SóProvas


ID
2252959
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 O que é ética hoje?

            Sem uma discussão lúcida sobre a ética não é possível agir com ética

                                                                                                            Marcia Tiburi

A palavra ética aparece em muitos contextos de nossas vidas. Falamos sobre ética em tom de clamor por salvação. Cheios de esperança, alguns com certa empáfia, exigimos ou reclamamos da falta de ética, mas não sabemos exatamente o que queremos dizer com isso. Há um desejo de ética, mas mesmo em relação a ele não conseguimos avançar com ética. Este é nosso primeiro grande problema.

O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a sermos éticos. Falta reflexão, falta pensamento crítico, falta entender “o que é” agir e “como” se deve agir. Com tais perguntas é que a ética inicia. Para que ela inicie é preciso sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que tantos acham magnífico expor, e chegar à reflexão ética. Aqueles que expõem suas emoções se mostram como pessoas sensíveis, bondosas, creem-se como antecipadamente éticos porque emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à política, à miséria ou à violência, passam e tudo continua como antes. A passagem das emoções indignadas para a elaboração de uma sensibilidade elaborada que possa sustentar a ação boa e justa - o foco de qualquer ética desde sempre - é o que está em jogo.

Falta, para isso, entendimento. Ou seja, compreensão de um sentido comum na nossa reivindicação pela ética. Falta, para se chegar a isso, que haja diálogo, ou seja, capacidade de expor e de ouvir o que a ética pode ser. Clamamos pela ética, mas não sabemos conversar. E para que haja ética é preciso diálogo. E, por isso, permanecemos num círculo vicioso em que só a inação e a ignorância triunfam.

Na inanição intelectual em voga, esperamos que os cultos, os intelectuais, os professores, os jornalistas, todos os que constroem a opinião pública, tragam respostas. Nem estes podem ajudar muito, pois desconhecem ou evitam a profundidade da questão. Há, neste contexto, quem pense que ser corrupto não exclui a ética. E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma, mas de muitos ditos “cultos” e “inteligentes”. Quem hoje se preocupa em entender do que se trata? Quem se preocupa em não cair na contradição entre teoria e prática? Em discutir ética para além dos códigos de ética das profissões pensando-a como princípio que deve reger nossas relações?

Exatamente pela falta de compreensão do seu fundamento, do que significa a ética como elemento estrutural para cada um como pessoa e para a sociedade como um todo, é que perdemos de vista a possibilidade de uma realização da ética. A ética não entra em nossas vidas porque nem bem sabemos o que deveria entrar. Nem sabemos como. Mas quando perguntamos pela ética, em geral, é pelo “como fazemos para sermos éticos” que tudo começa. Aí começa também o erro em relação à ética. Pois ético é o que ultrapassa o mero uso que podemos fazer da própria ética quando se trata de sobreviver. Ética é o que diz respeito ao modo de nos comportamos e decidirmos nosso convívio e o modo como partilhamos valores e a própria liberdade. Ela é o sentido da convivência, mais do que o já tão importante respeito do limite próprio e alheio. Portanto, desde que ela diz respeito à relação entre um “eu” e um “tu”, ela envolve pensar o outro, o seu lugar, sua vida, sua potencialidade, seus direitos, como eu o vejo e como posso defendê-lo.

A Ética permanece, porém, sendo uma palavra vã, que usamos a esmo, sem pensar no conteúdo que ela carrega. Ninguém é ético só porque quer parecer ético. Ninguém é ético porque discorda do que se faz contra a ética. Só é ético aquele que enfrenta o limite da própria ação, da racionalidade que a sustenta e luta pela construção de uma sensibilidade que possa dar sentido à felicidade. Mas esta é mais do que satisfação na vida privada. A felicidade de que se trata é a “felicidade política”, ou seja, a vida justa e boa no universo público. A ética quando surgiu na antiguidade tinha este ideal. A felicidade na vida privada – que hoje também se tornou debate em torno do qual cresce a ignorância - depende disso.

Por isso, antes de mais nada, a urgência que se tornou essencial hoje – e que por isso mesmo, por ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um trabalho da lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista.

(http://www.marciatiburi.com.br/textos/somoslivre.htm)

Assinale a alternativa em que todos os vocábulos tenham 6 fonemas.

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

     

    O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas:

     

    Fonemas:

    D/e/p/ê/d/e - 6

    Letras:

    D/e/p/e/n/d/e - 7

     

    Fonemas:

    E/x/c/l/u/i - 6 

    Letras:

    E/x/c/l/u/i - 6 

     

    Fonemas:

    A/v/ã/ç/a/r - 6

    Letras:

    A/v/a/n/ç/a/r - 7

  • letra D  a palavra "exclui" tem digrafo "xc" conta um SOM, por tanto do jeito que está ali só configurar 5 fonemas. 

    Agora acredito eu, que a palavra seria: Exclui"r" com o R, e ai sim seria 6 fonemas.

  • INFORMAÇÃO : EXCLUI NÃO TEM DÍGRAFO

    CONCEITO DE DÍGRAFO : ENCONTRO DE DUAS LETRAS QUE EMITEM O ÚNICO SOM 

    EX: EXCEÇÃO ( DÍGRAFO CONSONOTAL)

    O "X' NÃO É PRONUCIADO OU SEJA  NESSE CASO HÁ DÍGRAFO

    EX2: EXCLAMAÇÃO E EXCLUI ESCUTAMOS O SOM DO X POR ISSO NÃO HÁ DIGRAFO

    GABARITO D

    OUTROS CONCEITOS:

    A LETRA M E N OCASIONALMENTE,SÃO USADAS PARA INDICAR A NASALIZAÇÃO DA VOGAL QUE A ANTECEDE. NESSE CASO,TAIS LETRAS NAO SERÃO CONSIDERADAS CONSOANTES PORQUE NÃO EMITEM SOM 

    EX:DEPENDE, CONTRA, CONTINUA ....

     

     

     

  • GABARITO: D

    D/e/p/en/d/e: 6 fonemas 

    e/x/c/l/u/i: 6 fonemas

    a/v/an/ç/a/r: 6 fonemas

    ***O dígrafo equivale a um único som

  • GAB. D

    REGRINHA DOS FONEMAS

    H inicial, não é fonema. Ex. Hoje

    Dígrafo equivale a um fonema.

    M/N não são contados após vogais. (não são fonemas nem consoantes) Ex. Depende, avançar.

    X com som de KS, vale por dois fonemas

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    FONÉTICA/ FONOLOGIA: Estudo dos sons e se dividem em VOGAIS, CONSOANTES E SEMIVOGAIS.

    LETRA: Sinal gráfico (grafema) elementar que apresenta os vocábulos da língua.

    FONEMA: Unidade mínima distinta no sistema sonoro. EX: CASA = K|A|Z|A

    TIPOS DE FONEMAS: VOGAIS, CONSOANTES E SEMIVOGAIS.

    VOGAIS:  Sons formados sem obstáculo para a saída do ar. As vogais são a base da sílaba; NÃO HÁ SÍLABA SEM VOGAL!

    5 VOGAIS: A, E, I, O, U;

    12 SONS: VOGAIS ABERTAS: A, É, O; FECHADAS: Ê, I, Ô, U; NASAIS: Ã, Ẽ, Ĩ, Õ, Ũ;

    Nas nasais, a corrente de ar flui em parte pela cavidade bucal, em parte nasal.

    M e N: Lâmpada, sândalo;

    NH é um sinal de nasalização: Rainha.

    SEMIVOGAIS: São fonemas vocálicos com duração menor de som que as vogais e se apoiam para construir as sílabas. São elas: E, I, O U.

    M e N nas terminações AM, EM, EN.

    CONSOANTES: Obstáculos na corrente de ar (só existe junto de uma vogal).

    São 21: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, X, W, Y, Z.

    São 19 os FONEMAS CONSONANTAIS: B, K, S, D, F, G (som de “GUE”), J, L, λ (som de “LHE”), M, N ,Ñ, P , r, R, T, V, X, Z.

    ENCONTROS VOCÁLICOS: Agrupamento de vogais e semivogais. E é dividido em: HIATO, DITONGO E TRITONGO.

    HIATO: Agrupamento de duas vogais em sílabas diferentes. Ex: Sa-ú-de.

    DITONGO: Agrupamento de um vogal e uma semivogal na mesma sílaba. É divido em CRESCENTE E DESCRESCENTE.

    CRESCENTE: Vogal depois de semivogal. SV + V.

    DESCRECENTE: Vogal antes da semivogal. V + SM.

    TRITONGO: Agrupamento de uma vogal entre duas semivogais. Podendo ser oral ou nasal.

    ENCONTRO CONSONANTAIS: Agrupamento de consoantes. Há três tipos: Perfeito, Imperfeito (Disjunto) e Fonético (Dífono).

    PERFEITO: Lado a lado, mesma sílaba. Ex: BRa – sil.

    IMPERFEITO: Lado a lado, más sílabas diferentes. Ex: CaC – To.

    FONÉTICO: Letra X com som de KS. Ex: Táxi – TaKSi.

    OBS: M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de sinalização.

    DÍGRAFO: Agrupamento de duas letras com apenas um fonema. E podem ser CONSONANTAIS ou VOCÁLICOS.

    CONSONANTAL: RR, SS, SC, SÇ, XC, XS, LH, NH, CH, QU, GU.

    QU e GU: Só serão dígrafos se estiverem seguidos de E ou I.

    VOCÁLICO: É o encontro de uma vogal com M ou N na mesma sílaba: AM, AN, EM EN, IM, IN, OM, ON, UM, UN.

    A função do M e N é indicar a vogal nasal. Não representam outro som.

    FONTE: RITA SILVA

  • Apesar de acertar a questão, porque fui para a mais correta kkkkk. Mas, a palavra "EXCLUI" possui um dígrafo consonantal XC, assim tendo a palavra com 5 fonemas.