Silva (2010) apresenta as teorias do currículo em três categorias: tradicionais, críticas e pós-críticas. Sobre essas teorias, analise as seguintes sentenças:
I) As teorias tradicionais pretendem ser “teorias” neutras, científicas, desinteressadas. Assim, ao aceitar o status quo, os conhecimentos e os saberes dominantes, acabam por se concentrar em questões técnicas, “o que?” e o “como?”, ou seja, nas questões de organização e elaboração do currículo.
II) As teorias críticas, ao enfatizarem o conceito de discurso em vez do conceito de ideologia, efetuaram um importante deslocamento na nossa maneira de conceber o currículo.
III) As teorias críticas e as teorias pós-críticas argumentam que nenhuma teoria é neutra, científica ou desinteressada, mas que está implicada nas relações de poder. Sua questão central é: “por quê?”. Por que esse conhecimento e não outro? Estão preocupadas com as conexões entre saber, identidade e poder.
IV) As teorias pós-críticas, ao deslocarem a ênfase dos conceitos simplesmente pedagógicos de ensino e aprendizagem para os conceitos de ideologia e poder, nos permitiram ver a educação de uma nova perspectiva.
V) As teorias críticas sobre o currículo colocam em questão os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais; são teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical, na tentativa de desenvolver conceitos que permitam compreender o que o currículo faz.