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ID
2254276
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

No que se refere à sustentabilidade do endividamento público e ao financiamento do déficit público a partir da década de 80 do século XX, julgue o item subsequente.

Uma situação de insustentabilidade do endividamento público pode ser instaurada caso o mercado considere insuficientes os superávits primários obtidos pelo governo para estabilizar a relação entre a dívida pública e o PIB.

Alternativas
Comentários
  • Caso o mercado considere que o poder público não esteja fazendo esforço suficiente para ter saúde físcal, os investidores podem deixar de emprestar dinheiro para o governo, resultando na insustentabilidade da rolagem da dívida (que é refinanciada com nova dívida). Estamos numa situação bem parecida no Brasil atual: o governo opera em déficit, aumentando a cada ano sua dívida, e tendo que fazer novas dívidas cada vez maiores para refinanciar o principal e os juros. Devido a tamanho descontrole fiscal, o Tesouro tem que cooptar dinheiro cada vez à maiores taxas de juros, pois os investidores estarão correndo um risco maior. Isso resulta num efeito cascata que vai, aos poucas, tornando cada vez mais insustentável o refinanciamento da dívida pública. Contudo, com a PEC do Teto, os investidores estão um pouco mais tranquilos ao escolherem colocar dinheiro no governo federal.

     

    Resposta: CERTO.

  • Está certo! A sustentabilidade de uma dívida é dada quando temos relação dívida/PIB estável.

    Se o mercado acreditar que o governo não está fazendo o esforço fiscal suficiente (resultado primário insuficiente ou mesmo deficitário), isso pode significar dúvida quanto à capacidade de o governo honrar seus compromissos futuros devido ao excesso de endividamento.

    Assim, pode-se ter uma situação em que o mercado deixe de adquirir novos títulos públicos daquele país, inviabilizando a rolagem da dívida.

     

    Resposta: C

  • Está certo! A sustentabilidade de uma dívida é dada quando temos relação dívida/PIB estável.

    Se o mercado acreditar que o governo não está fazendo o esforço fiscal suficiente (resultado primário insuficiente ou mesmo deficitário), isso pode significar dúvida quanto à capacidade de o governo honrar seus compromissos futuros devido ao excesso de endividamento.

    Assim, pode-se ter uma situação em que o mercado deixe de adquirir novos títulos públicos daquele país, inviabilizando a rolagem da dívida.

  • Certo, foi isso que ocorreu durante governo Dilma, em 2016, por exemplo. A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de "crédito" do Brasil:

    "Entre outros motivos para o corte, a Fitch citou a contração maior que a esperada da economia brasileira, a situação problemática das contas públicas e mudanças recorrentes nas metas fiscais, que minam a credibilidade dos investidores nas medidas tomadas pelo governo para reduzir o rombo das contas".

    Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/obra-de-dilma-fitch-rebaixa-de-novo-nota-do-brasil/

  • Choques do petróleo, crises da dívida na América Latina e Consenso de Washington.

  • GAB: CERTO

    Complementando!

    Fonte: Prof. Celso Natale

    Mesmo que o governo obtenha superávits primários, a dívida pode apresentar crescimento de maneira não sustentável. É o caso de um país que possua uma grande despesa com juros