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ID
2255968
Banca
Gestão Concurso
Órgão
Prefeitura de Belo Horizonte - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Ângela de Castro Gomes, ao comentar sobre a visão historiográfica que classifica a República do pós-45 como populista, aponta que é fundamental indagar pela construção dessa nomeação e sua divulgação. Sobre essa trajetória do conceito de populismo, para Castro, analise as afirmativas seguintes:

I. A palavra “populismo” e seus derivados não integravam o vocabulário da política brasileira até os anos 1950. Tais termos começaram a circular, tanto na imprensa, quanto em textos acadêmicos, mais ou menos por volta do ano de 1953, ou com um sentido valorativo muito ambivalente, ou com uma conotação positiva.

II. Nos textos acadêmicos, a palavra também surgiu mais ou menos por volta de 1953, referindo-se às figuras de Vargas e de Goulart, e o termo era diagnosticado como uma característica que era positiva em termos de política eleitoral, pois dava acesso a um grande número de votos. Ser “populista” significava ser “popular”, estar se comunicando com o “povo”, mais especificamente com o povo trabalhador.

III. O discurso político no pós-64 produziu uma tipologia de populismos no Brasil que, embora reconheça as diferenças entre os vários tipos, mantinha como ponto fundamental o diagnóstico de uma relação social de dominação, na qual, de um lado, existe a contínua presença de elites políticas personalistas e voltadas para “seus” interesses; e, de outro, um povo fundamentalmente crédulo, apático e/ou inconsciente, sempre capaz de ser manipulado/enganado.

É CORRETO o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • descordo do gabarito---> Historicamente, no entanto, o termo 'populismo' tornou-se uma força importante na América Latina, principalmente a partir de 1930, estando associado à industrialização, à urbanização e à dissolução das estruturas políticas oligárquicas, que concentravam firmemente o poder político na mão de aristocracias rurais

  • nota-se o percentual de erros que este gabarito é no mínimo contestável,pois todos sabem que(vargas,jk) pregavam uma politica populista,tanto que´,ao pesquisar sobre a história de carlos lacerda -uma das sua principais ideologias politicas era ser contra o populismo,cabe citar alem disso,que lacerda foi o principal opositor de vargas e jk.

  • Realmente não entendi esse gabarito.

  • Sinceramente pensei que este Q concursos era melhor. Muita propaganda e pouco resultado. Gabaritos errados, a maioria dos temas de questões atuais você não encontra nenhuma questão. Enfim, isso é o Brasil.

  • Gabarito C

     

    Ângela de Castro Gomes, ao comentar sobre a visão historiográfica que classifica a República do pós-45 como populista, aponta que é fundamental indagar pela construção dessa nomeação e sua divulgação. Sobre essa trajetória do conceito de populismo, para Castro, analise as afirmativas seguintes.

  • Sobre o item II, a afirmativa ficou incorreta por excluir outros presidentes como Juscelino Kubitschek (1956-1961) e Jânio Quadros (1961) também considerados como figuras populistas, nos textos acadêmico a partir de 1953.

  • BANCA PAIA, SEM CONCEITOS, NEM LEVO PARA A CONTA DE ERROS UMA QUESTÃO DESSAS!

  • Ângela Gomes considera que a origem do conceito de populismo no Brasil se deu na

    década de 1950, em um momento de “juventude” da reflexão nas Universidades, quando os

    acadêmicos sociais começam a se interessar pelo estudo das “estruturas do poder nacional”

    (Gomes, 2001, p. 22)..

    Em primeiro lugar, o populismo é uma política de massas, vale dizer, ele é um fenômeno vinculado à proletarização dos trabalhadores na sociedade complexa moderna, sendo indicativo de que tais trabalhadores não adquiriram consciência e sentimento de classe: não estão organizados e participando da política como classe. As massas, interpeladas pelo populismo, são originárias do proletariado, mas dele se distinguem por sua inconsciência das relações de espoliação sob as quais vivem.” (GOMES, Angela de Castro. O populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a trajetória de um conceito. Revista Tempo, Rio de Janeiro, vol. 1, nº. 2, 1996, p.31-58)