrativos ou dedutivos: provenientes do exercício da reflexão, quando encontramos relações entre nossas ideias, compreendendo o exercício da nossa própria mente, então geramos conhecimentos demonstrativos como a geometria. Estes são seguros e definitivos.

ID
1225807
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano 

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

A noção de ideia é um importante conceito para a filosofia de John Locke.

Alternativas
Comentários
  • Podemos errar essa questão uma vez que John Locke utiliza o termo ideia, também empregado por Descartes em seu racionalismo, mas com conceptualização diferente. Para Locke ideia se refere às representações em nossa mente fruto das experiências empíricas.


ID
1225810
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? 

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano 

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

Segundo Locke, não existe nada na mente humana que possa, de algum modo, conduzir ou auxiliar a produção de conhecimento.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Locke o conhecimento é adquirido, primeiro, pela experiência sensorial - a partir dos nossos sentidos conhecemos as coisas. 

    E a reflexão que após a experiência com o mundo empírico, pensamos, refletimos, duvidamos, cremos...

  • Em seu Ensaio sobre o entendimento humano, Locke faz uma espécie de mapeamento de como em nossa mente se produzem as ideias. As ideias derivam das sensações. Não existe pensamento puro sobre conceitos meramente inteligíveis, mas pensar é sempre pensar em algo recebido pelas sensações impresso em nossa mente. A experiência nada mais é do que a observação tanto dos objetos externos como das operações internas da mente. Pensamento não é formal, mas sim uma síntese entre forma e conteúdo derivados da experiência e limitados a esta. A experiência pode ser de dois tipos:

    1. Externa, da qual derivam as ideias simples de sensação (extensão, figura e movimento, etc.);

    2. Interna, da qual derivam as ideias simples de reflexão (dor, prazer, etc.).

    Dessa forma, Locke chama de qualidade o poder que as coisas têm de produzir as ideias em nós e distingue entre:

    • Qualidades primárias – são as qualidades reais dos corpos das quais as ideias correspondentes são cópias exatas;
    • Qualidades secundárias – são as possíveis combinações de ideias, sendo em parte subjetiva, de modo que as ideias delas não correspondam exatamente aos objetos (cor, sabor, odor, etc.).

    A mente, segundo Locke, tem tanto o poder de operar combinações entre as ideias simples formando ideias complexas, como o de separar as ideias umas das outras formando ideias gerais.

    São três os tipos de ideias complexas:

    1. Ideias de modo, que são afecções da substância;

    2. Ideias de substância, nascidas do costume de se supor um substrato em que subsistem algumas ideias simples, e

    3. Ideias de relações, que surgem do confronto que o intelecto institui entre as ideias.

    Locke admite também a ideia geral de substância, obtida por abstração e não nega a existência de substâncias, mas sim a capacidade humana de ter ideias claras e distintas. Conforme Locke, a essência real seria a estrutura das coisas, mas nós conhecemos apenas a essência nominal, que consiste no conjunto de qualidades que deve ter para ser chamada com determinado nome. Assim, a abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma parcialização de outras ideias complexas: o geral e o universal não pertencem à existência das coisas, mas são invenções do próprio intelecto que se referem apenas aos sinais das coisas, sejam palavras ou ideias.

    O conhecimento, então, consiste na percepção da conexão ou acordo (ou do desacordo e do contraste) entre nossas ideias


ID
1473454
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    O empirismo afirma que o conhecimento não é inato, as ideias não são inatas, mas que todo conhecimento vem da experiência, convivência.

  • As alternativas bc e d estão incorretas.  Em b o erro está ao afirmar que o empirismo nega a possibilidade de obtenção do conhecimento (para o empirismo o conhecimento é adquirido através da experiência). Já o modelo cartesiano se caracteriza pela defesa às ideias natas (item C errado). Em D há uma alusão ao inatismo (racionalismo), posição teórica oposta ao empirismo.
    Resp.: A

  • GABARITO: LETRA A

     

    Empirismo é uma teoria criada dentro da filosofia para afirmar a essência sensorial como parte do conhecimento. Os empiristas utilizam como argumento as tradições/costumes que surgem baseados nas relações de experiências sensoriais anteriores. Na filosofia, é a ciência que enfatiza evidências - principalmente pelo fato de se basear em experiências. 

     

    É considerada uma parte fundamental do método científico porque considera que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas em oposição às observações do mundo atual. Apesar de sensorial, o empirismo atua além do raciocínio à priori, da intuição ou da revelação.

     

    John Locke, considerado o 'pai' desta filosofia, explicitou em seu livro Ensaio sobre o Entendimento Humano, que a mente do homem pode se assemelhar a uma tabula rasa, onde ideias vão sendo gravadas por meio da experiência - e, então, o homem passa a formar sua opinião.

     

    Eis os filósofos associados ao empirismo:

    - Aristóteles;
    - Alhazen;
    - Avicena;
    - Ibn Tufail;
    - Robert Grosseteste;
    - Guilherme de Ockham;
    - Francis Bacon;
    - Thomas Hobbes;
    - Robert Boyle
    - John Locke
    - George Berkeley
    - Hermann von Helmholtz
    - David Hume
    - Leopold von Ranke
    - John Stuart Mill
    - Nicolau Maquiavel.

     

    FONTE: http://www.afilosofia.com.br/post/empirismo/593


ID
1586035
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicaram a obras que um único homem podia criar, e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com o suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas".

(J. J. Rousseau. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo, Abril Cultural, 1978)

A partir da análise do texto, assinale a alternativa correta.


Alternativas
Comentários
  • O gabarito do site está errado a resposta correta é a letra D.
  • Resposta é D, pois o próprio texto afirma que -desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro...-DESAPERECEU a igualdade, introduziu-se a propriedade-. 

  • ufa, pensei meu deus perdi uma questão dessa hahaha

     


ID
1586878
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

No século XVIII, vários filósofos europeus refletiram sobre o fundamento do poder dos reis e da aristocracia. Entre eles, se destaca Jean-Jacques Rousseau, para quem a organização social deveria abolir as leis que estabeleciam privilégios para alguns em detrimento de outros, uma vez que todos os homens, segundo ele, nasciam naturalmente iguais. Considerando as concepções políticas de Rousseau, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Partindo da teoria do Bom selvagem de Rosseau , os seres humanos , em seu estado de natureza, ou seja, o estado que tende à solidão , nascem iguais e livres , a partir do momento que ele entra no Estado Social ( socialização), tem de aparentar ser e não simplesmente ser; tornando-se, assim, um escravo das necessidades artificiais que o próprio convívio social criou.

    Daí parte a famosa frase : '' O Homem é Bom mas a Sociedade o Corrompe''

    Então, ao tentar tornar um ser social, o ser humano deixa seu estado de natureza, onde é bom, e virá mau.

    LETRA C

    APMBB


ID
1587124
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Jean-Jacques Rousseau publicou em 1755 o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Em dedicatória aos governantes de Genebra, afirma: 


      Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse, a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum; como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa, resulta que eu quisera nascer sob um governo democrático, sabiamente moderado.

      Eu quisera viver e morrer livre, isto é, de tal modo submetido às leis que nem eu nem ninguém pudesse sacudir o honroso jugo, esse jugo salutar e doce, que as cabeças mais altivas carregam tanto mais docilmente quanto são feitas para não carregar nenhum outro.

      Eu quisera, pois, que ninguém, no Estado, pudesse dizer-se acima da lei, e que ninguém, fora dele, pudesse impor alguma que o Estado fosse obrigado a reconhecer; de fato, qualquer que possa ser a constituição de um governo, se neste se encontra um só homem que não esteja submetido à lei, todos os outros ficam necessariamente à discrição deste último (...)

                                                                                                          (www.culturabrasil.org)

Com base no trecho, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Jean Jacques Rousseau ao ser questionado se teria como não existir mais desigualdade no mundo, ele afirmou: Não! Porém, far-se-á necessário que haja uma boa educação para as crianças para que não sejam corrompidas pelo Estado. E a única maneria para que haja paz, seria por meio de um contrato social, onde a vontade da maioria seria a vontade de todos.


    Gab.: C

  • Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse...

    Gab C) a liberdade só poderá ser efetivada pela obediência a leis comuns, que se apliquem indistintamente a todos os homens.


ID
1611172
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

                                                                            FILOSOFIA
Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:

“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.)

A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.       

Alternativas

ID
1623712
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Da concepção de Thomas Hobbes acerca do estado de natureza, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  •  

    No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza ondeo homem é o lobo do próprio homem, pois possuem um poder de violência ilimitado. (Minhas anotações Rs)

  • O homem não é mau por natureza, que fique claro. Ele apenas possui um desejo de perpetuar a vida. Entretanto, seu maior medo é, consequentemente, a morte. Devido a isso, o homem se antecipa e ataca a outrem para proteger esse seu direito; o outrem, no entanto, pensa do mesmo jeito, gerando um ciclo de guerra de todos contra todos.

  • Desculpa minha ignorância,mas não consegui entender qual alternativa é,tô em dúvida se acertei ou errei

  • Gab: A

    Resuminho sobre os três principais autores do contrato social:

    Thomas Hobbes:

    Natureza humana primitiva Ser humano egoísta: “o homem é lobo do próprio homem”;

    Estado de natureza- A guerra de todos contra todos;

    Contrato Social- Renúncia dos direitos individuais ao Estado em nome da paz civil;

    Propriedade privada- A propriedade pertence ao Soberano, mas concedida seu usufruto até o limite que o Estado determinasse.

    Deposição de governos- Possível se falhasse em garantir a paz civil;

    Tipos de regimes políticos- Monarquia, aristocracia, democracia;

    Regime político preferido- Indiferente, mas absolutista dentro de um Estado de Direito;

    Principal obra- O Leviatã (1651)

    John Locke: 

    Natureza humana primitiva Tábula rasa: ser humano nem é bom ou mal.

    Estado de natureza- Insegurança generalizada

    Contrato Social-  Renúncia parcial dos direitos individuais para o Estado atuar em serviço dos cidadãos.

    Propriedade privada-  Um direito natural.

    Deposição de governos- Possível se falhasse em garantir os direitos naturais.

    Tipos de regimes políticos-  Democracia, oligarquia, monarquia, Commonwealth

    Regime político preferido-  Democracia representativa (Commonwealth) com limitações de poderes.

    Principal obra-  Segundo Tratado sobre o Governo (1689)

     

    Jean-Jacques Rousseau:

    Natureza humana primitiva O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe;

    Estado de natureza- Individualismo improdutivo.

    Contrato Social-  Transferência dos poderes individuais para a vontade geral em contrapartida do benefício comum.

    Propriedade privada- Apropriação indevida, mas reconhecida socialmente.

    Deposição de governos- Permitido se violasse a vontade geral.

    Tipos de regimes políticos- Monarquia, aristocracia, democracia

    Regime político preferido- Democracia direta se o Estado for pequeno

    Principal obra- Sobre o Contrato Social (1762)

  •  

     03 expoentes da teria do JUSNATURALISMO CONTRATUAL (ao lado, suas palavras-chaves)

    HOBBES: garantir a SEGURANÇA

    LOCKE: garantir a PROPRIEDADE

    ROUSSEAU: garantir a LIBERDADE

     

    Todos eles entendem que o contrato é necessário e que o Estado é fruto de um pacto (contrato) que a sociedade faz. Mas eles justificam essa necessidade por motivos diferentes:

     

    1) HOBBES: na noção de igualdade material + perspectiva agressiva e egoísta do estado de natureza do homem = para conter essa agressividade = necessidade de um ESTADO ABSOLUTISTA.

    2) LOCKE: a noção de igualdade + estado natural do homem POLÍTICO + ESTADO LIBERAL.

     

    3) ROUSSEAU: noção de igualdade + perspectiva romântica do estado de natureza do homem + ESTADO SOCIAL (porque, ao contrário do LOCKE, Rousseau entende que o mal da sociedade veio com a ideia de propriedade - como uma fraude e que, não é o homem que precisa servir ao ESTADO LIBERAL, mas sim o ESTADO SOCIAL que deve servir ao homem) = BEM COMUM.

     

     

     

    DESTAQUE PARA THOMAS HOBBES

    Para Hobbes, o estado soberano é ABSOLUTISTA (estado forte que interfere na esfera privada) . Para Hobbes, é um Estado de liberdade irrestrita e de guerra, no qual os homens lesam, invadem, usurpam e prejudicam uns aos outros (não há controle racional do homem, nem estado idílico e bucólico de pleno deleite do estado de natureza) – homo homini lúpus = o homem é o lobo do próprio homem.

    Desse modo, Thomas Hobbes sustenta a necessidade de um pacto social para a preservação da paz e harmonia entre os homens, sob a autoridade de um soberano que está acima de todos. O Estado é criado a parti desse acordo de vontades (pacto), de forma que se inicia a vida civil (abolição da guerra e da impunidade) – o poder do soberano provém de um contrato entre os homens. O Estado fundamenta-se na razão e no poder soberano.

    Para Hobbes, apesar das leis da natureza, é necessário um poder que mantenha a SEGURANÇA. Resulta daí, para ele, a necessidade de que as leis naturais sejam concretizadas por meio do soberano, no Estado (Se quiser conservar sua vida, sua segurança, o homem precisa abdicar da sua liberdade em favor do soberano, que deve ter poder suficiente para manter a ordem social).

     

    a) CONTRATUALISTA na medida em que justifica o poder soberano no contrato social

    b) ILUMINISTA quando busca uma explicação racional negando a fundamentação metafísica do poder divino.

    c) JUSNATURALISTA ao afirmar que a força do Estado existe para proteger a vida em sociedade, que seria impossível no estado de natureza.

     

    Trata se de uma teoria que não serve ao ideal constitucionalista, mas sim ao antigo regime absolutista já que não propõe a limitação do poder Ao contrário, propõe o FORTALECIMENTO DA AUTORIDADE SOBERANA.

     

    CURSO PROF RICARDO MELO JUNIOR/DIREITO ECONÔMICO/GRANCURSOS


ID
1623715
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ao distinguir as diversas formas de governo, Rousseau (2012, p. 79) afirma que o “[...] Soberano pode, em primeiro lugar, confiar o Governo a todo o povo ou à maior parte do povo,de modo que haja mais cidadãos magistrados do que simples cidadãos individuais”.

Dessa citação de O Contrato Social, é correto afirmar que ela se refere à:

Alternativas
Comentários
  • Rousseau = democracia 

  • As ideias de Rousseau são consideradas fundamentos da democracia;

  • Para Rousseau, a única maneira de conciliar liberdade e igualdade com um governo é através da democracia. A razão para isso é a seguinte. Um governo em que todas as pessoas governam há igualdade. Uma cabeça, um voto é uma fórmula que expressa isso. Quer dizer, ao contrário de uma monarquia, em que apenas uma pessoa governa e todas as demais devem obedecer, numa democracia todas as pessoas governam, todas têm o mesmo poder político.

    Fonte: https://filosofianaescola.com/politica/a-democracia-para-rousseau/

  • Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade. O autor considerava ainda que o contrato social tem por finalidade:

    Estabelecer e garantir a vontade geral (relacionada, portanto, à democracia); e

    Legitimar a propriedade privada.

    Resposta: D


ID
1703341
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o trecho a seguir, retirado da obra Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, de Rosseau.

“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas próprias roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicavam a obras que um único homem podia criar e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem.”

Sobre o processo de passagem dos homens de seu Estado de Natureza para seu Estado Social apresentado no texto indicado, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Questões horríveis .


ID
1865470
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

As teorias contratualistas são aquelas segundo as quais “os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante um contrato social para constituir a sociedade civil."

(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.)  

São considerados filósofos contratualistas:  


Alternativas
Comentários
  • Resposta A

    -------------------------------

    André Alves 

    25 de Março de 2016, às 19h45

    Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um documento registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a origem do Estado. A ideia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. 

    Fonte: https://sites.google.com/site/aloisiofritzen/Home/fotos/filosofia-conteudos/tc_hobbes_locke_rousseau

    Graça e Paz

  • GAB: A

    Temos como os principais contratualistas modernos os filósofos Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. Cada pensador apresenta sua ideia de contrato social, apontando diferentes concepções de estado de natureza e diferentes motivos para que a humanidade aderisse ao pacto social.

    Desse modo, o objetivo da criação do Estado para Hobbes é preservar a vida, é deixar de viver sob o constante medo, para Locke é preservar a propriedade que já existe desde o estado de natureza, e para Rousseau é preservara liberdade civil.

  • Apesar das distinções entre as teorias contratualistas, alguns pontos em comum podem ser definidos:

    • Os seres humanos em estado de natureza são compreendidos como livres e iguais.
    • Alguns fatores levam os indivíduos a abandonarem a liberdade natural e firmarem o contrato social.
    • O contrato social dá origem à sociedade.
    • No contrato social, a liberdade natural é substituída pela liberdade civil.
    • O surgimento do Estado submete os indivíduos a um poder maior que se manifesta através das leis.
    • As leis representam a ordem social, impõem limites aos indivíduos que visam a regulação das interações sociais.


ID
2063308
Banca
IF-SC
Órgão
IF-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito dos contratualistas, associe os pensadores da coluna da esquerda às características expostas na coluna da direita.

(1) Thomas Hobbes

(2) Jean-Jacques Rousseau

(3) John Locke

( ) Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

( ) O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

( ) A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes: A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

    Jean-Jacques Rousseau: O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

    John Locke: Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

  • Locke era um representante da burguesia, sempre querendo a liberdade do povo juntamente com o direito natural da propriedade. Rousseau expressa em seu Contrato Social a vontade geral como sendo a vontade de todas pessoas, não determinadas classes como é em Locke. Hobbes expõe que é necessário um poder uno que governo à todos, para garantir a segurança.

  • A correlação correta é a seguinte:

    John Locke: Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

    Jean-Jacques Rousseau: O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

    Thomas Hobbes: A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

    Resposta: C


ID
2172751
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

No século XVIII, vários filósofos europeus refletiram sobre o fundamento do poder dos reis e da aristocracia. Entre eles, se destaca Jean-Jacques Rousseau, para quem a organização social deveria abolir as leis que estabeleciam privilégios para alguns em detrimento de outros, uma vez que todos os homens, segundo ele, nasciam naturalmente iguais. Considerando as concepções políticas de Rousseau, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Jean Jacques Rousseau, filósofo suíço (1712-1778), em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicado em 1755, cita as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos.

    Tomando como base os primeiros homens, Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos.

    Segundo Rousseau, os primitivos deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Findada tal necessidade, os primitivos seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse.

    Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter, além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi-se aperfeiçoando, até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir a idéia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoas.

    Essa noção de propriedade criou nos primitivos a idéia de acumulação de bens e, conseqüentemente, superioridade frente aos demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo e, posteriormente, entre cidades e nações.

    Outra novidade nesse progresso mental foi a noção de família, que com o tempo, levou homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. Essa moderação no comportamento, fez emergir a fragilidade perante a natureza e os animais, mas trouxe como compensação e noção de grupo, que transmitia maior poder de resistência do que o indivíduo isoladamente. O amor conjugal e o fraternal surgem nesse momento, segundo Rousseau.

    Entretanto, a facilidade da vida em grupo trouxe outro problema: a ociosidade e a busca por algo que desse sentido a vida, além do trabalho. Assim, o lazer se instituiu, porém, com o passar do tempo, o que era comodidade passou a ser visto como necessidade e novos conflitos surgiram, fazendo com que o homem ficasse mais infeliz pela privação das comodidades, do que feliz de possuí-las.

    Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

     

    https://www.infoescola.com/filosofia/rousseau-e-a-desigualdade-entre-os-homens/

  • Rousseau dizia que a partir do momento que a convenção social, a crença por parte de um grupo, que a propriedade privada pertencia à alguém, se deu início às desigualdades e aos problemas posteriores. Logo,

    Gab. C


ID
2193247
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o enunciado abaixo:
[...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.

Assinale a alternativa que apresenta o fundamento natural da propriedade privada segundo Locke. 

Alternativas

ID
2233306
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.

(HOBBES, Leviatã, I, XIII. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.)


De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra b.

     

  • Hobbes acreditava em um "estado de natureza", nesse estado o homem compete por comodidade e prazer, por tal competição ele não hesita em prejudicar terceiros, com isso o estado de natureza se torna um estado de guerra generalizada de todos contra todos. Desse modo, a única maneira de cessar esse estado de guerra é a presença de um estado que possua poder absoluto, para garantir a segurança e a liberdade de cada indivíduo.

  • O homem PAra Hobbes é mau por natureza. Hobbes Defendia o fato de que nao poderia existir a liberdade plena do homem + homem é o lobo do homem, pois isso geraria o caos. Para isso foi necessario a existencia de um contrato para a proteçao da vida, sendo necessario mexer na liberdade plena do homem. É elegido um representante (monarca) que vai ser o guardião das leis, o Estado. 

  • Para Hobbes, enquando não existisse um Estado que governasse e ditasse as normas a serem seguidas pelo povo não haveria justiça, pois não nesse caso não existiria um poder para dizer o que é justo e o que não é.


ID
2236399
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam entre si a fé e as regras da justiça.

LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).

De acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção

Alternativas
Comentários
  • John Locke (1632 - 1704) é considerado o pai do liberalismo clássico por suas concepções filosóficas acerca do Estado e sua função junto à sociedade. Locke concebia, ao invés de súditos, cidadãos, proprietários de bens e direitos naturais que se reuniam em sociedade e, através de um juiz imparcial, delegavam seus conflitos para a justiça. Essa vida em sociedade sob um Estado organizador e mediador de conflitos configura um contrato social entre a sociedade e o soberano que, em Locke deixa de estar vinculado à figura do Rei. Porém este pacto somente poderia funcionar se os homens reconhecessem unanimemente alguns princípios morais. Tais princípios formam a base daquilo que Locke denominou de direitos naturais do homem apoiado em leis universais. Seria um direito inato, que existiria anterior ao homem, mas que estaria presente em todos e que, por isso, seria universal. Estas leis universais Locke argumenta por sua existência através da necessidade, pois sem elas não haveria certo ou errado, bom ou mal, ou seja, não haveria justiça. A existência das leis universais e dos direitos naturais do homem foi o que permitiu então a existência do Contrato Social.

    A letra A está errada, pois Locke não concebe a justiça como um conceito de seleção para a vida em sociedade, mas para mediar os conflitos daí decorridos.

    A letra C está errada pois não é ela quem determina os conjuntos de regras que formam a sociedade em Locke, mas sim resultado das regras que formaram a sociedade, como os direitos naturais do homem.

    A letra D pode confundir muita gente devido à noção de certo e errado que pode equivaler à própria concepção de justiça, porém, para Locke, essas noções são anteriores, oriundas das leis universais compartilhadas pelos homens. A justiça é fruto dessas concepções a partir do momento que estes homens passam a se organizarem em coletivo com o fim de garantir seus bens e sua vida. Daí surgem o Contrato Social e Estado Moderno do qual a justiça é parte. 

    A letra E pode confundir ao jogar com a definição de democracia tendo em vista que comumente se confunde justiça com a opinião da maioria, o que nem sempre é verdade e muitas vezes pode, na verdade, culminar em justiçamentos. 

    A resposta, portanto, é letra B, pois Locke, pensador da burguesia, ou seja, do homem proprietário de bens, estava preocupado em como uma sociedade mantinha sua ordem e equilíbrio social. As bases do Contrato Social, do Estado e da justiça estariam nas leis universais, concepções inatas e presentes mesmo entre aqueles que se afastaram da humanidade. É esta universalidade que empresta legitimidade à justiça entre os coletivos e, por fim, desempenha o papel de ordenamento e equilíbrio.

    Gabarito: Letra B.


  • B

    Locke, pensador do século XVII, é um filósofo contratualista e, portanto, postulava um “estado de natureza” original em que não haveria nenhuma autoridade política e argumentava que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para estabelecer um governo comum, capaz de manter a ordem e o equilíbrio social, sendo fundamental a construção e o estabelecimento da noção clara de justiça.

    http://simulado-x.blogspot.com.br/2017/02/enem-2016-questao_67.html

  • É nós, IF!!

  • Aparentemente essa questão foi transcrita de forma incorreta. Esta faltando uma vírgula em algum lugar.
  • foi transcrita errada não, é assim mesmo ;-;. Para Locke, até a mais precária coletividade precisa ter uma noção de justiça para se nortear, pois sem ela não seria possível instaurar qualquer tipo de ordem.

  • CDPF

    John Locke (1632 - 1704) é considerado o pai do liberalismo clássico por suas concepções filosóficas acerca do Estado e sua função junto à sociedade. Locke concebia, ao invés de súditos, cidadãos, proprietários de bens e direitos naturais que se reuniam em sociedade e, através de um juiz imparcial, delegavam seus conflitos para a justiça. Essa vida em sociedade sob um Estado organizador e mediador de conflitos configura um contrato social entre a sociedade e o soberano que, em Locke deixa de estar vinculado à figura do Rei. Porém este pacto somente poderia funcionar se os homens reconhecessem unanimemente alguns princípios morais. Tais princípios formam a base daquilo que Locke denominou de direitos naturais do homem apoiado em leis universais. Seria um direito inato, que existiria anterior ao homem, mas que estaria presente em todos e que, por isso, seria universal. Estas leis universais Locke argumenta por sua existência através da necessidade, pois sem elas não haveria certo ou errado, bom ou mal, ou seja, não haveria justiça. A existência das leis universais e dos direitos naturais do homem foi o que permitiu então a existência do Contrato Social.

    A letra A está errada, pois Locke não concebe a justiça como um conceito de seleção para a vida em sociedade, mas para mediar os conflitos daí decorridos. 

    A letra C está errada pois não é ela quem determina os conjuntos de regras que formam a sociedade em Locke, mas sim resultado das regras que formaram a sociedade, como os direitos naturais do homem. 

    A letra D pode confundir muita gente devido à noção de certo e errado que pode equivaler à própria concepção de justiça, porém, para Locke, essas noções são anteriores, oriundas das leis universais compartilhadas pelos homens. A justiça é fruto dessas concepções a partir do momento que estes homens passam a se organizarem em coletivo com o fim de garantir seus bens e sua vida. Daí surgem o Contrato Social e Estado Moderno do qual a justiça é parte. 

    A letra E pode confundir ao jogar com a definição de democracia tendo em vista que comumente se confunde justiça com a opinião da maioria, o que nem sempre é verdade e muitas vezes pode, na verdade, culminar em justiçamentos. 

    A resposta, portanto, é letra B, pois Locke, pensador da burguesia, ou seja, do homem proprietário de bens, estava preocupado em como uma sociedade mantinha sua ordem e equilíbrio social. As bases do Contrato Social, do Estado e da justiça estariam nas leis universais, concepções inatas e presentes mesmo entre aqueles que se afastaram da humanidade. É esta universalidade que empresta legitimidade à justiça entre os coletivos e, por fim, desempenha o papel de ordenamento e equilíbrio.

  • Letra B

    Para Locke, ate a mais precária coletividade precisa ter uma noção de justiça para se nortear, pois sem ela nao seria possível instaurar qualquer tipo de ordem.


ID
2236459
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I

Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.

HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

TEXTO II

Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil . Petrópolis: Vozes, 1994.

Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.

    Gabarito: Letra A.


  • Créditos para Eric Sousa

    Resposta A

    A chave para entendermos Hobbes, é o que ele diz a respeito ao estado de natureza. Como sabemos, Hobbes é um contratualista. Ou seja, antes de firmarem um contrato, os homens, viveriam em um estado de guerra. E só depois desse contrato, o homem, poderia viver em paz. Para ele, o homem em sua natureza é propício à guerra por causa da sua desconfiança em relação aos outros e também por se achar superior aos outros.

  • "O homem é o lobo do homem" T.Hobbes

  • Letra A

    Se baseando em Hobbes, no Estado de Natureza existem conflitos constantes, " o homem era lobo do próprio homem".

  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.


ID
2244499
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Na abertura do “Discurso sobre a Origem e os fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, Rousseau, dirigindo-se aos soberanos, senhores de Genebra, diz considerar-se um felizardo. Por quê? Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • gabarito:

    b) Por haver nascido entre vós e poder meditar sobre a igualdade que a natureza instalou entre os homens e sobre a desigualdade de que eles instituíram.

  • Letra B) Por haver nascido entre vós e poder meditar sobre a igualdade que a natureza instalou entre os homens e sobre a desigualdade de que eles instituíram.

    Traz a ideia que Rousseau defende: O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.

  • EU ESTAVA EM DUVIDA ENTRE C OU B , MAIS A C VENEZA É UMA SOCIEDADE E LOGO POSSUI , PROPRIEDADES PRIVADAS, ROUSSEOU E CONTRA A PROPRIEDADE PRIVADA E A FAVOR DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ELE ESTÁ SENDO GRADO PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO QUE É CONCEDIDA A ELE...


ID
2569267
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O pensamento de Rousseau é muitas vezes entendido como radical no que se refere à sua visão de democracia porque

Alternativas
Comentários
  • Letra a: errada. Rousseau propôs o que seria a base do socialismo, a anulação da propriedade privada, mas ele mesmo não foi socialista, pois o movimento nem existia.

    Letra b: errada. Ele propõe o voto direto para as decisões; ele propõe uma democracia direta. No caso de um voto em um representante, teríamos a democracia indireta.

    Letra c: correta. Ele critica todo sistema representativo, ou seja, o indivíduo deve deliberar politicamente e votar em relação às decisões política. Por isso, ao votar, ao decidir o caminho da nação, o indivíduo é livre.

    Letra d: errada. Ele é contra esse tipo de Estado autoritário que perpetua as injustiças sociais.

    Letra e: errada. Locke era anterior a Rousseau e já tinha defendido o voto feminino. Mas, por esse ponto de vista, essa questão seria “decoreba”. A melhor maneira de você perceber que essa alternativa não é apropriada é lendo novamente o enunciado. A defesa do voto das mulheres não é uma postura totalmente radical. 

    Bons estudos!

  • Sufrágio universal


ID
2632369
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A importância do argumento de Hobbes está em parte no fato de que ele se ampara em suposições bastante plausíveis sobre as condições normais da vida humana. Para exemplificar: o argumento não supõe que todos sejam de fato movidos por orgulho e vaidade para buscar o domínio sobre os outros; essa seria uma suposição discutível que possibilitaria a conclusão pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O que torna o argumento assustador e lhe atribui importância e força dramática é que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as mais agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas nesse tipo de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra.

RAWLS, J. Conferências sobre a história dafilosofia política. São Paulo:WMF, 2012 (adaptado).


O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida como

Alternativas
Comentários
  • vontade geral. = Rousseau 

    microfísica do poder. = Foucaulte

    alienação ideológica. = Karl Marx

    estado de natureza. e contrato social. = Hobbes, só q no caso no texto fala da premissa do estado de natureza postulado por Hobbes... como nos trexos " buscar o domínio sobre os outros" e " estado de guerra"... no estado de natureza o homem se considera superior e mais fortes q os outros, possuindo violecia ilimitada, resultando em um estado de guerra na sociedade.

  • melhor professor!

  • Gabarito C

    Atente-se o que a questão pede "apresenta uma concepção de filosofia política conhecida como" Logo, a filosofia política de Hobbes é a condição original/estado de natureza que é o pilar.

  • "O que torna o argumento assustador e lhe atribui importância e força dramática é que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as mais agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas nesse tipo de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra" ESSE estado de guerra se baseia na ideia de que o homem em seu estado de natureza é violento, logo sem o estado e sem o contrato social estaríamos a mercê de guerras e disputas continuas.

    A "concepção de filosofia política" a qual ele se remete é o do "ESTADO DE NATUREZA" QUE É TAMBÉM SINONIMO PARA HOBBES DE "ESTADO DE GUERRA". Lembre-se o texto não se fala de contrato social, logo essa não é a concepção retratada.


ID
2663722
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela.
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978.

Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve

Alternativas
Comentários
  • Estado de natureza de Hobbes = Um contra os outros.

  • Para Locke,o estado de natureza era marcado pela insegurança jurídica,não haviam posses,nem propriedade privada,por isso os homem poderiam ser expulsos ou morrer por questão de territórios a qualquer momento.

    A formação da sociedade acabou com essas brigas,a formação da justiça foi muito importante para manter a estabilidade,a fim de limitar os interesses do outro e prezar pela manutenção dos direitos naturais,logo,a sociedade surgiu com suas normas para justamente delimitar o que é de um ou de outro,e quais são os meus direitos e deveres.

     

    R=Letra "D"

  • "A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer [...] se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade [...]"

  • LEIAM JOHN LOCKE, NÃO IRÃO SE ARREPENDER!

  • Para solucionar este vazio de poder, os homens vão concordar, livremente, em se constituir numa sociedade política organizada.

    O homem poderá influir diretamente nas decisões políticas da sociedade civil seja através do exercício da democracia direta ou delegando a outra pessoa seu poder de decisão. Este é o caso da democracia representativa, na qual os cidadãos elegem seus representantes.

    Por sua parte, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a propriedade privada.

  • O contratualismo consiste em abrir mão da liberdade individual em prol de direitos inalienáveis. ( Para quem marcou alternativa b)

  • GABARITO==> D)-

    ---Comentário---

    A maioria dos erros foi devido a leitura e a busca rápidas do texto base e das alternativas que se enquadravam nas ideias comumente conhecidas de John Locke. Aqueles direitos a "propriedade, vida e liberdade, direitos inalienáveis e reclusos de qualquer privação" poderiam entrar em consonância com a alternativa A, que está incorreta. Conquanto, a leitura minuciosa do material fornecido pela banca traria a verdadeira resposta. Em suma, vem a alternativa D como correta, seguindo o seguinte trecho: " a maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras"


ID
2750896
Banca
SEDUC - CE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto abaixo.


“Para os filósofos ditos ‘contratualistas’, a origem da sociedade e do Estado baseia-se num contrato firmado entre os homens. Em decorrência, descarta-se a hipótese de que o homem é um ser social por natureza e aproxima-se do fato de que a vida em sociedade aparece como uma decorrência do desejo humano de autopreservação, algo, portanto, artificial” [...].

OLIVEIRA, Flávio; BORGES, Thiago. Unidos venceremos: Mas acabaremos com o medo? Ciência e vida – Filosofia. São Paulo. Lafonte Editora, 2013. N. 89. p. 22. Fragmento.


Esse texto evidencia que o contrato social firma um acordo entre os seres humanos, a fim de que eles vivam em sociedade. Compartilham dessa concepção, os seguintes filósofos “contratualistas”:

Alternativas
Comentários
  • CONTRATO SOCIAL = ROSSEAU E HOBBES

  • Os principais representantes do contratualismo são os seguintes filósofos, que viveram entre os séculos XVI e XVIII:

    ·        Thomas Hobbes (inglês);

    ·        John Locke (inglês); e

    ·        Jean Jacques Rousseau (francês).

    Resposta: B


ID
2769433
Banca
CONSULPLAN
Órgão
SEDUC-PA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sobre a filosofia de Thomas Hobbes, analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Foi altamente influenciado pela filosofia aristotélica e pela escolástica.
( ) Tentou explicar toda a realidade com base em apenas dois elementos: o corpo e o movimento.
( ) Os pressupostos que constituem a base da construção da sociedade e do Estado de Hobbes são fundamentalmente dois. Em primeiro lugar admite que, embora todos os bens sejam relativos, há, porém, entre eles um bem primeiro e originário, que constitui a vida e a sua conservação. Em segundo lugar, ele nega que existam justiça e injustiça naturais, já que, não existem valores absolutos, sustentando que os valores são frutos de convenções estabelecidas por nós mesmos e que, portanto, são cognoscíveis de modo perfeito e a priori, juntamente com tudo que delas deriva.
( ) O egoísmo e o convencionalismo são os pontos cardeais da nova ciência política, que, segundo Hobbes, pode se desdobrar como sistema dedutivo perfeito, assim como o da geometria euclidiana.

A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Gab A) F V V V

    I - O pensador foi influenciado por Francis Bacon, filósofo para o qual Hobbes trabalhou como assistente durante algum tempo.

    II - No período da história humana conhecido por idade moderna, que se inicia com o Renascimento, é muito comum a pesquisa e o desenvolvimento do termo “representação” em vários aspectos, tais como os epistemológicos, políticos e religiosos. Um dos primeiros a conceber um sistema de representação foi o inglês Thomas Hobbes.

    Diferente de Maquiavel, Hobbes considera a mecânica (estudo do movimento na ciência natural ou física) como modelo para sua psicologia e também para sua sociologia. Ele parte do conceito de indivíduos isolados, como átomos (que são corpos inorgânicos imutáveis e eternos) e faz a analogia com os homens no estado real de natureza. É essa analogia que pode explicar as alterações sociais.

    III - Idem item II

    IV - Levando seus princípios para a análise política e social, Hobbes discorda da posição aristotélica que diz que o homem é um animal político. Hobbes acredita que cada homem é diferente do outro e que a vida social é definida pelo egoísmo dessa diferença e pela convenção da convivência em grupo. O Estado em que esses indivíduos vivem não é algo natural, mas artificial, criado por esses indivíduos para alcançar da melhor forma seus objetivos egoístas.


ID
2769448
Banca
CONSULPLAN
Órgão
SEDUC-PA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sobre John Locke, analise as afirmativas a seguir.

I. Não pretendeu transformar o discurso do cristianismo em discurso racional: para ele, fé e razão constituem âmbitos diferentes.
II. As leis, às quais os homens comumente referem as suas ações, são de três tipos diversos: as leis divinas; as leis civis; e, as leis da opinião pública ou reputação.
III. O empirismo lockiano possui bases na tradição empirista inglesa e, por isso, se opõe às ideias cartesianas de tal modo a produzir antagonismo.

A respeito de John Locke está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Entende que existe a lei natural, mas que além dessa existe a lei positiva. As lei naturais não são inatas aos homens, elas podem ser facilmente entendidas pelo uso da razão.

    O empirismo de Locke era baseado no empirismo britânico.


ID
2769469
Banca
CONSULPLAN
Órgão
SEDUC-PA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi o mais popular dos filósofos que participaram do Iluminismo, movimento intelectual do século XVIII. Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Em sua obra mais importante, ‘O Contrato Social’, desenvolveu sua concepção de que a soberania reside no povo.”
(Disponível em: www.ebiografia.com.)

Analise as afirmativas a seguir.

I. “Há, às vezes, diferença entre a vontade de todos e a vontade geral: esta só atende ao interesse comum, enquanto a outra olha o interesse privado, e não é senão uma soma das vontades particulares. Porém, tirando estas mesmas vontades, que se destroem entre si, resta como soma dessas diferenças a vontade geral.”
(Rousseau, 1980:32.)

PORQUE

II. Voltaire era um autor pró-clerical, e se dedicou a muitas causas pelo poder da Igreja e contra os abusos do fanatismo. Ele escreveu muito contra a superstição e o que era então chamado de entusiasmo, compreendido como a convicção de sentir-se imbuído de Deus ou de tarefas atribuídas por Ele. Apesar disso, Voltaire não era ateu. Por toda a sua vida e nos mais diversos escritos, ele afirmou a existência de Deus, que sempre lhe pareceu ser a crença mais razoável, e parte de sua produção filosófica pode ser compreendida a partir de questionamentos de caráter religioso.”
(Disponível em: www.gazetadopovo.com.br.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Voltaire não era pró-clerical.


ID
2772988
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Com relação à noção de estado de natureza, que é o estado em que os seres humanos se achavam antes da formação da sociedade, podem-se identificar, na filosofia política moderna, três tendências:

1. Os seres humanos são naturalmente egoístas e, no estado de natureza, se achavam numa guerra de todos contra todos daí que, por medo uns dos outros, aceitam renunciar à liberdade e constituir um Soberano, o estado, que garanta a paz.
2. Não é por medo uns dos outros, e sim para garantir o direito à propriedade e à segurança que os seres humanos consentem em criar uma autoridade que possa tornar isso possível.
3. No estado de natureza, os seres humanos eram felizes e foi o advento da propriedade privada e da sociedade civil que tornou alguns escravos de outros.

Podem-se atribuir essas três concepções, respectivamente, a

Alternativas
Comentários
  • O objeto da questão é a teoria dos contratualistas. O primeiro trecho apresenta justamente o conceito hobbesiano de estado de natureza, qual seja, um estado de guerra de uns contra os outros, e que pelo medo da morte violenta, abrem mão da liberdade natural em troca da proteção de suas vidas. O segundo trecho refere-se ao estado natural de John Locke, que defende que os indivíduos deixam seu estado natural para ingressarem em sociedade civil para proteger a sua propriedade privada. Já para Rousseau, o homem natural é um bom selvagem, nasce bom, mas a sociedade o corrompe com o advento da propriedade privada. Assim, a sequência adequada das teorias apresentadas pelos filósofos encontra-se na alternativa “B”.

    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://nacionalonline.nacionalnet.com.br/servicos/coberturas/..%255C..%255CResolvidos%255CQuest%25E3o%2520007%2520%2528Resolvida%2529%252028637.pdf&ved=2ahUKEwjpx-LAxaLpAhWYLLkGHaOjC6sQFjAAegQIAxAB&usg=AOvVaw26-AcEtszrO3O2Zju4ccg_


ID
2773327
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em uma situação hipotética da saída dos homens do estado de natureza, o pacto social, firmado por um grupo de indivíduos, implica a renúncia ao direito individual absoluto, o qual será transferido para um soberano encarregado de promover a paz, e que merecerá desse grupo a obediência total – salvo na situação em que esse soberano se tornar impotente para a manutenção da paz e da prosperidade.
Essas afirmações estão contidas no pensamento político de um filósofo contratualista moderno.
Assinale a alternativa que nomeia o filósofo em questão.

Alternativas
Comentários
  • O estado hipotético de natureza em que os indivíduos transferem sua liberdades naturais (individuais) à figura do Soberano (liberdade civil), consiste na elaboração na ideia de Estado justificada pelo filósofo inglês Thomas Hobbes. A figura do Soberano é ponto central do contratualismo hobbesiano. O pacto social, ou civil, tem por objetivo a manutenção da paz e da segurança no Estado Civil. Contrariamente ás definições de Rousseau, que baseia-se no Pacto Social da Vontade Soberana (Povo), em que a vontade da maioria é geral, e Locke que tem por justificação do Estado e da passagem do Estado de Natureza a este dá pela possibilidade da liberdade civil baseada na proteção da propriedade privada e direito de conservação dos bens (própria vida). Já, para Jean Bodin, o Estado justifica-se na existência do direito, além de ser um defensor do absolutismo dos reis, baseado no direito divino. Por isso, a resposta correta é a que está contida na alternativa “D”, pois a teoria apresentada diz respeito as colocações hobbesianas.

    Fonte: Nacionalonline


ID
2801188
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, o homem é bom, livre e feliz no estado de natureza. Os vícios e a corrupção resultam da vida em sociedade. É na sociedade que os homens adquirem sentimento de inveja, cobiça e ódio entre seus semelhantes. Para que o homem viva conforme sua natureza boa, livre e feliz, Rousseau defende

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B)

    Rousseau, o último dos 3 grandes contratualistas, é dono da seguinte frase: " O Homem nasce bom, e a sociedade o corrompe". Rousseau aborda na sua obra Emílio como a educação deveria seguir para que o indíviduo tomasse um caminho certo em relação a sociedade.

  • LETRA B

    Entendia que o homem selvagem era bom e a sociedade que o corrompe.

    Ideia do contrato social para a preservação do Estado natural.

  • De acordo com Rousseau, a sociedade se corrompeu a partir da criação da propriedade privada e seria impossível retornar ao estado de natureza. O mais próximo que seria possível chegar é com a educação das crianças para tentar estabilizar o estado de natureza.

    Gabarito: Letra B


ID
2829445
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Relacione corretamente as frases apresentadas a seguir com os respectivos autores, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I.

Coluna I

1. Realidade é um processo histórico.
2. Penso logo existo.
3. Proletários de todo mundo, uni-vos!
4. O homem nasce livre e por toda parte está acorrentado.

Coluna II

( ) Descartes
( ) Hegel
( ) Rousseau
( ) Marx

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    A frase Pensologo existo, conhecida por sua forma em latim Cogito, ergo sum, é uma frase do filósofo francês René Descartes.

    Hegel: a realidade como um processo histórico.

    O homem nasce livre e por toda parte está acorrentado - Rousseau

    Proletários de todo mundo, uni-vos -  Marx 


ID
2842294
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I


Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção.

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.


TEXTO II


Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano.

ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado).


Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma

Alternativas
Comentários
  • Os dois textos abordam sobre o comportamento do homem. A "condição original" que o levou a ser mau ou bom (Apesar do segundo texto apresentar mais um complemento ao primeiro ele ainda aborda a temática explorando outra visão da de Hobbes).

  • Letra D

    A condição original do Homem estar sedo o foco nos dois textos

    A questao demonstra a contraposição de Hobbes e Rosseau sobre o estado da natureza do homem. Apesar de cada um dos autores defender propostas distintas sobre a condição original do homem, concordam que seria um estado de liberdade.

  • Condição Original = Estado de Natureza. Estado de Natureza é o pilar para as teorias dos Contratualistas Hobbes,Lock e Rosseau.

  • Tema: Semelhança das ideias entre os contratualistas.

    • O ser humano no seu estado de natureza são compreendidos como livres e iguais.

    • O contrato social da origem à sociedade.

    • As leis representam a ordem social.

  • Gabarito D

    As diferenças entre as teorias contratualistas eram sobre a condição do homem no estado de natureza/condição original. Cada teórico pensava de uma forma diferente sobre como vivia o homem sem o Estado e porque ele assinou o contrato social.

    → Hobbes → para acabar com as guerras era preciso acabar com as injustiças, pois quando homens queriam a mesma coisa resultava em guerras. Era preciso do Estado para garantir o controle e segurança.

    → Locke → os homens acabam entrando em disputa por seus interesses, principalmente sobre a propriedade. Tendo que o Estado garantir o direito à propriedade.

    → Rousseau → o homem era naturalmente bom, mas o convívio social acabava o corrompendo. Assim, o Estado deveria reduzir desigualdades e promover a liberdade civil com através da vontade geral.


ID
2853640
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia atentamente o seguinte excerto:


“A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar submetido a nenhum outro poder legislativo senão àquele estabelecido no corpo político mediante consentimento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a restrição de qualquer lei afora as que promulgar o poder legislativo, segundo o encargo a este confiado”.

LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado.


Considerando a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke, atente para as seguintes afirmações:


I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke elimina totalmente o direito de cada um de agir conforme a sua vontade.

II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver sob a restrição das leis promulgadas pelo poder legislativo.

III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver segundo uma regra permanente e comum que todos devem obedecer.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • O John locke é mais liberal em questão dos direitos sócias em relação ao thomas hobbes que se encaixa na afirmativa número I.

    LETRA C

  • O possível problema da Afirmativa I, pode ser a de dar atenção a esses marcadores linguísticos: "elimina totalmente". O texto e as afirmativas podem levar a pensar que todas estão certas, porém essa afirmativa I apresenta-se equivocada, tanto pela negação da liberdade individual, quanto pelo marcador linguístico absoluto.

  • Eles fazem um contrato, trocando sua liberdade pelo direitos naturais

  • A afirmação III pode não ser condizente com o pensamento de locke, já que esse defendia abertamente a escravização de negros africanos e genocídio de povos indígenas, assim não seriam "todos os homens"


ID
2869621
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Concepções filosóficas sobre a natureza humana divergiram muito entre filósofos da era moderna. Para Thomas Hobbes, o ser humano é naturalmente egoísta, preocupando-se apenas consigo mesmo. Para Jean Jacques Rousseau, por outro lado, o ser humano é naturalmente bom. Considerando estas duas perspectivas diversas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • D) Na perspectiva de Rousseau, a vida em sociedade corrompe a natureza humana.

  • Estado de Natureza: O Homem é bom, mas a sociedade o corrompe. E em decorrência de seus vícios, não consegue chegar a perfectibilidade.

  • Na perspectiva de Rousseau, a vida em sociedade corrompe a natureza humana. Essa ideia é expressa por ele no conceito de Desigualdade. Rosseau criticava-a e buscava o conhecimento para afirmar que ela é o mal dentro da sociedade.

    A sua obra o contrato social evidencia muito bem isso !

    APMBB

  • Rousseau colocava a desigualdade simbolizada como propriedade privada. Ele acreditava que o Ser Humano era corrompido pela sociedade e pela vontade de superar o outro. Sendo assim, D) a vida em sociedade, corrompe a natureza humana, justamente pelo egoísmo e um querer superar o outro.

    APMBB! uma vaga é minha! :)

  • O ser humano, segundo o filósofo Jusnaturalista Rousseau, ao adentrar no convívio social, tem de aparentar ser, usar máscaras em prol do ''bom convívio'', infere-se que de certa forma o ser humano, fora da sociedade, não tem propensão de fazer o mal.

    LETRA D

    APMBB

  • GABARITO - D

    Rousseau defendia o estado natureza, diferentemente da maioria dos filósofos que acreditavam no corrompimento do homem pelo mesmo.

    CAVEIRA!

  • Rick, nos veremos no dia da posse! Eu creio!

    Rodrigo Lima aq!


ID
2912296
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir.


Por que só o homem é suscetível de tornar-se imbecil? [...] O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. Lourdes Santos Machado, 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 259.


Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil, propriedade e natureza humana no pensamento de Rousseau, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B - Segundo Rousseau o sistema de propriedade privada é a causa da dominação entre os homens.

  • Segundo Rousseau, como visto acima, os homens exercem naturalmente seus instintos, não sendo nem bom nem mau, mas um ser amoral. Isto significa que na natureza os homens não se agridem mutuamente sem uma motivação, mas apenas por legítima defesa. Além do mais, a desigualdade surge quando alguém cerca um lote de terra e diz “isto é meu”. Em razão disso, outros homens são levados a fazer a mesma coisa e se reúnem ou associam-se para poder usufruir daquilo que a terra pode lhes oferecer. Mas com isso também se cria um modo de sobrevivência organizada que exclui grande parte dos homens dos benefícios da natureza. Agora, desprovido do seu alimento e de sua liberdade, por causa da instituição da propriedade privada, o homem torna-se subordinado daqueles que a detém. A propriedade faz perder a liberdade natural.

    Cabe, então, restaurar o mínimo de liberdade ao homem civilizado. Em sociedade, há vícios que o distanciam de sua natureza e repensar o modelo natural é um modo de aproximá-los novamente. Com isso, pensa-se no Contrato, não para voltar ao estado natural, o que Rousseau acredita ser impossível, mas para tentar diminuir as desigualdades entre os homens após o arbítrio da instituição da propriedade. A natureza fez o homem livre. Mas a sociedade existe, “o homem nasceu livre e por toda parte se vê agrilhoado”. Ao injusto contrato em que o forte subjuga o fraco, é preciso substituir por um novo contrato que assegure a cada cidadão a proteção da comunidade e lhe permita vantagens da liberdade e da igualdade. Enquanto alguns filósofos estudaram as formas históricas de governo, Rousseau meditou sobre o que deve ser uma sociedade justa e, ao colocar seus princípios absolutos (liberdade e igualdade natural), tirou daí suas conclusões de valor universal, que inspiraram a Revolução Francesa.

    Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/rousseau-desigualdade-contrato.htm


ID
2912302
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir.


Por conseguinte, todo homem, ao consentir com outros em formar um único corpo político sob um governo único, assume a obrigação, perante todos os membros dessa sociedade, de submeter-se à determinação da maioria e acatar a decisão desta. Do contrário, esse pacto original, pelo qual ele, juntamente com outros, se incorpora a uma sociedade, não teria nenhum significado e não seria pacto algum, caso ele fosse deixado livre e sob nenhum outro vínculo além dos que tinha antes no estado de natureza.

LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo.. Trad. Julio Fischer. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 470.


Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3011560
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Um dos argumentos em favor do direito amplo ao armamento individual é o que afirma que cabe ao próprio indivíduo, e não ao Estado, a proteção de sua vida e de sua propriedade. Esse argumento pode ser entendido, nos termos da filosofia de Thomas Hobbes, como um “direito de natureza”, que o pensador inglês define no seguinte modo: “O direito de natureza é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”.

HOBBES, Thomas. Leviatã, Parte I, cap. XIV. Trad. br. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1983 – adaptado.

Com base na definição acima, considere as seguintes afirmações:

I. O direito de natureza não garante a vida de ninguém.

II. O direito de natureza não garante a propriedade individual.

III. O direito de natureza é igual para todos.

É correto o que se afirma em 

Alternativas
Comentários
  • Segundo Hobbes, o direito de natureza se resume à capacidade individual em preservar sua vida. Ele é igual para todos, mas não garante nem a propriedade, nem a vida, pois sempre poderá existir alguém mais forte que exercerá o seu direito e se imporá sobre o outro. Esse seria o estado de guerra, segundo Hobbes, o homem sendo lobo do próprio homem. Não há limites para o que se pode, somente o limite da própria força. Contra esse nível de insegurança e incerteza, o homem aceitou abdicar de parte de sua liberdade, a de exercer a força conforme sua possibilidade, para que possa existir uma segurança média a todos. Assim se estabeleceu a sociedade, a partir de um contrato, segundo Hobbes. O Leviatã guarda essa sociedade e aplica sua justiça. 
    A reposta é letra D.
  • Segundo Hobbes, o direito de natureza se resume à capacidade individual em preservar sua vida. Ele é igual para todos, mas não garante nem a propriedade, nem a vida, pois sempre poderá existir alguém mais forte que exercerá o seu direito e se imporá sobre o outro.

    Gabarito: D

    (comentário do professor Athos Vieira)


ID
3011563
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

No Brasil, na Argentina e em outros países da América Latina, os governos estão promovendo mudanças econômicas e de políticas públicas, mudanças essas conhecidas como liberais ou neoliberais. Nessas mais recentes políticas governamentais, o poder público transfere à economia de mercado a satisfação de determinadas carências dos cidadãos, que devem provê-las a partir do próprio esforço individual em uma economia mais fortemente caracterizada pela concorrência entre os indivíduos e por menos direitos sociais. Em seu tempo, o filósofo contratualista Jean-Jacques Rousseau, em seu Do Contrato Social, afirma que quanto menos felicidade a República é capaz de proporcionar aos cidadãos, mais eles terão que buscar, individualmente, a felicidade. A consequência é uma sociedade cada vez mais egoísta, desinteressada pela política e, por fim, agrilhoada por um déspota qualquer ou pela cobiça.

O texto acima apresenta duas opiniões conflitantes sobre a condução das políticas públicas. Considerando essas opiniões, assinale a afirmação verdadeira.

Alternativas
Comentários
  • As duas opiniões conflitantes apresentadas no texto se referem à busca pela felicidade, a primeira, liberal ou neo liberal, considera um assunto privado no qual o Estado deve estar distante; a segunda, apoiada no pensamento de Rousseau, acredita que o Estado deve intervir e proporcionar o máximo de felicidade coletiva oferecendo aportes necessários com o objetivo de evitar o desmantelamento do tecido social. 
    Em relação às opções:
    A primeira está errada, pois o governo brasileiro elegeu o socialismo como inimigo quixotescco. Na questão, Rousseau é ainda posto na posição contrária às suas ideias. Completamente errada.
    A segunda está errada, pois Rousseau morreu 30 anos antes do nascimento de Karl Marx.
    A terceira está correta, pois é justamente a que conecta com a opinião apontada na questão apresentada. O pensamento de Rousseau era o de que o tecido social se manteria saudável enquanto os indivíduos se dedicassem aos temas coletivos. Conforme o liberalismo aparta o homem dessas questões isolando-o em buscas pessoais, a sociedade entra em risco.
    A quarta está errada, pois, como afirmado acima, Rousseau apoiava o aporte público e não privado, para a consolidação de melhores bases coletivas.

    A resposta, portanto, é letra C.
  • As duas opiniões conflitantes apresentadas no texto se referem à busca pela felicidade, a primeira, liberal ou neo liberal, considera um assunto privado no qual o Estado deve estar distante:

    No Brasil, na Argentina e em outros países da América Latina, os governos estão promovendo mudanças econômicas e de políticas públicas, mudanças essas conhecidas como liberais ou neoliberais. Nessas mais recentes políticas governamentais, o poder público transfere à economia de mercado a satisfação de determinadas carências dos cidadãos, que devem provê-las a partir do próprio esforço individual em uma economia mais fortemente caracterizada pela concorrência entre os indivíduos e por menos direitos sociais.

    A segunda, apoiada no pensamento de Rousseau, acredita que o Estado deve intervir e proporcionar o máximo de felicidade coletiva oferecendo aportes necessários com o objetivo de evitar o desmantelamento do tecido social:

    Em seu tempo, o filósofo contratualista Jean-Jacques Rousseau, em seu Do Contrato Social, afirma que quanto menos felicidade a República é capaz de proporcionar aos cidadãos, mais eles terão que buscar, individualmente, a felicidade. A consequência é uma sociedade cada vez mais egoísta, desinteressada pela política e, por fim, agrilhoada por um déspota qualquer ou pela cobiça.

    Em relação às alternativas:

    A) está errada, pois o governo brasileiro elegeu o socialismo como "inimigo". Na questão, Rousseau é ainda posto na posição contrária às suas ideias. Completamente errada.

    B) está errada, pois Rousseau morreu 30 anos antes do nascimento de Karl Marx.

    C) está correta, pois é justamente a que conecta com a opinião apontada na questão apresentada. O pensamento de Rousseau era o de que o tecido social se manteria saudável enquanto os indivíduos se dedicassem aos temas coletivos. Conforme o liberalismo aparta o homem dessas questões isolando-o em buscas pessoais, a sociedade entra em risco.

    D) está errada, pois, como afirmado acima, Rousseau apoiava o aporte público e não privado, para a consolidação de melhores bases coletivas.

    (comentário editado do professor)


ID
3331873
Banca
IBFC
Órgão
SEDUC-MT
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Quanto ao estado de natureza Hobbes, tem-se que: “a natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar”. (Thomas Hobbes, Leviatã)
Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3408814
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEE -PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O filósofo Thomas Hobbes proporcionou ao tema do poder a primeira abordagem jurídica da modernidade. Em sua filosofia, o indivíduo é movido por paixões naturais, por isso a sua meta não consiste em ser benevolente em relação aos outros, mas sim em realizar tanto os seus interesses quanto os seus desejos. A partir disso, o estado de natureza pode ser caracterizado como

Alternativas
Comentários
  • A. Para Hobbes, o estado de natureza é deletério, levando os homens a, sem o jugo das leis, se digladiarem permanentemente.

  • Para Hobbes, O egoísmo é de natureza humana e a criação do estado evita a destruição mútua.

  • No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem),pois possuem um poder de violência ilimitado.


ID
3408817
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEE -PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“No século XVIII, as noções de liberdade e igualdade avançaram com a original concepção política firmada na vontade geral (do povo), elaborada pelo “cidadão de Genebra” (Suíça) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Aspectos avançados do seu pensamento decorrem do entendimento de que cada cidadão pode transferir sua liberdade e seus bens apenas para a comunidade (interpretada como corpo único) da qual ele faz parte” (ARANHA e MARTINS, 2016, p. 249). A partir do trecho e de seus conhecimentos sobre a filosofia política de Rousseau, é correto afirmar que o contrato social

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B, mas ficou um pouco confusa, teve semelhança com hobes quando sitou "abdicar sua liberdade" porem, ao final teve uma clareza dos pensamentos de Rousseau.

  • Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade. O autor considerava ainda que o contrato social tem por finalidade:

    Estabelecer e garantir a vontade geral (relacionada, portanto, à democracia); e

    Legitimar a propriedade privada.

    No século XVIII, as noções de liberdade e igualdade avançaram com a original concepção política firmada na vontade geral (do povo), elaborada por Rousseau. Aspectos avançados do seu pensamento decorrem do entendimento de que cada cidadão pode transferir sua liberdade e seus bens apenas para a comunidade (interpretada como corpo único) da qual ele faz parte. Assim, para o autor, o contrato social para ser legítimo tem a sua origem no consentimento unânime entre os indivíduos. No caso, cada sujeito se aliena de forma total ao abdicar sem reservas de todos os seus direitos em favor da comunidade. No entanto, tendo em vista que cada um é parte integrante da comunidade, ao abdicar de sua liberdade pelo pacto, ou seja, em prol da obediência da lei, acaba por obedecer a si mesmo e, assim, é livre.

    Resposta: B


ID
3611086
Banca
RBO
Órgão
Prefeitura de Porto Ferreira - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para o pensador inglês John Locke (1632-1704), a função do Estado Moderno (Governo Civil) é:

Alternativas
Comentários
  • Para John Locke, a vida, a liberdade e a propriedade são direitos naturais do homem. Portanto, é criado o governo e a sociedade civil para preservar esses direitos.


ID
3745720
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

John Locke teoricamente demoliu o caráter intocável do Estado, explicando-o como produto de um “contrato social” entre homens para o progresso e para o desenvolvimento. “Mas, se o estado natural não é o inferno de Hobbes, se nele reinam tanta gentileza e benevolência, mal compreendemos por que os homens, gozando de tantas vantagens, dele se despojaram voluntariamente. Sim, diz-nos em substância Locke, respondendo à objeção, os homens estavam bem, no estado de natureza; entretanto, achavam-se expostos a certos inconvenientes que, acima de tudo, ameaçavam agravar-se. E, se preferiram o estado da sociedade, foi para ficarem melhor.” CHEVALIER, Jean-Jacques. As Grandes Obras Políticas de Maquiavel a Nossos Dias, p.109.

Dadas as informações constantes no texto acima descrito, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Resposta A. Para Locke, no estado de natureza o homem teria acesso aos direitos naturais. Sua intenção de formar a sociedade civil seria de criar um locus no qual houvesse justa punição a crimes.

  • Resposta A

    Para Locke o indivíduo deixou seu estado natural e estabeleceu contrato social com outros indivíduos a fim de comporem uma sociedade regida pela razão de concentrarem poder no Estado no mesmo movimento em que limitam o Estado com normas, superando assim os excessos tanto no convívio social quanto no poder estatal.

  • contratualismo é uma abordagem da ética e filosofia política com base na teoria dos contratos sociais. Assim sendo, são chamados de “contratualistas” os filósofos que buscaram explicar a origem da sociedade e o fundamento do poder político em um contrato social entre os indivíduos (seja ele implícito ou explícito), marcando o fim do estado natural e o início da vida social e política.

    Fonte: https://www.infoescola.com/filosofia/contrato-social/

  • Locke acreditava que o estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano.

    Os inconvenientes do estado de natureza, no entanto, fizeram com que os indivíduos livremente estabelecessem entre si um contrato social que garantisse seus direitos fundamentais, especialmente o da propriedade privada e a proteção da comunidade frente aos perigos internos e externos.

    Para Locke, a propriedade e a igualdade eram os dois bens mais importantes da humanidade.

    Resposta: A


ID
3765319
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEECT-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O filósofo Thomas Hobbes proporcionou ao tema do poder a primeira abordagem jurídica da modernidade. Em sua filosofia, o indivíduo é movido por paixões naturais, por isso a sua meta não consiste em ser benevolente em relação aos outros, mas sim em realizar tanto os seus interesses quanto os seus desejos. A partir disso, o estado de natureza pode ser caracterizado como

Alternativas
Comentários
  • para HOBBES, o ser humano é naturalmente mal (egoísta)

  • Lupus est homo homini lupus

    “O homem é o lobo do próprio homem”

  • Para Hobbes o estado de natureza era uma tremenda guerra.

    O que prevalecia era a força do mais forte. A igualdade era um problema neste estado.

    LETRA A


ID
3765322
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEECT-PB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“No século XVIII, as noções de liberdade e igualdade avançaram com a original concepção política firmada na vontade geral (do povo), elaborada pelo “cidadão de Genebra” (Suíça) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Aspectos avançados do seu pensamento decorrem do entendimento de que cada cidadão pode transferir sua liberdade e seus bens apenas para a comunidade (interpretada como corpo único) da qual ele faz parte” (ARANHA e MARTINS, 2016, p. 249). A partir do trecho e de seus conhecimentos sobre a filosofia política de Rousseau, é correto afirmar que o contrato social

Alternativas
Comentários
  • neste caso, se trataria de uma Próclise, certo ? só que não existe um verbo após a palavra "em", por isso eu marquei errado.

  • quem disse ''o homem é o lobo do homem'' foi Hobbes, não Rosseau

  • Não Murilo não é erro gramatical e sim mudança de sentido. Logo, não há que se falar em próclise


ID
3782320
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza é caracterizado pela “guerra de todos contra todos”, porque, não havendo nenhuma regra ou limite, todos têm direito a tudo o que significa que ninguém terá segurança de seus bens e de sua vida. A saída desta situação é o pacto ou contrato social, “uma transferência mútua de direitos”.


HOBBES, T. Leviatã. Coleção Os Pensadores. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 78-80.



Com base nestas informações e nos seus conhecimentos sobre a obra de Hobbes, assinale a alternativa que caracteriza o pacto social.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito correto é a letra B.


ID
3787120
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O desenvolvimento das ciências naturais na era moderna influenciou a corrente filosófica denominada empirismo que tem por característica fundamental a ênfase do papel da experiência sensível no conhecimento. Dentre os representantes do empirismo inglês podemos destacar, entre outros nomes, Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.


Hobbes, apesar de receber também outras influências filosóficas como o nominalismo, é influenciado pelas ideias empiristas, tanto que a primeira parte de seu livro O Leviatã ou Forma e matéria do Estado é composta por uma teoria do conhecimento baseada nas ideias desta corrente. Um dos resultados desta influência é a concepção de pacto social: para Hobbes, observando o comportamento dos homens podemos conhecer sua natureza, assim, conclui: os pactos sem a espada não passam de palavras.


Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre a filosofia hobbesiana, assinale a alternativa que descreve o significado da expressão: os pactos sem a espada não passam de palavras.

Alternativas

ID
3788386
Banca
UNICENTRO
Órgão
UNICENTRO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“[...] Todos correram ao encontro de seus grilhões, crendo assegurar sua liberdade [...] Tal foi ou deveu ser a origem da sociedade e das leis, que deram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a vontade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma usurpação sagaz, um direito irrevogável e, para proveito de alguns ambiciosos, sujeitaram doravante todo o gênero humano, à servidão e à miséria”. (ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem da desigualdade. In: WEFFORT, F. C. Os Clássicos da Política. São Paulo: Editora Ática: 1989-pg. 195).

Todas as alternativas abaixo caracterizam o pensamento de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), EXCETO uma. Assinale-a.

Alternativas

ID
3790483
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir.

[...] é manifestamente contra a lei da natureza, seja qual for a maneira por que a definamos, uma criança mandar num velho, um imbecil conduzir um sábio, ou um punhado de pessoas regurgitar superfluidades enquanto à multidão faminta falta o necessário.
(ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. L. S. Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1991. p. 282.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a distinção entre homem natural e homem social em Rousseau, é correto afirmar:

I. A necessidade de autopreservação do homem primitivo é contrabalanceada pelo sentimento de piedade, o que o demove de praticar o mal sem necessidade.
II. O homem natural sente medo de tudo o que é desconhecido, mantendo-se, desse modo, ávido para o ataque.
III. O homem social é ambicioso e deseja elevar sua fortuna e posses, menos por necessidade e mais para colocar-se acima dos outros numa expressão de poder e superioridade.
IV. O homem social vive em paz e igualdade, de forma tranquila e harmoniosa com todos os cidadãos.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3790486
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir.

Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder legislativo (que é o fundamental), o executivo (no qual é incluído o judiciário) e o federativo (que é o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças com outras comunidades). Enquanto o governo continuar sendo expressão da vontade livre dos membros da sociedade, a rebelião não é permitida: é injusta a rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua função e se transforma em uma tirania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, é correto afirmar:

I. O direito de rebelião é um direito natural e legítimo de todo cidadão sob a vigência da legalidade.
II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos sem tomar partido em questões de matéria religiosa.
III. O poder legislativo ocupa papel preponderante.
IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3790522
Banca
COPS-UEL
Órgão
UEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir.

Justiça e Estado apresentam-se como elementos indissociáveis na filosofia política hobbesiana. Ao romper com a concepção de justiça defendida pela tradição aristotélico-escolástica. Hobbes propõe uma nova moralidade relacionada ao poder político e sua constituição jurídica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a justiça e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviatã (caps. XIV-XV), a justiça hobbesiana fundamenta-se, em última instância, na lei natural concernente à autoconservação, da qual deriva a segunda lei que impõe a cada um a renúncia de seu direito a todas as coisas, para garantir a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais”.
(HOBBES, T. Leviatã. Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleção Os Pensadores, cap. XIII.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O pensamento hobbesiano, divide-se em três fases: Estado de natureza, de guerra e de segurança. Hobbes idealizou a humanidade semelhante a animais selvagens incapazes de desenvolver uma vida em sociedade, pois, segundo seu pensamento, todos eram iguais e essa igualdade era ponto de partida para um estado de guerra.

    A) humanidade é capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na observância da justiça e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado.

    Para hobbes a humanidade não é capaz e por isso deve haver o pacto com o Estado que decidirá tudo por ela.

    B) A justiça tem sua origem na celebração de pactos de confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condição natural de guerra.

    A parte em vermelho está errada, pois o Estado não precisa confiar no homem.

    C)A justiça é definida como observância das leis naturais e, portanto, a injustiça consiste na submissão ao poder coercitivo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos.

    OK, mas tal observância o homem não é capaz de fazer - segundo hobbes. Por esse motivo, o homem precisa ser controlado acima de seus desejos para tornar-se sociável.

    D) As noções de justiça e de injustiça, como as de bem e de mal, têm lugar a partir do momento em que os homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condição de guerra generalizada de todos.

    Sim, pois o homem é incapaz de pensar sozinho.

    E)A justiça torna-se vital para a manutenção do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, por direito natural, pelos súditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a segurança de todos.

    Não pelos súditos e sim pelos soberanos. Estado totalitário.


ID
3813154
Banca
UESPI
Órgão
UESPI
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Rousseau foi um pensador que atuou, com destaque, no século XVIII. Sua obra mais famosa é o Contrato Social. No entanto, Rousseau também:

Alternativas

ID
3821260
Banca
IFG
Órgão
IF-GO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia com atenção o texto a seguir:
“O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros. O que se crer senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978. p. 22.

Com base no texto de Rousseau, marque a alternativa correta.

Alternativas

ID
3824545
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I

Eu queria movimento e não um curso calmo da existência. Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor. Sentia em mim uma superabundância de energia que não encontrava escoadouro em nossa vida.
TOLSTÓI, L. Felicidade familiar. Apud KRAKAUER, J. Na natureza selvagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.

TEXTO II
Meu lema me obrigava, mais que a qualquer outro homem, a um enunciado mais exato da verdade; não sendo suficiente que eu lhe sacrificasse em tudo o meu interesse e as minhas simpatias, era preciso sacrificar-lhe também minha fraqueza e minha natureza tímida. Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões.
ROUSSEAU, J.-J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Os textos de Tolstói e Rousseau retratam ideais da existência humana e defendem uma experiência

Alternativas
Comentários
  • apos a analie de 3 estudantes, foi constatado que a letra E eh a mais adequada para responder essa pergunta . Visto que os autores buscam mostrar sinceridade vitalidade e impulsividade no testo .

  • O texto de Tostói retrata muito claramente a opção do personagem em viver toda vitalidade de sua vida ainda que sob o risco de sacrificar-se. Em Rousseau, percebemos que o autor, mesmo diante da timidez de sua natureza, concebia a necessidade de "ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões". O que está posto pelos autores é uma opção estético-romântica perante a vida. Não está posta qualquer relação com método experimental ou coletivo ou mesmo religioso.

    Resposta, letra E.
  • Letra E

    As ideias fundamentais da estética romântica podem ser resumidas pelas expressões gênio, imaginação criadora, originalidade, expressão, comunicação, simbolismo, emoção e sentimento.

  • Gabarito E

    "Ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões'' - Sinceridade.

    "Sentia em mim uma superabundância de energia'' - Vitalidade.

    "Eu queria movimento e não um curso calmo da existência'' e "era preciso sacrificar-lhe'' - Impulsividade.

    Fonte: brainly

  • Aprendi uma coisa com as questões de filosofia do Enem. Você lê uma vez o texto a que fizer mais sentido naquele primeiro segundo é a certa. Sempre que leio mais de uma vez, tentando pensar como o filósofo/autor chegou,erro a questão. É o Enem meus caros.
  • Romantismo!

    Os textos, principalmente o I, lembram muito a estética romântica alemã "Sturm und Drang" (literalmente "tempestade e ímpeto"), que surgiu no século XVIII em contraposição à frieza racional do iluminismo.

    Gabarito : (E)

    Nível de Dificuldade : Médio

  • "Queria excitação e perigo e a oportunidade de sacrificar-me por meu amor"-Na natureza selvagem

    ". Era preciso ter a coragem e a força de ser sempre verdadeiro em todas as ocasiões."-Os devaneios do caminhante solitário

    Você nota analisando os dois trechos e as legendas dos textos que eles estão mais voltados para o sentimentalismo e romantização, logo só poderia ser o GABARITO:estético-romântica, caracterizada por sinceridade, vitalidade e impulsividade. INCLUSIVE OS SENTIMENTOS QUE ELE FALA ESTÃO NO TEXTO

  • No trecho, quando Rousseau diz: "Meu lema me obrigava..." há aí um indício de romantismo. Ele próprio criou uma maneira de "ser", no qual ele, como protagonista, deveria seguir. No decorrer do texto ele constrói as frases em primeira pessoa (evidencia de sensações e valores).Quando ele diz "mais do qualquer outro homem", este se coloca no centro da atenção mais uma vez (indicio de subjetivismo), ele poderia muito bem construir a frase de outra forma, à exemplo: "assim como qualquer outro homem", mas não o fez. Podemos considerar q esse texto é essencialmente romântico, já que o eu lírico idealiza uma forma de ser para si. Sabemos que a filosofia utiliza a razão como principio inerente a todo o ser, logicamente, tal virtude, não é característica apenas de uma pessoa; mesmo este sendo uma personalidade importante do pensamento Iluminista.


ID
3846922
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia atentamente o seguinte trecho do texto Hobbesiano, que se refere a um pacto entre “contratantes” em estado de natureza: 


     “Quando se faz um pacto em que ninguém cumpre imediatamente sua parte, e uns confiam nos outros, na condição de simples natureza (que é uma condição de guerra de todos os homens contra todos os homens), a menor suspeita razoável torna nulo este pacto. Mas se houver um poder comum situado acima dos contratantes, com direito e força suficientes para impor seu cumprimento, ele não é nulo”. 

HOBBES, Thomas. LEVIATÃ ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João P. Monteiro e Maria B. Nizza. 3ª Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

No que diz respeito ao estado de natureza, como mencionado, considere as seguintes afirmações: 

I. Entre o estado de natureza e o estado civil (ou estado de sociedade), há uma relação de contraposição, pois o estado de sociedade surge como antítese corretiva ao estado de natureza.
II. A passagem do estado de natureza ao estado de sociedade ocorre espontaneamente, ou seja, como decorrência do processo de propensão natural dos indivíduos ao consenso.
III. O estado de natureza é um estado cujos elementos constitutivos são os indivíduos singulares, livres e iguais, mas que vivem uma vida solitária, cruel e animalesca, da qual precisam escapar.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • A passagem do estado de natureza para o estado civil não é espontânea. Segundo Hobbes, para que ela ocorra o indivíduo precisa abdicar da plena liberdade e concentrá-la nas mão de um Rei.


ID
3846961
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Analise as seguintes passagens que se referem ao princípio fundamental do contratualismo — a existência de um pacto social como fundamento da sociedade:

     “As cláusulas desse contrato são de tal modo determinadas pela natureza do ato, que a menor modificação as tornaria vãs e de nenhum efeito. Violando-se o pacto social, cada um volta aos seus primeiros direitos e retoma sua liberdade natural, perdendo a liberdade convencional pela qual renunciara àquela”.

ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção “Os Pensadores”.

     “E os pactos sem espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis da natureza (que cada um respeita quando tem vontade de as respeitar e quando o pode fazer com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade”.

HOBBES, Thomas. LEVIATÃ ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João P. Monteiro e Maria B. Nizza. 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 

Considere as seguintes proposições sobre o conceito de pacto social:

I. Para Rousseau, pelo pacto social, o homem abre mão de sua liberdade, mas, ao fazê-lo, abre espaço ao surgimento da soberania e da lei, e obedecer a lei é obedecer a si mesmo, o que o torna livre novamente.
II. Diferente de Hobbes, Locke não via o estado de natureza dominado pelo egoísmo. O contrato social era necessário para garantir o direito de propriedade que, segundo Locke, era anterior à própria sociabilidade.
III. Hobbes e Rousseau concordavam ser necessário um pacto ou contrato social, que decorria da necessidade humana de controlar os instintos e impedir a guerra de todos contra todos do estado de natureza.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • A III é incorreta pois apenas Hobbes apoiava essa ideia de que o homem é naturalmente mau, tendo necessidade do contrato social para controlar seus instintos e impedir a guerra de todos contra todos.

    Rousseau apoiava a ideia de que o ser humano é naturalmente bom, a sociedade que o corrompe.


ID
3876445
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para os filósofos contratualistas, o Estado é pensado como tendo por origem um contrato entre os indivíduos. Segundo Thomas Hobbes, “é como se cada homem dissesse a cada homem; autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações”. (HOBBES, T. Leviatã, cap. 17, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.)

A partir do enunciado, é correto afirmar que Hobbes recorre à ideia do contrato com o fim de:

Alternativas

ID
3902791
Banca
UEG
Órgão
UEG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A filosofia política, de Hobbes a Rousseau, sempre tematizou a questão da passagem do estado de natureza para o estado civil. No entanto, esses pensadores produziram distintas concepções sobre esse processo. A partir dessas elaborações dos filósofos políticos, verifica-se que:

Alternativas
Comentários
  • Que legal ver o perfil da @delegadalaryssa respondendo essa questão, em 2015 era gente como a gente hahaha deu até um up nos ânimos dos estudos.

  • No estado de natureza, situação em que segundo a doutrina contratualista o homem ainda não instituiu o governo civil, John Locke entende que os indivíduos são iguais, independentes e estão plenamente livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e regular os semelhantes que possam vir a ofender os seus direitos naturais de acordo com seu próprio arbítrio, sendo permitido usar de qualquer meio para salvaguardar suas vidas, liberdade, saúde e posses. No entanto, a vida neste estado natural, implica na incerteza e insegurança da manutenção de próprios direitos, pois o homem é exposto constantemente à violação de sua intimidade e domínios, uma vez que todos são reis absolutos em suas decisões e julgam de acordo com seus valores, sempre em causa própria. Este julgamento,ainda que de forma correta, não dispõe de nenhum poder social instituído que sustente e dê subsídios para execução de sua sentença. O homem, então, renuncia esta condição de liberdade pelo aparente paradoxo da sujeição e submissão aodomínio de outro poder instituído pelo consenso entre os indivíduos, a fim deestabelecer a própria liberdade. Isto somente será possível em uma sociedade politicamente organizada e regulada por uma instituição comum a todos, que supraas carências e deficiências do estado de natureza, garantindo-lhes a conservação dapropriedade, finalidade precípua para os homens se unirem em sociedades políticas e se submeterem a um governo, dando-lhes leis claras e conhecidas, um magistrado imparcial e um poder legítimo para fazer valer a execução de sua sentença.

  • Gabarito incorreto, pois "o estado civil não cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a instituição da propriedade privada". A propriedade privada NÃO é instituída pelo estado civil, uma vez que ela é um direito natural, portanto, anterior à instituição do estado. O estado assegura, não institui.


ID
3999220
Banca
UFPR
Órgão
PM-PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para os filósofos contratualistas, o Estado é pensado como tendo por origem um contrato entre os indivíduos. Segundo Thomas Hobbes, “é como se cada homem dissesse a cada homem: autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações”.


(HOBBES, T. Leviatã, cap. 17, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.)


A partir do enunciado, é correto afirmar que Hobbes recorre à ideia do contrato com o fim de:

Alternativas
Comentários
  • O homem livre = entra em conflito com outro homem livre e acaba extinguindo sua raça

    O homem que transfere sua liberdade para o LEVIATÃ ( ESTADO ) ganha a segurança , é o preço a se pagar.

    LETRA B

    APMBB

  • Hobbes, que considerava o homem o lobo do próprio homem, ou seja, seu maior algoz, concebia que o contrato social firmado deveria garantir alguns direitos como segurança em troca de alguns deveres, como o reconhecimento de um poder superior que regulasse a vida coletiva, o leviatã.


    Gabarito do Professor: Letra B.
  • É correta a alternativa B, já que a filosofia política de Hobbes era uma forma de justificar e defender a necessidade do Absolutismo, sendo um tipo bastante particular de "contratualismo".

    Enquanto filósofos como Rousseau e Voltaire viam o Estado como uma instituição que deveria servir aos cidadãos e garantir as suas liberdades, Hobbes o via como o monopólio da violência, sendo esta a única forma (de acordo com Hobbes) de evitar que os homens se tornassem inimigos uns dos outros.

    Deste modo, são os homens que se submetem ao Estado de Hobbes, e não o contrário.

    Gabarito B

  • O homem é lobo do homem, ou seja, ele é um ser capaz de cometer atrocidades contra seres de sua própria espécie. Em seu estado natural não haveria um convívio em sociedade. Esta é a causa. Já a finalidade do contrato é calcular os deveres e direitos dos indivíduos em relação ao Estado.


ID
4049758
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Entre os séculos XVII e XVIII, ocorreu no mundo ocidental uma grande transformação no plano do pensamento, com grandes inovações na forma de o homem pensar a natureza, a história, a política, a economia, as relações sociais e a cultura de uma forma geral. Assinale o que for correto sobre esse movimento de renovação cultural. 

Um dos autores mais importantes para o desenvolvimento do liberalismo político foi o filósofo inglês John Locke. Em seu livro Segundo Tratado sobre o Governo, ele contestou o absolutismo real e afirmou que a principal função do Estado é garantir os direitos naturais dos indivíduos à vida, à liberdade e à propriedade privada.

Alternativas
Comentários
  • Locke defendia a existência dos Direitos Inalienáveis (vida, liberdade e propriedade privada).


ID
4049767
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Entre os séculos XVII e XVIII, ocorreu no mundo ocidental uma grande transformação no plano do pensamento, com grandes inovações na forma de o homem pensar a natureza, a história, a política, a economia, as relações sociais e a cultura de uma forma geral. Assinale o que for correto sobre esse movimento de renovação cultural. 

Jean Jacques Rousseau foi o primeiro economista a formular a tese de que o trabalho é a origem e o fundamento do direito de propriedade. Foi autor do livro Princípios de Economia Política e de Tributação, no qual fez uma defesa intransigente do liberalismo econômico e da inviolabilidade da propriedade privada.

Alternativas
Comentários
  • Já estou aqui na biblioteca! Chegue!
  • Rousseau achava que a propriedade privada não deveria existia, uma vez que ela é o princípio da desigualdade da sociedade (apenas os que têm poder aquisitivo podem obter propriedade privada, logo, gera uma sociedade desigual).


ID
4073812
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A Antropologia é o estudo sistemático dos conhecimentos relativos ao “homem”: sua cultura, valores, crenças, raças, divisões sociais e políticas, enfim, sua maneira de avaliar e compreender o mundo. Com base na afirmação acima, assinale o que for correto.

Para compreender o homem e a sociedade, JeanJacques Rousseau imaginou um estado hipotético originário, chamado de “Estado de natureza”.

Alternativas

ID
4088269
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O pensamento filosófico do período moderno se caracteriza não apenas por tratar de questões de fundo metafísico e epistemológico, mas também por questões políticas e sociais. O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) dedicou parte de seus escritos, dentre eles o Leviatã (1651), ao problema da fundamentação do estado de direito e ao desenvolvimento da noção de contrato social, proposta com a finalidade de justificar o poder soberano sobre os súditos. Sobre o pensamento de Hobbes, assinale o que for correto

O poder soberano, que é coercitivo em relação aos que lhe são subordinados, pode ser exercido segundo a vontade de diversos indivíduos.

Alternativas

ID
4174522
Banca
UEG
Órgão
UEG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • B) Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo.

  • GABARITO:B

    Essa é uma questão teórica, é realmente necessário que você conheça as ideologias e seus filósofos.

  • Locke era empirista

    Descartes era racionalista ("Penso, logo existo.")

  • O filósofo inglês John Locke foi um dos principais representantes do empirismo britânico. O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e profundo torna-se o nosso conhecimento.

    René Descartes é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode alcançar a verdade pura através de seus sentidos.

  • questão pra não zerar a prova...


ID
4194142
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia atentamente o fragmento a seguir:

“O homem selvagem, entregue pela natureza unicamente ao instinto, ou melhor, compensado daquele que talvez lhe falte, por faculdades capazes primeiro de o substituírem e depois de elevá-lo muito acima do que era, começará, pois, pelas funções puramente animais: perceber e sentir será seu primeiro estado, que lhe será comum com todos os animais. Querer e não querer, desejar e temer, serão as primeiras e quase as únicas operações de sua alma até que novas circunstâncias nele provoquem novos desenvolvimentos”.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.174.

A respeito do pensamento contratualista de Rousseau, podemos afirmar que: 

Alternativas
Comentários
  • B - a moral, no estado de natureza, é fundada na liberdade, isto é, na primazia do sentimento sobre a razão.


ID
4198948
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles. Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.


( )Em comum, esses pensadores buscavam justificar reformas do Estado para limitar o poder despótico dos monarcas absolutos.
( )Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos direitos individuais ao soberano em nome da paz civil.
( )Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos direitos naturais em favor da liberdade e da propriedade.

( )Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.



A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas

ID
4198960
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.

HOBBES, Thomas. Do Cidadão.Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.

O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é

Alternativas

ID
4200418
Banca
UNICENTRO
Órgão
UNICENTRO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em termos de Filosofia Política, Thomas Hobbes é um pensador da modernidade que apresenta concepções de poder muito próximas das ideias predominantes na nobreza de sua época. Sobre o pensamento deste autor, analise como V (verdadeira) ou F (falsa) as seguintes afirmações.

( ) Hobbes viveu no século XIX e defendeu com veemência o papel da liberdade de pensamento e de ação na sociedade dominada pelo poder absoluto dos Reis.
( ) De acordo com Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, não dominaria seus impulsos e viveria em um ambiente de guerra de todos contra todos, pois, sem o controle do Estado, “o homem é lobo do homem”.
( ) Vivendo em um contexto em que começam a se construir ideias liberais, Hobbes, partidário do Absolutismo, faz de sua filosofia política uma defesa do papel do Estado no controle da ordem social.
( ) Hobbes defende a importância de uma espécie de contrato, pelo qual os súditos abdicam de suas liberdades e conferem poder soberano ao Rei, a quem compete decidir sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto.
( ) Thomas Hobbes utiliza-se da figura do Leviatã para definir o papel do Estado: um gigante cuja carne é a mesma de todos os homens pertencentes ao Estado, a quem ele defende.

Marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • E: F, V, V, V e V

  • Hobbes não defendia a liberdade de pensamento e ação na sociedade, para ele o homem deveria abdicar de sua liberdade e entregá-la nas mãos do Estado, que concentraria o poder (absolutismo) e decidiria o melhor para a vida em sociedade.


ID
4204222
Banca
UNICENTRO
Órgão
UNICENTRO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em Filosofia Política, Thomas Hobbes pode ser considerado defensor:

Alternativas
Comentários
  • Do direito de natureza, que confere poder e legitimidade ao rei.

  • Hobbes defendia o absolutismo, para ele o Estado deveria concentrar todo o poder da sociedade.


ID
4210321
Banca
Unichristus
Órgão
Unichristus
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

       Alia Ghanem, mãe do líder da al-Qaeda Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de Setembro, manifestou-se pela primeira vez sobre as ações do terrorista em uma entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, publicada na sexta-feira, 3 de agosto de 2018.
    “Ele se tornou um homem diferente.” Um dos homens que ele conheceu foi Abdullah Azzam, um membro da Irmandade Muçulmana que mais tarde foi exilado da Arábia Saudita e se tornou o conselheiro espiritual de Osama. “Ele foi uma criança muito boa até conhecer algumas pessoas que praticamente fizeram lavagem cerebral em seus 20 e poucos anos. Você pode chamar isso de culto. Eles conseguiram dinheiro para a causa deles. Eu sempre dizia a ele para ficar longe deles, e ele nunca iria admitir para mim o que ele estava fazendo, porque ele me amava tanto”. Ela ressaltou que ainda o ama e acredita que o filho, ainda  o ama e acredita que o filho, ainda jovem, recebeu más influências.

Disponível em:
<http://www.tnh1.com.br/noticias/noticias-detalhe/mundo/>.
Acesso em: 4 ago. 2018

Relacionando as informações do texto ao pensamento filosófico, o pensador que defende a seguinte tese: “O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe.” é

Alternativas
Comentários
  • D) Jean-Jacques Rousseau.

  • Dos contratualistas:

    • Hobbes dizia que o homem era naturalmente mau.
    • Locke dizia que o homem não nasce nem bom, nem mau
    • Rousseau diz que o homem nasce bom, e a sociedade o corrompe

    Letra D


ID
4211056
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“O massacre físico do povo palestino se sustenta na sua eliminação simbólica. Armas, imagens e palavras são dispositivos bélicos, cada um com sua especificidade, mas todos articulados em torno de um objetivo estratégico: o povo palestino deve desaparecer. É da imaterialidade das palavras e imagens que Israel estrutura a legitimação da violência. Em que consiste esta violência simbólica? Há dois eixos discursivos conectados: o não reconhecimento da existência de um povo que habitava as terras que serviriam para o território-cemitério de Israel (‘cemitério’ porque em cada pedaço de metro quadrado construído por Israel há uma história assassinada, memórias negadas, corpos palestinos enterrados). Por outro, a ressignificação do ‘árabe’ como ser genérico, sem rosto, sem singularidade.”

BENTO, Berenice. Os muros que separam os palestinos do
mundo. In: Outras palavras. Publicado em 28/05/2019.
Disponível em:
https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/cartilhapara-riscar-os-palestinos-do-mapa/


Na passagem acima, as expressões “imagens e palavras são dispositivos bélicos” e “eixos discursivos conectados” correspondem à concepção de poder

Alternativas

ID
4211062
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Em situações de crise econômica, social, institucional, moral, aquilo que era aceito porque não havia outra possibilidade deixa de sê-lo. E aquilo que era um modelo de representação desmorona na subjetividade das pessoas. Só resta o poder descarnado de que as coisas são assim, e aqueles que não aceitarem que saiam às ruas, onde a polícia os espera. Essa é a crise de legitimidade.”

CASTELLS, Manuel. Ruptura: a crise da democracia liberal. Trad. Joana Angélica d’Avila Melo. Rio de Janeiro: Zahar, 2018, p.14.


O texto acima adverte para a crise do modelo político representativo pensado e legitimado por pensadores como Thomas Hobbes, Locke e outros. Trata-se da crise da república representativa, na qual o poder é exercido por representantes eleitos.

Considerando o texto de Castells, é correto dizer que o modelo representativo está em crise de legitimidade, o que quer dizer que

Alternativas
Comentários
  • Em situações de crise econômica, social, institucional, moral, aquilo que era aceito porque não havia outra possibilidade deixa de sê-lo. E aquilo que era um modelo de representação desmorona na subjetividade das pessoas. Só resta o poder descarnado de que as coisas são assim, e aqueles que não aceitarem que saiam às ruas, onde a polícia os espera. Essa é a crise de legitimidade.”

    Gab A) os eleitores passaram a acreditar que os seus representantes representam não a eles, mas sim a interesses estranhos.


ID
4211068
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Atente para o seguinte trecho de Locke sobre o pacto social:


“Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através de acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”.


LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Petrópolis:
Vozes, 1994, p. 139. Coleção clássicos do pensamento
político. – Citação adaptada.


No que diz respeito ao estabelecimento da sociedade civil em John Locke, considere as seguintes afirmações:

I. O estabelecimento da sociedade civil amplia a liberdade dos homens.

II. O estabelecimento da sociedade civil funda-se no consentimento.

III. O estabelecimento da sociedade civil funda-se na liberdade e igualdade que existe entre todos os homens.


É correto o que se afirma em

Alternativas

ID
4863550
Banca
GUALIMP
Órgão
Prefeitura de Areal - RJ
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O pensador iluminista Jacques Rousseau (1712 - 1778) defendia que o homem, ao ver-se ameaçado, concorda em se organizar politicamente, estabelecendo um contrato social entre seus semelhantes, unindo cada indivíduo aos demais. Neste contrato, a soberania reside no povo. A este preceito foi chamado de:

Alternativas
Comentários
  • Vontade geral.

  • Vontade Geral, pois está sempre voltada para o bem comum.

  • A vontade de todos é a soma de interesses particulares, enquanto a vontade geral refere-se ao interesse comum. Portanto, é com base nesse interesse que a sociedade deve ser governada, havendo somente uma lei que exige um consentimento unânime: o pacto social.
  • Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade. O autor considerava ainda que o contrato social tem por finalidade:

    Estabelecer e garantir a vontade geral; e

    Legitimar a propriedade privada.

    Resposta: C


ID
4995772
Banca
UFPR
Órgão
CBM-PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para os filósofos contratualistas, o Estado é pensado como tendo por origem um contrato entre os indivíduos. Segundo Thomas Hobbes, “é como se cada homem dissesse a cada homem: autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de maneira semelhante todas as suas ações”.

(HOBBES, T. Leviatã, cap. 17, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 365.)


A partir do enunciado, é correto afirmar que Hobbes recorre à ideia do contrato com o fim de:

Alternativas
Comentários
  • Letra B

    Já que a filosofia política de Hobbes era uma forma de justificar e defender a necessidade do Absolutismo, sendo um tipo bastante particular de "contratualismo".

    Enquanto filósofos como Rousseau e Voltaire viam o Estado como uma instituição que deveria servir aos cidadãos e garantir as suas liberdades, Hobbes o via como o monopólio da violência, sendo esta a única forma (de acordo com Hobbes) de evitar que os homens se tornassem inimigos uns dos outros.

    Deste modo, são os homens que se submetem ao Estado de Hobbes, e não o contrário.

    ESTRATÉGIA


ID
5009830
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

    A sociedade como um sistema justo de cooperação social consiste em uma das ideias familiares fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça como equidade. A cooperação social guia-se por regras e procedimentos publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles que cooperam como sendo apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a cooperação é justa porque seus termos são tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde que todos os demais também o aceitem.

FERES JR. J, POGREBINSCH1, T. Teoria politica contemporânea uma introdução.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

No contexto do pensamento político, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)

Alternativas
Comentários
  • O Estado Moderno tem suas bases filosóficas nos pensadores europeus conhecidos como "contratualistas". Hobbes, Locke, Rousseau e Montesquieu são os mais conhecidos e em diálogo e debate com diversos pensadores em suas épocas, conceberam a sociedade protegida por uma estrutura burocrática (Estado Moderno) que se encarregava de garantir a segurança dos indivíduos que aceitavam ceder determinadas liberdades em troca. Esse fundamento epistemológico do conceito de Estado Moderno e também de justiça foi atualizado ao longo das experiências dos últimos dois séculos ao redor do globo. O que os autores do texto discutem é justamente como se estabelece hoje a legitimidade em uma sociedade moderna através da percepção de uma cooperação social justa.



    Gabarito do Professor: Letra E.
    • Letra E

    O que aproxima o texto da questão do contratualismo é o seu final. Nele fica descrito uma espécie de pacto social onde se firma um contrato de confiança entre os membros de uma sociedade. Esse é um dos princípios do contrato social, pincipalmente na abordagem hobbesiana que determina como parte fundamental do estado civil a aceitação de todos do pacto firmado e o não descumprimento dessa aceitação.

  • "Diz-se que a cooperação é justa porque seus termos são tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde que todos os demais também o aceitem."

    Ou seja, um contrato social, o que vivemos hoje, uma sociedade guiada por regras estabelecidas e aceitas por todos, seja lá qual for a visão de cada indivíduo para crer no funcionamento da sociedade com esses atos.

    Uma dica, leia a fonte "FERES JR. J, POGREBINSCH1, T. Teoria politica contemporânea uma introdução"

    Se está falando da teoria política contemporânea na fonte, e o texto mostra estabelecimentos de cooperações sociais, estaria em consonância com que? contratualismo moderno.

  • A

    ideal republicano de governo. numa república, ouve-se a maioria e não todos!

    B

    corrente tripartite dos poderes. democracia representativa e não direta! (é o caso do Brasil)

    C

    posicionamento critico do socialismo. Encheu linguiça!

    D

    legitimidade do absolutismo monárquico. aqui é o extremo oposto do gabarito!

    E

    entendimento do contratualismo moderno.

    Espero ter ajudado!!

    ENEM 2021


ID
5027557
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
UPE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Na modernidade, a principal preocupação dos filósofos que pensavam o problema da política era a de descobrir a origem do Estado. Para chegar até essa origem, tiveram que imaginar um estado pré-político da humanidade, assim como as razões pelas quais os homens saíram desse estado e se organizaram em sociedade. Surge assim a famosa hipótese do Estado de Natureza x Estado Civil ou Estado Político. De maneira geral, o argumento consistia na ideia de que, a partir de um pacto primitivo, a humanidade decide, em consenso, delegar certo poderes a uma instituição que estivesse acima de todos: o Estado. Encontramos esses argumentos principalmente nas obras de Hobbes, Locke e Rousseau.

Esses pensadores, mais tarde, acabaram ficando conhecidos como

Alternativas
Comentários
  • Resposta: C

    Os chamados "contratualistassão os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma espécie de acordo - um contrato - a fim de garantir a sobrevivência.

    Fonte: TodaMatéria

  • Estudando o período da revolução iluminista esses são os principais autores desse período que defendiam o sistema contratualista.

    GAB C

    APMBB


ID
5032492
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçandoos, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias a nossas paixões naturais.

HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).

Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes, considerado um dos "filósofos contratualistas", considerava que a formação da sociedade civil aconteceu a partir da estruturação do Estado. Antes de sociedade civil e do Estado, o homem vivia em um estado de guerra constante, durante o qual o que regia as relações era a lei do mais forte, um estado de beligerância constante. É daí que se fundamenta a famosa frase de Hobbes: "O homem é o lobo do próprio homem". Para superar esse estado de constante insegurança, os homens, cedendo parte de sua liberdade, criaram um "poder visível" capaz de lhes garantir paz e bem-estar aplicando leis e protegendo os indivíduos e suas propriedades.

    A resposta é a letra E.

    Gabarito do Professor: Letra E.

  • Hobbes defendia que a formação da sociedade civil ocorreu graças a estruturação de um Estado, capaz de manter a ordem e a paz. Antes desse Estado e dessa sociedade civil, o homem vivia em um estado de guerra, onde quem vencia era o mais forte. Para superar isso, os homens, cedendo uma parte de sua liberdade, criaram um "contrato social" capaz de oferecer uma paz e um bem estar, protegendo os indivíduos com leis.

  • GABARITO: e   - obter a situação de paz, com a garantia legal do seu bem-estar.

  • "é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra "

    Essa parte do texto me fez marcar a letra E

  • Para Hobbes o estado natural do homem(quando não havia um Estado) era de constante CONFLITO, "O homem é o lobo do homem". Logo, houve a necessidade de estabelecer um CONTRATO SOCIAL que nada mais é do que um acordo em que trocaria a LIBERDADE(criação de leis) pela SEGURANÇA(direitos).

  • GABARITO - E

    O texto mostra que todos devem viver em paz, mas para isso é necessário impor castigos aos cidadãos que cometerem determinadas imprudências, o que logo mostraria aos outros o que realmente acontece com quem vai contra as regras da sociedade.

  • ue, porque não a D ?

  • "o desejo de sair da mísera condição de guerra"

  • num entendi, porque não a D?

  • Não é a D pq o enunciado pergunta o impacto dessa política para os homens, e essa política não vai dar mais poder aos homens, e sim a paz que o Hobbes prega

  • O Estado é responsável por garantir o bem-estar.

    Thomas Hobbes

  • Não pode ser a letra D porque no estado de natureza, para Hobbes, todos os homens tinham a mesma igualdade de poder e de conflito. Logo, eles renunciam a isso e se colocam sob o poder do estado em troca da paz e da garantia dos seus direitos.

  • Não pode ser a D pois no estado de natureza dentro do contratualismo de Hobbes os homens vivem em guerra iminente, onde "O homem é lobo do próprio homem", logo para se aderir ao estado civil é necessário abrir mão da própria autonomia e se submeter ao monarca ( já que Hobbes defende uma monarquia absolutista) a fim de garantir a paz

  • Thomás Hobbes também não fala sobre o despotismo quem diz isso é lá em Voltaire e no Estado Civil não existe autonomia

ID
5073346
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Segundo algumas das principais teorias políticas dos séculos XVII e XVIII, contrato social consiste em uma concepção que busca explicar

Alternativas
Comentários
  • O homem quando está em sociedade, sai do seu estado de natureza, e passa a seguir regras que foram impostas para a organização e o bom funcionamento das coisas, essa posse natural de bens e armas é transferida ao estado, que passa a ter o dever de proteger e prover recursos por meio de suas instalações bens e serviço, sendo o protagonista do poder político.

    Gabarito letra A

  • Os filósofos conhecidos como "contratualistas" descreveram o processo de superação do que seria o estado de natureza ou estado natural pela formação da sociedade civil, ou estado civil. Tratou-se de construir uma entidade superior a todos os membros do grupo e que fosse capaz de organizar a sociedade e garantir a paz e os direitos individuais. Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau são três dos principais pensadores desse período.


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • exatamente , entrega o estado natural em prol de um estado civil
  • Contrato Social é a relação entre o indivíduo e o Estado. Nele o ser humano aceita abdicar sua liberdade (como a posse natural de bens e armas) para se submeter às leis da sociedade e do Estado. Em troca, o Estado se compromete em defender o homem, o bem comum e dar condições para que ele se desenvolva.

  • Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem social.

  • contrato social é uma grande fantasia para legitimar a porcaria do estado

  • O contratualismo é uma abordagem baseada na teoria dos contratos sociais, sendo contratualistas os filósofos que buscaram explicar a origem da sociedade e o fundamento do poder político em um contrato social entre os indivíduos (seja ele implícito ou explícito). Este é considerado o marco o fim do estado natural e o início da vida social e política.

    Segundo algumas das principais teorias políticas dos séculos XVII e XVIII, contrato social consiste em uma concepção que busca explicar a passagem do estado de natureza ao estado civil ou sociedade civil pelo assentimento dos indivíduos em renunciar à liberdade natural e à posse natural de bens e armas, transferindo-se a um terceiro, o soberano, o protagonismo do poder político.

    Resposta: A


ID
5073349
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem isoladamente. Para Hobbes, ele é um estado de guerra permanente dos indivíduos entre si, no qual reina o medo da morte violenta. Nele, a única lei que existe é a da força do mais forte. Para Rousseau, ao contrário, o estado de natureza não é de guerra e medo, mas de felicidade e inocência. Nele, as pessoas se comunicam por gritos, gestos e música, e vivem do que a natureza fornece. Esse estado, entretanto, chega ao fim quando surge a primeira cerca, ou seja, quando surge a propriedade privada. A partir de então, nesse estado de sociedade, passa a prevalecer a guerra de todos contra todos.

                Marilena Chauí. Iniciação à Filosofia [Manual do Professor]. p. 504 (com adaptações).

Considerando-se as informações do texto precedente e aspectos a ele relacionados, é correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • O estado de sociedade de Rousseau corresponde ao estado de natureza de Hobbes, é só ler o texto e analisar que cada um tem uma posição diferente.

    Gabarito letra A

  • Segundo Hobbes, no estado de natureza o homem guerreia contra todos os homens e não tem paz. que somente será alcançada no estado de sociedade, com a figura do soberano para garanti - la. Para Rousseau, a guerra não seria natural, mas somente acontece quando se estabelece a propriedade privada dando início à sociedade. Logo, o estado de sociedade de Rousseau corresponde ao estado de natureza de Hobbes.


    Gabarito do Professor: Letra A.
  • O estado de sociedade para Rousseau “a sociedade deprava e torna o homem miserável”;

    O estado de natureza para Hobbes provoca a destruição mútua do homem.

  • "O homem nasce bom e a sociedade o corrompe".(ROUSSEAU) o Estado de Sociedade de ROUSSEAU corresponde ao Estado de Natureza de HOBBES "O homem é lobo do homem". (HOBBES).

  • As pessoas se comunicam com gritos até hoje rsrsrs

  • eu entendi o pq da alternativa A está correta, mas não compreendo o erro da D, sendo que realmente as concepções de estado de natureza dos dois são completamente opostas

  • Por que a D está errada? Okay, entendo que a A é a certa, mas D tb está.

  • A letra D está errada SOMENTE por conta do que o enunciado da questão pediu. O enunciado pediu de acordo com o texto. Mas, no geral, o pensamento da D também está certo. Resumindo: a A está "mais correta", dentro do contexto, do que a D.
  • O comando da questão é "de acordo com o texto", logo, LETRA A.

    No entanto, fora deste comando, a D está correta.

  • tbm concordo Aimee , as duas estao corretas pra mim tbm uma nao se sobressai a outra. Nao sei porque uma está mais de acordo com o texto do que a outra. Uma vez que no próprio texto tem a expressao, "pelo contrário" Para Rousseau, ao contrário, o estado de natureza não é de guerra e medo, mas de felicidade e inocência. Alguem poderia explicar?

    um mnmonico pra memorizar a posicao de cada um

    Hobbes- estado da natureza - horror

    ROusseau - estado da natureza - riso

    mais uma questao pra memorizacao

    Q12555104


ID
5183812
Banca
FGV
Órgão
PM-SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O primeiro que, ao cercar um pedaço de terra, teve a ideia de dizer “Isto é meu”, e encontrou pessoas tão ingênuas que acreditaram nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassinatos, misérias e horrores teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando o cercado, tivesse gritado para seus semelhantes: “Cuidado ao escutar esse impostor; vocês se perderão se esquecerem que os frutos são de todos e a terra não é de ninguém”.
ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Paris. 1755. Adaptado.

A respeito do conceito de desigualdade em Rousseau e com base no texto, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A propriedade é efeito dos cercamentos arbitrários e da credulidade humana.
( ) A origem da desigualdade civil é consequência da evolução social do homem.
( ) A propriedade da terra resulta da divisão social do trabalho.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • O cara aderiu sua propriedade após cercar um terreno e as de mais pessoas aceitarem aquilo como dele.

    (Portanto, A correta)

    A origem da desigualdade civil é consequência da evolução social do homem.

    (Essa afirmação simplesmente não tem como estar errada)

    (Por eliminação, o gabarito é a D)

  • A crítica de Rousseau descreve que a propriedade das terras aconteceu a partir da arbitrariedade daqueles que se declararam proprietários e da credulidade daqueles que não contestaram. Essa seria a origem da desigualdade entre os homens que, por sua vez, decorreria da evolução social do homem.

    A propriedade da terra não resulta da divisão social do trabalho. Essa, segundo Durkheim, seria o resultado da complexificação da sociedade.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Discordo da FGV e do Thiago Henrique. É fundamental a semântica do "social" da segunda afirmativa. No pensamento de Rousseau, se fôssemos realmente sociais, não haveria desigualdade; o sujeito que demarcou a primeira terra foi antissocial. Assim, levando-se em conta Rousseau, o que tivemos foi uma falta de evolução social; porém a FGV coloca o "social" com a semântica normal de mera melhoria de vida da maioria das pessoas.

    A questão é ambígua, eu faria um recurso.

  • Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter, além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi-se aperfeiçoando, até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir a idéia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoasEssa noção de propriedade criou nos primitivos a idéia de acumulação de bens e, conseqüentemente, superioridade frente aos demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo e, posteriormente, entre cidades e nações. Outra novidade nesse progresso mental foi a noção de família, que com o tempo, levou homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. Essa moderação no comportamento, fez emergir a fragilidade perante a natureza e os animais, mas trouxe como compensação e noção de grupo, que transmitia maior poder de resistência do que o indivíduo isoladamente. O amor conjugal e o fraternal surgem nesse momento, segundo Rousseau.Entretanto, a facilidade da vida em grupo trouxe outro problema: a ociosidade e a busca por algo que desse sentido a vida, além do trabalho. Assim, o lazer se instituiu, porém, com o passar do tempo, o que era comodidade passou a ser visto como necessidade e novos conflitos surgiram, fazendo com que o homem ficasse mais infeliz pela privação das comodidades, do que feliz de possuí-las. Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.