letra a.
O presidente da Venezuela fez o anúncio ao lado de um tradicional simpatizante de seu governo: o ex-jogador Diego Maradona. E completou: "isso produz uma lágrima no meu coração".
Chávez mandou reforçar as fronteiras e acusou o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, de participar de uma campanha ao lado dos Estados Unidos contra seu governo.
Tudo porque a Colômbia apresentou em uma reunião da Organização dos Estados Americanos uma série de vídeos e fotografias. Seria a comprovação, dizem os colombianos, da presença de 1500 narcoguerrilheiros das Farc e do Exército de Libertação Nacional, que teriam montado acampamentos em território venezuelano, com a anuência de Chávez.
Hugo Chávez acusou o presidente Alvaro Uribe de incendiar as relações pouco antes de deixar o poder, no próximo dia 7 de agosto. Nos últimos 8 anos, a convivência entre os dois presidentes foi quase sempre tensa.
Em 2008, o presidente venezuelano ameaçou romper as relações com o vizinho depois que o exército da Colômbia destruiu um acampamento das Farc em território do Equador - governado por Rafael Correa, um aliado de Chávez.
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/07/hugo-chavez-corta-relacoes-com-colombia-lula-se-oferece-para-mediar-situacao.html
Na reunião extraordinária da OEA, na quinta-feira (22/07/2010), em Washington, o embaixador colombiano
Luis Hoyos afirmou que
há pelo menos 87 acampamentos guerrilheiros consolidados na Venezuela e cerca de 1,5 mil rebeldes. Hoyos mostrou fotografias e vídeos nas quais se veem guerrilheiros em um ambiente de floresta.
A Venezuela negou que seu país permita a presença de guerrilheiros em seu território e colocou em dúvida a veracidade das "provas".
O embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderton, admitiu, porém, que é impossível controlar a fronteira de mais de mais de 2 mil quilômetros e acusou a Colômbia de deixar sob responsabilidade exclusiva da Venezuela o controle fronteiriço.
Na porosa e extensa fronteira entre os dois países é comum a existência de conflitos entre grupos armados e militares venezuelanos. Em 2004, em um dos casos mais emblemáticos, seis militares e uma funcionária da estatal petroleira PDVSA foram assassinados por grupos guerrilheiros, quando navegavam em um rio em Apure, divisa com a Colômbia.
O ministro da Defesa venezuelano, general Carlos Mata Figueroa, afirmou que as Forças Armadas da Venezuela estão em "alerta máximo" e prontas para dar uma "resposta contundente" se forças militares estrangeiras invadissem o território venezuelano.
Na noite da quinta-feira, o Conselho de Defesa da Venezuela, máxima instância político-militar, apoiou a decisão de Chávez de romper relações com a Colômbia.
Assista ao pronunciamento do Embaixador Luis Alfonso Hoyos Aristizábal clicando
AQUI.